Carolina olhou friamente para Beatriz:- Não, obrigada. Por que você está essas roupas nesse calor? Não está fedendo?- Você não entende nada de moda. - O bonitão ao lado de Beatriz defendeu com um olhar de desdém.Se aproximando, Carolina percebeu que o bonitão estava maquiado, com o rosto coberto de base e batom. À primeira vista, ele parecia atraente, mas uma olhada mais atenta revelou algo andrógino.Carolina não queria se envolver:- Vá direto ao ponto. O que você quer comigo? Se você veio aqui para se exibir, desculpe, não estou interessada.Beatriz, de forma condescendente, lançou um cartão de visita:- Sou agora uma diretora do Grupo TP. Você passou a ser uma de nossas artistas. Posso te apresentar para pessoas ricas e fazer você prosperar por toda a sua vida.Beatriz já tinha decifrado os truques da indústria do entretenimento; alguém como Carolina valeria muito dinheiro. O que ela tinha agora eram recursos. Se Carolina gostava de se apoiar em homens mais velhos, ela
Ao encontrar o olhar frio e glacial dele, Beatriz se desesperou e fugiu, ignorando até mesmo o homem maquiado no chão.O homem de maquiagem, deixado para trás, olhou incrédulo e um lampejo de ressentimento apareceu nos olhos dele, enquanto seus lamentos intensificaram.Carolina também ficou assustada.Ela franziu a testa e murmurou:- Devemos chamar uma ambulância para ele? Não precisa matar.- Olha só o seu medo. - Henrique disse, sua voz gélida, enquanto afagava a cabeça dela como se ela fosse um animal de estimação.- Estou preocupada com você. Agressão é crime, você se tornaria a vítima de uma extorsão.Ele olhou profundamente para ela, emoções indecifráveis emergindo de seus olhos:- Não se preocupe comigo, cuide de si mesma. Não seja tola e se deixe ser abusada.Carolina pensou na maneira como Henrique tinha repreendido Beatriz, ela sentiu uma incrível sensação de segurança; como se com ele ao seu lado, não houvesse nada a temer...Naquele momento, ela experimentou um c
Carolina se sentia sufocada pelo beijo, a cabeça girava e ela não conseguiu entender imediatamente o que ele estava dizendo.Henrique a fitava com olhos enevoados, sorrindo como se fosse algum tipo de demônio sedutor, se inclinando para marcar seu delicado pescoço com uma mancha roxa.Carolina não sentia nada, apenas pensou que havia recebido um beijo no pescoço.Quando retornou ao escritório, um colega de trabalho perguntou discretamente:- Você está namorando?- Não, não estou.O colega deu um sorriso malicioso, mas não disse mais nada.....- Papai, fui intimidada. - Beatriz encontrou Antônio e contou o que havia acontecido, chorando.Antônio largou o que estava fazendo e a consolou:- Quem te intimidou? Me conte com calma.Beatriz pintou Henrique como um agressor sem motivo, distorcendo a verdade.Antônio franziu o cenho, ponderando:- Nunca tive contato com Henrique, mas não acho que ele seja esse tipo de pessoa. Tem certeza que não foi um mal-entendido?- Meu namora
Os olhos de Henrique se estreitaram repentinamente em desgosto. Carolina, de costas para o pátio, ouviu algo e se virou para olhar.Depois de duas semanas sem aparecer, Paola havia surgido abruptamente. No momento em que Carolina ficou momentaneamente atordoada, Henrique se levantou e saiu.- Henrique, Oreo fugiu quando estava brincando e foi atropelado por um carro. Ele está no hospital veterinário, agora. O médico disse que precisa de uma transfusão. Luna pode ajudar?Por causa da ansiedade, Paola não conseguiu evitar e agarrou a mão de Henrique.Sem deixar vestígios, ele retirou sua mão e assentiu:- Vou buscar Luna e vou com você.Depois de dizer isso, Henrique foi ao quintal dos fundos para encontrar Luna. Paola ficou parada, esperando, e finalmente notou Carolina. Com um ar de desculpas, ela disse:- Desculpe por perturbar vocês, mas não sabia a quem mais pedir ajuda.- Não tem problema. - Carolina continuou comendo tranquilamente e perguntou com um sorriso. - Oreo é seu
