O Sr. Carlos hesitou por um momento e entregou o café para Carolina:- Preparei duas xícaras de café, com açúcar. Carolina assentiu, respirou profundamente e bateu à porta.- Entre. - A voz de Henrique ressoou, trazendo-lhe segurança. Com ele por perto, ela não precisava temer.Carolina abriu a porta e encontrou Henrique sentado à mesa, usando uma gravata azul celeste que realçava sua juventude e beleza e as mangas da camisa viradas do avesso.Quando ele viu Carolina entrar, seus olhos brilharam.Duarte também notou a presença de Carolina e imediatamente se endireitou, mantendo os olhos fixos nela, murmurando para si mesmo. “Ela se parece... Um pouco...”Fisicamente, para Duarte, Carolina tinha algumas semelhanças com Raquel, já que quando ela faleceu, não era muito mais velha do que Carolina. Mas havia o detalhe de que no coração de Duarte, a mulher que ele amava sempre tinha uma aparência jovem e bonita, assim como a jovem diante dele, que irradiava juventude e vitalidade.- Há algo
Henrique envolveu Carolina com os braços, enterrando o rosto em seu pescoço, preguiçosamente dizendo: - Você descobrirá quando chegar a hora.- Me solte, estou começando a ter dificuldade para respirar. - Carolina se sentia um pouco apertada em sua prisão, se debatendo.- Não vou soltar, a menos que você me dê um beijo. – Henrique encarava os lábios de Carolina.Então, ela segurou o rosto bonito de Henrique com as mãos e lhe deu um beijo, depois inclinou a cabeça com um toque de desânimo: - Agora pode me soltar?Henrique, sentindo os lábios úmidos, seus olhos ficaram mais profundos enquanto se inclinava para outro beijo.- Chega, pelo menos mantenha a compostura no escritório. - Carolina empurrou Henrique com as bochechas coradas, olhando para baixo de maneira envergonhada.- Certo, então até à noite em casa. - Os olhos de Henrique, cheios de charme, brilhavam como a luz da primavera, com um olhar ardente.- Acabamos de oficializar o relacionamento, você não acha que está indo rápido
Carolina questionou Paola sobre qual era o problema e se poderiam discuti-lo naquele momento, mas não recebeu resposta. O encontro com Paola estava marcado apenas uma hora antes do fim do expediente, então Carolina decidiu se levantar e descer no elevador. Estar ali embaixo, a poucos passos de distância, não levaria muito tempo.Fora do prédio, Paola segurava um guarda-chuva enquanto esperava tranquilamente, sua aparência não parecia das melhores. Ela vestia um casaco felpudo por cima e era possível perceber vagamente que estava usando uma roupa de paciente hospitalar por baixo. - Algum problema? – Carolina disse arqueando a sobrancelha assim que alcançou Paola.- Sim, desculpe por incomodá-la novamente. - Disse Paola.- Vamos direto ao assunto. - Respondeu Carolina.- Tenho estado no hospital recentemente, fazendo quimioterapia, e não tive tempo de cuidar do Oreo. Não me sinto à vontade em deixá-lo o tempo todo na loja de animais de estimação. Você e Henrique poderiam ajudar a cuidar
- Não é bem assim, isso parece um pouco maluco. - Ele brincou e depois explicou. - Um amigo meu mora aqui, e eu estou hospedado na casa dele, então pensei em sair para matar a fome e, ao mesmo tempo, ver se tinha alguma chance de te encontrar. A verdade é que nós temos uma boa conexão.Carolina concordou, sentindo que já tinham passeado o suficiente e se preparando para voltar.Inesperadamente, um gato selvagem saiu correndo do matagal, fazendo com que Oreo e Luna corressem animados na direção dele, querendo brincar.Carolina foi puxada com força e perdeu o equilíbrio, se inclinando para a frente.- Você está bem? - Lucas agiu rapidamente e a segurou.- Estou bem. - Carolina bateu no peito, tentando se manter em pé e afastando a mão dele ao mesmo tempo. - Obrigada, se não fosse por você, eu teria caído.- Não precisa agradecer. – Lucas disse.Carolina então deu um tapa leve nos traseiros de Luna e Oreo como punição. Oreo pareceu entender, abaixando as orelhas e olhando para ela com olh
