Carolina questionou Paola sobre qual era o problema e se poderiam discuti-lo naquele momento, mas não recebeu resposta. O encontro com Paola estava marcado apenas uma hora antes do fim do expediente, então Carolina decidiu se levantar e descer no elevador. Estar ali embaixo, a poucos passos de distância, não levaria muito tempo.Fora do prédio, Paola segurava um guarda-chuva enquanto esperava tranquilamente, sua aparência não parecia das melhores. Ela vestia um casaco felpudo por cima e era possível perceber vagamente que estava usando uma roupa de paciente hospitalar por baixo. - Algum problema? – Carolina disse arqueando a sobrancelha assim que alcançou Paola.- Sim, desculpe por incomodá-la novamente. - Disse Paola.- Vamos direto ao assunto. - Respondeu Carolina.- Tenho estado no hospital recentemente, fazendo quimioterapia, e não tive tempo de cuidar do Oreo. Não me sinto à vontade em deixá-lo o tempo todo na loja de animais de estimação. Você e Henrique poderiam ajudar a cuidar
- Não é bem assim, isso parece um pouco maluco. - Ele brincou e depois explicou. - Um amigo meu mora aqui, e eu estou hospedado na casa dele, então pensei em sair para matar a fome e, ao mesmo tempo, ver se tinha alguma chance de te encontrar. A verdade é que nós temos uma boa conexão.Carolina concordou, sentindo que já tinham passeado o suficiente e se preparando para voltar.Inesperadamente, um gato selvagem saiu correndo do matagal, fazendo com que Oreo e Luna corressem animados na direção dele, querendo brincar.Carolina foi puxada com força e perdeu o equilíbrio, se inclinando para a frente.- Você está bem? - Lucas agiu rapidamente e a segurou.- Estou bem. - Carolina bateu no peito, tentando se manter em pé e afastando a mão dele ao mesmo tempo. - Obrigada, se não fosse por você, eu teria caído.- Não precisa agradecer. – Lucas disse.Carolina então deu um tapa leve nos traseiros de Luna e Oreo como punição. Oreo pareceu entender, abaixando as orelhas e olhando para ela com olh
Carolina imediatamente abriu os olhos ao perceber o olhar brincalhão nos cantos dos olhos do homem. Ela relaxou e respondeu com um resmungo: - Você saiu com outra mulher.- Não tenho interesse em outras mulheres. - Enquanto ele dizia isso, Henrique pensava no telefonema que o Sr. Carlos fez recentemente, e sua expressão se tornou séria. - Duarte e Mariana não sabem de nada.- Então você não deveria estar tão preocupado, não é? Você realmente gosta da Beatriz? - Carolina apertou os lábios. - Aquela linha foi cortada, mas encontrei outra. – Henrique disse com expectativa.- Você encontrou mais alguma coisa? - Carolina arregalou os olhos.- Vou te contar se você se comportar bem. – Henrique disse sem pressa, palavra por palavra, provocando-a.Ela corou intensamente e engasgou com a própria saliva, tossindo.Henrique a ajudou a bater nas costas, rindo um pouco maliciosamente. - Não precisa ficar tão animada. Vou te contar se você prometer.Carolina tossiu ainda mais.Depois de um tempo,
- É isso mesmo. – Henrique assentiu. O Sr. Carlos havia descoberto que o mês em que Mariana deu à luz foi exatamente quando a mãe de Carolina engravidou. Antônio passou a maior parte do tempo ao lado da mãe de Carolina e, de acordo com as lembranças das pessoas do hospital, havia outro homem que a visitava de vez em quando, e eles frequentemente discutiam. Especialmente quando o assunto das brigas era mencionado, insinuações sobre o homem ter uma família eram frequentes, então as pessoas do hospital tinham uma forte impressão disso.- Ela... - Carolina respirou fundo, sentindo o ar frio. - Descobriram a identidade desse homem?- Ainda não, mas devemos ter uma resposta amanhã. – Henrique replicou.Tendo conhecimento disso, Carolina passou a noite sem dormir bem, reorganizando as pistas que tinha em mente. Não é surpresa que Mariana tenha escolhido se reconciliar com Antônio naquela época. É muito provável que ela estivesse procurando por apoio. É inegável que Beatriz sempre teve uma pro
- Sim, Antônio precisa ser punido! - Carolina apertou o punho com firmeza, seus olhos estavam vermelhos e seu peito transbordava de ódio. Ela desejava fazer com que Antônio sentisse a mesma desesperança que sua mãe havia sentido antes de falecer!- Sr. Henrique, como devemos lidar com isso? - O Sr. Carlos olhou para Maia e perguntou.- Leve ela de volta. Deixe-a em frente à catedral, conforme combinado. Ela pode ser necessária como testemunha em momentos cruciais. – Ele respondeu....Carolina estava deprimida, e Henrique cancelou suas reuniões pela manhã para ficar ao lado dela durante todo o dia. Carolina, agarrada à sua cintura, finalmente não conseguiu mais segurar as lágrimas e chorou. Depois de se cansar de chorar, ela adormeceu sem perceber. Quando acordou, já eram duas da tarde e ela já estava se sentindo melhor emocionalmente. - Henriquinho, desculpe por fazer você abandonar a empresa hoje, e atrapalhar seu trabalho de manhã. – Carolina disse.- Você está se sentindo melhor?
