Carolina olhou para Carlos, visivelmente constrangida:- Não precisa, fico em pé.O contexto era claro: “você está em um escritório, comporte-se, ainda há outras pessoas aqui.”Com um olhar frio de Henrique, Carlos entendeu:- Estou de saída.Carolina ficou sem palavras."A que ponto chegamos, vou sentar. Não é a primeira vez, apenas um apoio gratuito."Assim que se sentou e ajustou sua posição, ela se voltou para ele e disse:- Não me machuque com o cinto dessa vez.Um traço estranho cruzou o rosto bonito de Henrique, ele murmurou:- Quietinha.Carolina fez uma careta. Ela percebeu que, sempre que ele estava errado, ele lhe dizia para ela ficar quieta.Seus dedos bem definidos tocaram levemente o mouse e as imagens de vigilância apareceram do lado de fora do departamento de planejamento na noite anterior.Por volta das dez horas, Eunice se aproximou sorrateiramente do departamento, trancou a porta com um cadeado que trouxera e, aproveitando a ronda do segurança, desligou
- Pode falar.- Não permita que a presença de Paola afete seus sentimentos em relação ao Sr. Henrique. A relação dele com Paola é algo do passado. Agora, a única pessoa na vida dele é você. Ele ficou de mau humor a manhã toda por causa da briga de vocês ontem. Só melhorou um pouco quando você chegou.Isso fez com que Carlos trabalhasse nervoso a manhã toda, temendo algum tipo de repercussão.Carolina olhou para ele de relance.Carlos tinha feições delicadas e pele morena, dando a ele uma aparência particularmente enérgica.Sabendo que ele tinha boas intenções, Carolina balançou a cabeça calmamente:- Você sabe que nosso casamento é de fachada. Quando o contrato acabar, nós não teremos mais nenhum vínculo.- Você não quer lutar por ele?- Com o quê eu deveria lutar?- O Sr. Henrique tem sido bom para você; você tem uma chance. – Carlos disse.Carolina sorriu com desdém:- Ele nunca admitiu abertamente que gosta de mim. Eu já tentei antes, mas o resultado foi menos do que sati
- Você conhece ela?- Carolina já trabalhou na Empresa R, eu já queria provar do gosto dela desde aquela época.Eunice pausou por um momento. "Nunca pensei que essa vagabunda fosse tão esperta, até passou pela Empresa R. Diogo parece muito interessado nela..."- Tente sair com ela o mais rápido possível. O que você quer fizer com ela não me interessa; eu só quero algumas fotos.- Carolina está de guarda contra mim, marcar um encontro com ela não vai ser nada fácil.- Você quer minha ajuda?- Não é uma questão de ajudar. Estamos em uma relação de troca mutuamente benéfica.Eunice pensou por alguns segundos. Imaginando Carolina arruinada e completamente desacreditada, incapaz de competir com ela. Ela sentiu um alívio imenso.- Tudo bem, vai ficar mais caro....Haviam se passado quatro ou cinco dias desde que Paola apareceu na Brilhante Max. Ela não tinha aparecido novamente desde então.Tudo permanecia silencioso também do lado da família Santos.A vida retomou seu curso nor
Carlos se aproximou e, diante de Carolina, disse ao homem que acabara de adicionar o contato dela:- Você pode ir ao setor financeiro receber o seu salário deste mês.O homem ficou atordoado por um momento:- Hoje não é dia de pagamento.Carolina entendeu imediatamente e perguntou com surpresa:- Ele está sendo demitido?Carlos foi sutil:- É algo assim.Depois de falar, ele fez questão de lançar um olhar significativo para o novo contato adicionado na tela do celular de Carolina.Carolina captou o recado e rapidamente seguiu na direção de onde Henrique estava saindo.- Só estávamos trocando contatos, nada mais. Não vejo o problema em colegas de trabalho fazerem isso. - Carolina puxou levemente a manga de Henrique. - Por favor, não demita ele...Ela se sentiria muito culpada.Pensou que o colega, provavelmente da mesma idade, devia ter enfrentado diversas entrevistas desafiadoras para conseguir o emprego.Henrique soltou uma risada irônica, com um sorriso sutil aparecendo