Carolina imediatamente abriu os olhos ao perceber o olhar brincalhão nos cantos dos olhos do homem. Ela relaxou e respondeu com um resmungo: - Você saiu com outra mulher.- Não tenho interesse em outras mulheres. - Enquanto ele dizia isso, Henrique pensava no telefonema que o Sr. Carlos fez recentemente, e sua expressão se tornou séria. - Duarte e Mariana não sabem de nada.- Então você não deveria estar tão preocupado, não é? Você realmente gosta da Beatriz? - Carolina apertou os lábios. - Aquela linha foi cortada, mas encontrei outra. – Henrique disse com expectativa.- Você encontrou mais alguma coisa? - Carolina arregalou os olhos.- Vou te contar se você se comportar bem. – Henrique disse sem pressa, palavra por palavra, provocando-a.Ela corou intensamente e engasgou com a própria saliva, tossindo.Henrique a ajudou a bater nas costas, rindo um pouco maliciosamente. - Não precisa ficar tão animada. Vou te contar se você prometer.Carolina tossiu ainda mais.Depois de um tempo,
- É isso mesmo. – Henrique assentiu. O Sr. Carlos havia descoberto que o mês em que Mariana deu à luz foi exatamente quando a mãe de Carolina engravidou. Antônio passou a maior parte do tempo ao lado da mãe de Carolina e, de acordo com as lembranças das pessoas do hospital, havia outro homem que a visitava de vez em quando, e eles frequentemente discutiam. Especialmente quando o assunto das brigas era mencionado, insinuações sobre o homem ter uma família eram frequentes, então as pessoas do hospital tinham uma forte impressão disso.- Ela... - Carolina respirou fundo, sentindo o ar frio. - Descobriram a identidade desse homem?- Ainda não, mas devemos ter uma resposta amanhã. – Henrique replicou.Tendo conhecimento disso, Carolina passou a noite sem dormir bem, reorganizando as pistas que tinha em mente. Não é surpresa que Mariana tenha escolhido se reconciliar com Antônio naquela época. É muito provável que ela estivesse procurando por apoio. É inegável que Beatriz sempre teve uma pro
- Sim, Antônio precisa ser punido! - Carolina apertou o punho com firmeza, seus olhos estavam vermelhos e seu peito transbordava de ódio. Ela desejava fazer com que Antônio sentisse a mesma desesperança que sua mãe havia sentido antes de falecer!- Sr. Henrique, como devemos lidar com isso? - O Sr. Carlos olhou para Maia e perguntou.- Leve ela de volta. Deixe-a em frente à catedral, conforme combinado. Ela pode ser necessária como testemunha em momentos cruciais. – Ele respondeu....Carolina estava deprimida, e Henrique cancelou suas reuniões pela manhã para ficar ao lado dela durante todo o dia. Carolina, agarrada à sua cintura, finalmente não conseguiu mais segurar as lágrimas e chorou. Depois de se cansar de chorar, ela adormeceu sem perceber. Quando acordou, já eram duas da tarde e ela já estava se sentindo melhor emocionalmente. - Henriquinho, desculpe por fazer você abandonar a empresa hoje, e atrapalhar seu trabalho de manhã. – Carolina disse.- Você está se sentindo melhor?
Quando o Sr.Carlos chegou ao departamento de planejamento, Carolina estava ocupada organizando alguns dados e documentos que seriam utilizados em uma reunião naquela tarde.Ele a conduziu para um lugar mais reservado e sussurrou: - Carolina, você se encontrou com o Lucas na noite passada?- Como você soube disso? - Ela franzia a testa.- O condomínio inteiro já está ciente. – O Sr. Carlos explicou tudo o que havia ocorrido no grupo de proprietários e enfatizou com seriedade. - O Sr. Henrique está extremamente irritado, tão furioso que chegou a quebrar meu celular. Quando entrar lá, não discuta com ele. Tente amenizar a situação, explicar o que aconteceu e acalmá-lo.Carolina estava nervosa, começando a cutucar as unhas. Ela respirou fundo e abriu a porta do escritório.- Henrique... A situação não é o que você está pensando. Eu encontrei o Lucas por acaso ontem à noite. Ele tem um amigo que mora em Cidade S.- Uma coincidência realmente notável. Você parece atrair as coincidências mai