Carolina vestia-se de maneira discreta, até mesmo casual, com um suéter curto e um gorro, e jeans que revelavam uma cintura estreita, emanando juventude.Ela e Simão, quando estavam juntos, pareciam um casal.Henrique ajeitou sua gravata, sua expressão inalterada, mas a sombra em seus olhos deixou as pessoas apreensivas, nem mesmo Cecília, que planejava confrontá-lo, teve a coragem de se aproximar.Carolina logo notou a presença de Henrique e ficou um pouco nervosa, tentando se aproximar o máximo possível de Rodrigo.Henrique percebeu as mudanças em seu comportamento e sentiu como se seu coração tivesse sido esmagado.A festa de aniversário começou, e Rodrigo viu o bolo que Carolina havia trazido, ouviu dizer que ela mesma o havia feito, e sorriu de maneira vaidosa: - Você viu? Feito por mim mesma, gastar tempo é o melhor presente.- Pessoas que não têm dinheiro só podem se esforçar e fingir que se importam. - Murmurou Cecília baixinho.Rodrigo, que estava ficando surdo com a idade, n
Luís riu alto, saiu para tomar um pouco de ar fresco e foi confundido com um segurança.- Não precisa ser tão complicado. Receber vocês já é minha prerrogativa. Se você não acredita e insiste em entrar, é melhor pensar bem, esta é a casa da família Mendonça. Nada garante que sairão daqui do mesmo jeito que entraram.Ele disse de forma autoritária e, sem mais um olhar para eles, virou as costas e se afastou.Roberto não era tolo e compreendeu a gravidade de invadir à força.Ao ser confrontado daquela maneira, seu rosto ficou vermelho, e ele percebeu que a família Mendonça não dava a mínima para Paola. Ele não deveria ter concordado em tocar ali.Luís entrou e sussurrou algumas palavras para Rodrigo, que riu friamente.Ela não era páreo para ele em termos de jogos mentais.Carolina permaneceu na mansão, sem saber o que estava acontecendo do lado de fora.Henrique estava sendo incomodado por Heloísa, então decidiu sair mais cedo e subir para o andar de cima.Carolina e Simão estavam conve
Carolina balançou a cabeça com firmeza: - Não, não, vou arrumar uma carona.Ela aumentou a oferta mais uma vez e esperou por dez minutos, mas ninguém aceitou o pedido.Rodrigo fingiu resignação: - Já está muito tarde, e a mansão é meio isolada; não é surpreendente que não consiga um carro.Carolina arrepiou-se, lembrando das notícias sobre mulheres sendo vítimas de crimes ao pegar um táxi à noite.No final, ela decidiu ficar.Ela estava no mesmo andar que Henrique, mas em quartos diferentes.Carolina entrou no seu quarto, escovou os dentes e deitou-se na cama, enviando uma mensagem para Lucas.Ela pensou que Lucas já estaria dormindo, mas ele ligou imediatamente para ela.- Carolina, por que não atendeu à minha chamada de vídeo esta noite? Ainda está ocupada com o trabalho?- Não... Eu saí para comemorar o aniversário de um parente.- Entendi. Quando a minha perna estiver melhor, irei contigo na próxima vez.Carolina sorriu constrangida e mudou de assunto."Levar Lucas para a família
Henrique sentia um calor intenso em seu peito, uma necessidade desesperada de se libertar. A bebida que tinha consumido naquela noite não estava normal; o Sr. Rodrigo a tinha adulterado.Mas ele não tinha tempo para pensar nisso agora; sua mente estava repleta de imagens de Carolina de mãos dadas com Simão.“Por que ela é sempre tão desobediente?”Ela disse que ia terminar com Lucas e logo depois se aproximou de Simão. “Ela não consegue viver sem um homem?”Uma intensa onda de ciúmes derrubou a última barreira, e ele a encarou profundamente, beijando seus lábios impulsivamente.Carolina não era submissa; até um coelho morde quando provocado.Ela deu um tapa forte em seu rosto, sem suavizar o golpe, fazendo-o virar a cabeça, imóvel.O tempo pareceu congelar, a marca dos dedos de Carolina estava claramente impressa na imaculada bochecha de seu rosto. Além disso, com a ferida na testa ainda não cicatrizada, sua aparência notável ficou tingida de vermelho, parecendo um tanto patético.C