Carolina olhou friamente para Beatriz:- Não, obrigada. Por que você está essas roupas nesse calor? Não está fedendo?- Você não entende nada de moda. - O bonitão ao lado de Beatriz defendeu com um olhar de desdém.Se aproximando, Carolina percebeu que o bonitão estava maquiado, com o rosto coberto de base e batom. À primeira vista, ele parecia atraente, mas uma olhada mais atenta revelou algo andrógino.Carolina não queria se envolver:- Vá direto ao ponto. O que você quer comigo? Se você veio aqui para se exibir, desculpe, não estou interessada.Beatriz, de forma condescendente, lançou um cartão de visita:- Sou agora uma diretora do Grupo TP. Você passou a ser uma de nossas artistas. Posso te apresentar para pessoas ricas e fazer você prosperar por toda a sua vida.Beatriz já tinha decifrado os truques da indústria do entretenimento; alguém como Carolina valeria muito dinheiro. O que ela tinha agora eram recursos. Se Carolina gostava de se apoiar em homens mais velhos, ela
Ao encontrar o olhar frio e glacial dele, Beatriz se desesperou e fugiu, ignorando até mesmo o homem maquiado no chão.O homem de maquiagem, deixado para trás, olhou incrédulo e um lampejo de ressentimento apareceu nos olhos dele, enquanto seus lamentos intensificaram.Carolina também ficou assustada.Ela franziu a testa e murmurou:- Devemos chamar uma ambulância para ele? Não precisa matar.- Olha só o seu medo. - Henrique disse, sua voz gélida, enquanto afagava a cabeça dela como se ela fosse um animal de estimação.- Estou preocupada com você. Agressão é crime, você se tornaria a vítima de uma extorsão.Ele olhou profundamente para ela, emoções indecifráveis emergindo de seus olhos:- Não se preocupe comigo, cuide de si mesma. Não seja tola e se deixe ser abusada.Carolina pensou na maneira como Henrique tinha repreendido Beatriz, ela sentiu uma incrível sensação de segurança; como se com ele ao seu lado, não houvesse nada a temer...Naquele momento, ela experimentou um c
Carolina se sentia sufocada pelo beijo, a cabeça girava e ela não conseguiu entender imediatamente o que ele estava dizendo.Henrique a fitava com olhos enevoados, sorrindo como se fosse algum tipo de demônio sedutor, se inclinando para marcar seu delicado pescoço com uma mancha roxa.Carolina não sentia nada, apenas pensou que havia recebido um beijo no pescoço.Quando retornou ao escritório, um colega de trabalho perguntou discretamente:- Você está namorando?- Não, não estou.O colega deu um sorriso malicioso, mas não disse mais nada.....- Papai, fui intimidada. - Beatriz encontrou Antônio e contou o que havia acontecido, chorando.Antônio largou o que estava fazendo e a consolou:- Quem te intimidou? Me conte com calma.Beatriz pintou Henrique como um agressor sem motivo, distorcendo a verdade.Antônio franziu o cenho, ponderando:- Nunca tive contato com Henrique, mas não acho que ele seja esse tipo de pessoa. Tem certeza que não foi um mal-entendido?- Meu namora
Os olhos de Henrique se estreitaram repentinamente em desgosto. Carolina, de costas para o pátio, ouviu algo e se virou para olhar.Depois de duas semanas sem aparecer, Paola havia surgido abruptamente. No momento em que Carolina ficou momentaneamente atordoada, Henrique se levantou e saiu.- Henrique, Oreo fugiu quando estava brincando e foi atropelado por um carro. Ele está no hospital veterinário, agora. O médico disse que precisa de uma transfusão. Luna pode ajudar?Por causa da ansiedade, Paola não conseguiu evitar e agarrou a mão de Henrique.Sem deixar vestígios, ele retirou sua mão e assentiu:- Vou buscar Luna e vou com você.Depois de dizer isso, Henrique foi ao quintal dos fundos para encontrar Luna. Paola ficou parada, esperando, e finalmente notou Carolina. Com um ar de desculpas, ela disse:- Desculpe por perturbar vocês, mas não sabia a quem mais pedir ajuda.- Não tem problema. - Carolina continuou comendo tranquilamente e perguntou com um sorriso. - Oreo é seu