Quando o Sr.Carlos chegou ao departamento de planejamento, Carolina estava ocupada organizando alguns dados e documentos que seriam utilizados em uma reunião naquela tarde.Ele a conduziu para um lugar mais reservado e sussurrou: - Carolina, você se encontrou com o Lucas na noite passada?- Como você soube disso? - Ela franzia a testa.- O condomínio inteiro já está ciente. – O Sr. Carlos explicou tudo o que havia ocorrido no grupo de proprietários e enfatizou com seriedade. - O Sr. Henrique está extremamente irritado, tão furioso que chegou a quebrar meu celular. Quando entrar lá, não discuta com ele. Tente amenizar a situação, explicar o que aconteceu e acalmá-lo.Carolina estava nervosa, começando a cutucar as unhas. Ela respirou fundo e abriu a porta do escritório.- Henrique... A situação não é o que você está pensando. Eu encontrei o Lucas por acaso ontem à noite. Ele tem um amigo que mora em Cidade S.- Uma coincidência realmente notável. Você parece atrair as coincidências mai
- Eu acho que todos vocês estão equivocados – Felipe disse. - Carolina errou ao se esconder, e você errou ao desconfiar.Um olhar gélido de Henrique atravessou os ares, cortante como uma navalha.Felipe sentiu um arrepio nas costas e mudou rapidamente de ideia: - Apesar de todos vocês terem cometido erros, o problema principal ainda reside em Carolina. Ela cometeu apenas um erro bastante insignificante.- Qual é a solução? – Henrique indagou.- Compre sua felicidade com dinheiro. - Felipe fez uma pausa e continuou. - Eu realmente consigo entender o que Carolina está passando. Uma família feliz foi destroçada por uma mulher malvada, e agora ela descobriu que sua mãe foi morta pelo próprio pai. Isso é um golpe muito duro para uma jovem, mas Carolina só perdeu o controle emocional pela manhã e se recompôs no almoço, voltando ao trabalho. Seja fingindo força ou realmente sendo forte por dentro, você deveria demonstrar empatia, compreender o que ela está atravessando.- Empatia, você acha?
As pessoas olhavam perplexas. “O que está acontecendo?” Todos eles encaravam Carolina ao mesmo tempo, e uma ideia incrível surgiu em suas mentes. “Essa quantia toda não é a recompensa para essa jovem, é?”- Sr. Henrique, o departamento financeiro só tem esse dinheiro sobrando, um total de 1,8 milhão. Se não for suficiente, eu posso ir ao banco agora mesmo. - O Sr. Carlos falou baixinho.- Está bom assim, dê a ela. – Henrique disse. - Esta é a recompensa do Sr. Henrique para você. - O Sr. Carlos trouxe o carrinho até Carolina com um sorriso radiante.Um grande ponto de interrogação surgiu no rosto de Carolina, e ela estava um pouco atordoada.O Sr. Carlos, vendo que ela estava atordoada, sussurrou com uma voz que só eles dois podiam ouvir: - O Sr. Henrique está tentando acalmar você.Carolina ficou atônita e inconscientemente olhou para o homem. Seus olhares se encontraram, e Henrique olhou para ela com um pouco de arrogância, como se estivesse ostentando toda a sua riqueza. Os olhos