Luís ficou momentaneamente sem palavras.- A Srta. Carolina está certa. O senhor pode controlar as coisas por um tempo, mas não para sempre. E você, não sente nada pelo jovem senhor?Carolina estava atordoada, sentindo uma dor latejante na parte superior da perna que fez seus cílios tremerem ligeiramente. - Nada.Henrique estava certo. Ela não deveria ter se envolvido com ele, só estava causando problemas a si mesma. Carolina saiu diretamente da Mansão Mendonça, sem se despedir de Rodrigo. Ela sabia que Rodrigo certamente continuaria a persuadi-la.A primeira coisa que fez ao retornar à empresa foi verificar o registro do acidente.Ela inseriu a placa do carro de Lucas e, ao ver as informações surgirem na rede de segurança rodoviária, seu coração se apertou.Naquele dia, o veículo com o qual colidiram definitivamente não era um caminhão, mas sim um carro particular comum.Ela não conseguia acreditar, então decidiu perguntar à rede de segurança rodoviária.Os resultados foram idêntico
A chamada não estava no viva-voz, mas Paola se aproximou e conseguiu pegar algumas palavras-chave.“Carolina, polícia, advogado...”E com isso ela logo deduziu que algo estava acontecendo com Carolina.Henrique desligou o telefone, com a testa franzida.- Querido, o que aconteceu? - Perguntou Paola.Ele respondeu com um tom sério: - Preciso sair por um tempo.- Mas... O médico ainda não terminou de falar. Você não está preocupado com a saúde do bebê? - Disse Paola.Os olhos de Henrique se fixaram na barriga ainda plana dela: - Entre em contato com o Sr. Carlos.Com isso, ele se levantou e saiu. Paola apertou as mãos com firmeza."Eles já estão divorciados, por que ela está tentando roubar meu homem agora? Carolina, essa mulher!"...Delegacia.Carolina foi levada para uma sala de interrogatório, e a situação estava clara. Osvaldo não havia seguido suas instruções e continuou a fazer os trabalhadores trabalharem horas extras.Os equipamentos de segurança também não foram adquiridos n
- Claro, ele me atacou e me colocou aqui para apodrecer!Beatriz proferiu absurdos, olhando fixamente com os olhos bem abertos, ela simplesmente não suportava o fato de que todos os homens pareciam preferir Carolina."Quando Carolina e Henrique se separarem, terei maneiras de lidar com essa mulher desprezível!"Carolina estava se sentindo pesarosa, olhando para o rosto de Beatriz, que não demonstrava o menor arrependimento. De repente, não sabia o que dizer, estava com vontade de rir, mas também sentia que ela não tinha salvação.Carolina respirou fundo, séria e resignada: - Não minta mais, Henrique não seria tão baixo.- O que você quer dizer? Acredita em um homem, mas não em mim? - Beatriz gritou alto, irritando os guardas da prisão.Bruno lançou um olhar de lado, pressionando: - Não perca mais tempo com ela, Henrique está na delegacia.Carolina assentiu com a cabeça e se levantou para segui-los.Beatriz ficou frustrada, determinada a encontrar uma maneira de sair e recuperar tudo
Carolina mal tinha saído da delegacia com Henrique quando o telefone começou a tocar. Era Lucas.Henrique, descontraído, cruzou os braços. - Atenda.Carolina sussurrou: - Não quero atender.- Eu atendo para você. - Henrique pegou o telefone de sua mão de repente e, ao atender, ativou o viva-voz.- Carolina, o que aconteceu? Por que você decidiu terminar de repente comigo? Henrique está te incomodando de novo?!Com medo de deixar Henrique irritado, Carolina levantou-se nas pontas dos pés e segurou o braço forte e musculoso dele, enquanto respondia apressadamente ao telefone: - Não tem nada a ver com ele, foi uma decisão minha. Aquele dia, o acidente nem sequer envolveu um caminhão. Eu odeio mentiras, então, por favor, não entre em contato comigo no futuro.Após terminar a ligação, ela pressionou o botão para encerrar a chamada e pegou o celular de volta.Tudo aconteceu como uma dança sincronizada.Henrique sorriu de forma irônica: - Mentir ainda não faz seu coração acelerar.Carolin