O lounge estava vazio.Carolina ligou discretamente para Henrique e pressionou o botão de gravação.Com uma expressão de desconcerto, ela indagou:- Não era para assistir a uma entrevista interna? Por que o lounge está vazio?Diogo trancou a porta e, sem se conter, avançou em direção a Carolina:- É uma entrevista, uma entrevista interna, de um pra um.Com antecipação, Carolina desviou habilmente:- Quanto você pagou para convencer Eunice?Diogo hesitou, surpreso por ela ter adivinhado tão rápido, ele soltou uma risada fria:- Já que você percebeu, não vou mais fingir. Não foi muito dinheiro, apenas algumas dezenas de milhares. O dinheiro não é o ponto; o ponto é que eu prometi me livrar de você.Colocando as mãos nos quadris, Carolina o provocou, alternando entre inocência e sedução:- Quer se livrar de mim? O que está esperando? Vem.Mesmo para um homem como Diogo, que já tinha visto muitas mulheres, ele não conseguia resistir à tentação que ela oferecia.- Aguarde. Você
Diogo teve um momento de paralisia, seguido por uma iluminação súbita. Esquecendo a dor que sentia, ele olhou para Henrique com uma expressão de espanto, e depois para Carolina com incredulidade.O relacionamento entre os dois não era apenas profissional!Eunice, aquela idiota, arruinou tudo para ele. Não era à toa que suas tentativas anteriores de roubar dados da Brilhante Max haviam passado despercebidas. Dessa vez, Henrique havia se envolvido pessoalmente, porque ele e Carolina estavam romanticamente envolvidos!Diogo estava desesperado. A vida dele tinha mergulhado na escuridão.Graças à influência de Henrique, as práticas desprezíveis da Empresa R se tornaram conhecidas em todo o setor financeiro. Várias empresas haviam começado a rescindir contratos, e as ações da Empresa R despencaram, quase levando a empresa à falência.Eunice, provavelmente informada da situação, faltou ao trabalho por vários dias seguidos.Durante esse tempo, Iara ligou para saber o que estava acontecen
Paola mudou levemente de expressão, mas sua educação intrínseca a acalmou rapidamente. Seu olhar voltou ao normal, tingido com um senso inerente de superioridade:- Henrique tem um estômago fraco. Ele gosta da comida que você faz, o que diz muito sobre suas habilidades culinárias. Portanto, vou contar com você para cuidar mais dele no futuro.A fala dela era cortês, mas com atenção, parecia implicar que cuidar de Henrique era uma sorte que deveria ser valorizada.Carolina estava um pouco confusa sobre o que Paola queria, mas ainda assim concordou com um aceno:- Vou fazer isso, pode ficar tranquila."É apenas cuidar de um homem infiel por três anos; eu teria que fazer isso por causa do contrato de qualquer maneira."Paola deu um sorriso sutil e não falou mais nada.Ela era uma entusiasta das artes e, sem dúvida, exalava um ar de graça e elegância. Mesmo ali parada, a beleza dela fazia com que muitos homens virassem para olhá-la.Carolina estava com o estômago vazio e faminta:
O semblante de Henrique ficou sério:- Um amigo pode ser?- Melhor se fosse um parente.- Ela não tem parentes na Cidade T.- Tudo bem, me acompanhe.- Você também, aqui está a conta. - A enfermeira entregou alguns formulários para Carolina.Ela os pegou:- Certo.- O caixa está no primeiro andar. – A enfermeira indicou.O médico colocou o exame na frente de Henrique e falou com seriedade:- A paciente foi diagnosticada com leucemia e já perdeu o melhor período para o tratamento.Os olhos de Henrique se estreitaram imediatamente:- O quê?- A paciente recentemente fez quimioterapia aqui, nesse hospital. Ela não falou com vocês?- Não...- Dada a atual situação da paciente, ela é muito suscetível a infecções. É melhor que vocês a acompanhem de forma positiva, para que ela possa cooperar com o tratamento.No quarto do hospital.Paola estava deitada na cama, com o rosto pálido, mas ainda cativante.Quando ela viu Henrique entrar com o exame, ela se assustou, como uma cri