- Falamos sobre isso depois, estou cansada e quero voltar pra casa descansar.- Tudo bem.- Você não tinha ido embora? Por que voltou? - Carolina perguntou, esperando o elevador.Henrique arqueou uma sobrancelha:- Quem disse que eu fui embora?- Você estava no escritório esse tempo todo?- Estive ocupado com alguns assuntos e quando terminei, já eram quase dez horas.Subentendendo: “ele estava esperando.”Carolina sorriu com malícia nos olhos:- Entendi, entendi."Não quer admitir que estava me esperando!"No elevador, Henrique estava imponente, com os ombros largos e a cintura fina, se encostando de forma desinteressada em um dos lados, lançando a ela um olhar indiferente.Carolina ficou deslumbrada pela beleza diante dela, ela paralisou por dois segundos.Desde o começo, com a aparência que Henrique possuía, ela nunca imaginou que ele fosse o tio mais novo de Diego.Apesar de suas suspeitas, ela ingenuamente acreditou. Que desastre.As portas do elevador se abriram.
O rosto de Carolina se endureceu, e um sabor amargo inundou seu coração.Sim, eles só estavam casados no papel.Mesmo com a breve doçura da manhã, a relação ainda era desigual.- Tudo bem, foi minha culpa, não parar de falar.O arrependimento aparente não trouxe felicidade a Henrique, que, ao contrário, se sentiu ainda mais incomodado.Carlos, sufocado, dirigiu o carro até a Cidade S sem dizer uma palavra.Carolina foi a primeira a sair do veículo. Ela entrou no quintal, pegou Luna para sair em um passeio.Luna inicialmente parecia ter se alegrado com o retorno deles, mas depois de perceber a tensão no ar, suas orelhas eretas desabaram, e seus olhos se encheram de ansiedade.Henrique franziu o cenho e disse:- Não desconte sua raiva no cachorro.Carolina sorriu ironicamente e respondeu:- Este sorriso é suficiente para servir seu animal?- Não, sorria mais.Carolina ficou sem palavras.Ela, claro, não tinha descontado a raiva na inocência de Luna.Sem surpresas, ela tamb
Um homem de cerca de quarenta anos saiu do carro, com um rosto quadrado e uma aura imponente. Ele estava vestido de forma discreta, mas claramente cara, ele carregava um pingente de jade no pescoço, uma peça indiscutivelmente valiosa.Beatriz reconheceu o homem à sua frente e seu corpo estremeceu de emoção.Ele era o magnata que controlava o maior capital do mundo do entretenimento, tendo fundado várias empresas de cinema e televisão. Muitas das celebridades do momento foram lançadas pela companhia dele. Ele raramente aparecia em público."Por que uma grande figura viria a um lugar tão insignificante?", ela pensou.Na primeira vez que Duarte viu Beatriz, ele ficou um pouco desapontado com a aparência dela."Por que a filha de Raquel não herdou os genes bons?", ele se perguntou.Embora insatisfeito, Duarte suavizou seu olhar ao lembrar que o sangue de Raquel corria nas veias dela.- Qual é o seu nome?- Sr. Duarte, eu estava errada. Vou pagar pelo reparo do seu carro.Beatriz e
Carolina preferiria ser repreendida por Henrique a permitir que Eunice tirasse vantagem da situação.Com passos firmes e sem olhar para trás, Carolina se dirigiu ao elevador.Eunice a seguiu para fora, fingindo tentar impedi-la, mas não disse uma palavra enquanto via o elevador parar em um andar mais alto.Satisfeita, Eunice retornou ao departamento de planejamento.Alguns colegas preocupados se aproximaram para perguntar:- