Um conjunto de perguntas diretas deixou Carolina em silêncio. A única pessoa que poderia ter dado a ela um cartão bancário, além de Henrique, era Lucas. Ela chegou rapidamente a uma conclusão. “As imagens das câmeras de vigilância do condomínio na noite anterior foram parar na internet.”A temperatura caiu drasticamente, e Carolina sentiu a ira do homem sem precisar olhar para cima.- Henrique, me deixe explicar!- A carteira, me dê. - Henrique disse com uma expressão imperturbável.Carolina instintivamente protegeu a bolsa atrás de si, abaixando a voz: - Eu posso explicar tudo para você, ou podemos ligar para o Lucas e confrontá-lo.Henrique viu suas ações, seus olhos estreitaram, ele não disse mais nada, apenas puxou a bolsa dela com firmeza e assim que abriu encontrou um cartão bancário desconhecido lá dentro.Ele abaixou os olhos, escondendo suas emoções, sua voz rouca e controlada soou fria: - Quanto dinheiro Lucas deu a você? - O tom de raiva era evidente, quase incontrolável.
- Encontramos o vídeo. É um amigo desse senhor na imagem. Ele é o proprietário em Cidade S. Eu já o contatei, e ele apagou o vídeo.O objetivo foi alcançado, deletar ou não repararia nenhum dano.Paola abaixou os olhos, um pouco desconcertada. - Fiquei muito chocada quando vi o vídeo ontem. Eu acusei Srta. Carolina injustamente. Henrique, Srta. Carolina está em casa? Eu vou pedir desculpas a ela.-Se desculpar pelo que, exatamente? Ela não bateu no cachorro, ou ela não mentiu? - Henrique, com a linha do maxilar rígida, respondeu calmamente com um toque de sarcasmo.Paola hesitou por um momento e continuou: - Talvez você esteja certo. Mentir não depende do tamanho do problema, mas da atitude fundamental.Ao ouvir isso, Henrique ficou sombrio, com uma expressão fria envolvendo-o.- Vocês podem sair. Eu quero ficar sozinho por um tempo.Paola assentiu sem dizer nada, apenas deixando uma última recomendação: - Se lembre de comer algo, seu estômago não está bem.Henrique olhou para o cur
Henrique franziu a testa: - Eu nem sequer planejo discutir com você, o que mais você deseja fazer?Carolina ouviu a palavra "de novo" e de repente riu. Ela se virou, com seus olhos amendoados brilhando intensamente, encarando Henrique: - O que você quer dizer com "de novo"? Traí você ou cometi algum crime terrível?- Você está mentindo e acha que está certa? - O tom de questionamento deixou Henrique muito incomodado, e ele manteve uma expressão fria nos olhos.- Já pensou por que eu menti? - Carolina respondeu sem dar chance para Henrique falar. - Foi porque eu sabia que, mesmo que eu tivesse dito pra você naquele momento que encontrei o Lucas, você ainda desconfiaria e ficaria com raiva. Diria que eu já estava envolvida com ele anteriormente, ou algum escrúpulo do tipo. Dizer ou não dizer teria o mesmo resultado, então, por que eu deveria contar?- Mas você sabia que ele tinha más intenções em relação a mim, então, não deveria ter falado com ele! – Henrique falou com firmeza.- E da
O segurança arregalou os olhos, com uma expressão de completa confusão.Enquanto isso, Henrique girava o volante e entrava na garagem subterrânea.- O que você estava fazendo? Por que disse ao segurança sobre nossa relação? - Carolina parecia um gato arrepiado, completamente sem entender esse comportamento confuso.- Você não me pediu para fazer isso? - Henrique respondeu com indiferença: - Eu estava te pedindo para sair logo dali, para que o segurança não percebesse nossa relação! Isso sim. – Carolina parecia apreensiva. - Deve ter sido um mal-entendido meu. - Henrique deu de ombros, com uma expressão inocente. - No futuro, não fale aleatoriamente! - Carolina suspeitou profundamente que o homem estava fazendo de propósito, mas não tinha provas.- Depende do meu humor. - Henrique olhou para ela, apreciando sua expressão zangada, e um sorriso apareceu em seus lábios.Carolina voltou ao escritório para pegar seu laptop. - Hoje você tirou folga, o Sr. Henrique também não veio. As pess
Duarte se sentia extremamente desconfortável e não sabia como reagir; seu rosto estava corado de vergonha. Henrique nunca havia se envolvido nos negócios familiares e havia partido para o exterior há muito tempo. Rodrigo valorizava muito o neto e, embora Henrique tivesse uma personalidade estranha e fria, não tinha a astúcia dos homens de negócios, mas era um líder nato que sabia como comandar.Rodrigo sabia que passar o negócio da família para Henrique seria uma ação de curto prazo, então ele o deixou seguir seu próprio caminho e lutar por si mesmo. Enquanto isso, os parentes da Família Mendonça desejavam secretamente que Henrique nunca voltasse do exterior para não tirar a fatia de benefícios que tinham em suas mãos. Nesse ambiente, naturalmente, ninguém se preocupou em investigar o histórico de família de Henrique ou, talvez, sua própria força fez com que muitas pessoas ignorassem esse relacionamento, incluindo Duarte.- Sr. Duarte, nos encontramos novamente. A pessoa ao meu lado é
Ademir seguiu o olhar de Henrique e se sentiu um pouco constrangido. Sua filha não era tão bonita quanto a moça que estava ali na sua frente. Ela vivia ganhando peso, parecendo um porquinho, ao contrário da jovem à sua frente, esguia e de traços delicados. Ademir não insistiu mais, seu principal objetivo era fechar um grande negócio sozinho e obter um investimento de Henrique. Afinal, quem trabalha na área financeira nunca fica sem dinheiro.- O Sr. Henrique tem interesse no setor de aquicultura? No momento, tenho um negócio que gostaria de discutir com você, estou certo de que vai ser bem lucrativo, considerando o mundo em que vivemos. – Ademir foi direto. - Negócios no setor de aquicultura? Não me interessa muito. - Disse Henrique. - Se você estiver interessado em encontrar um bom partido para sua filha, estou disposto a ajudar a fazer a conexão. A família Mendonça tem muitos rapazes solteiros.Os olhos de Ademir se iluminaram. Casar sua filha com Henrique estava fora de questão, ma
- Como você se atreve a falar assim comigo? Eu sou a mais velha! - Cecília o encarava furiosa.Vasco também exclamou: - Cara, minha mãe está fazendo isso para o seu próprio bem. Como você pode ser assim?Vasco ficou sem palavras.- Tudo bem, vamos parar com isso. Se você gosta dela, não há mais nada a dizer. Você vai viver sua própria vida, mas precisamos saber algumas informações básicas, certo? - Cecília desistiu respirando profundamente. Henrique sorriu e fez um gesto convidativo.- Cunhada. – Carolina disse com uma voz doce e alegre. Parecia que ela não estava presente durante a conversa anterior e não ouviu o que Cecília tinha dito, mantendo seu respeito.- Você também conhece a situação da nossa família Mendonça. Há inúmeras mulheres que desejam se casar com a família Mendonça. Como herdeiro, Henrique precisa escolher em cheio uma esposa adequada. Você parece ter uma boa aparência, mas não sabemos nada sobre sua origem, como é a sua família? – Cecília questionou.- Minha famíli
Francisco foi repreendido por Sr. Rodrigo e saiu de lá sem proferir uma palavra.Vasco se aproximou rapidamente para saber o que havia ocorrido: - Pai, como foi? O avô mencionou algo sobre expulsar esta mulher?- É verdade, pai. O vovô está em uma idade avançada, mas ele ainda consegue discernir as coisas, não é mesmo? - Cecília estava toda orgulhosa.Antes que Francisco pudesse responder, Rodrigo desceu as escadas. Seus olhos estavam turvos, mas ele exibia um olhar firme, e sua voz era imperativa: - Eu não consigo discernir as coisas?- Pai, acho que você deve ter entendido errado, eu não disse nada... - Cecília sorriu sem jeito.Sob a influência intimidadora de Sr. Rodrigo, Francisco respirou profundamente e anunciou: - A partir de agora, Carolina faz parte da nossa família Mendonça.Vasco ficou com o rosto sombrio, sem entender porque Sr. Rodrigo estava protegendo Carolina, questionou: - Avô, se você permite que Carolina faça parte da família, por que não permitiu que Paola entr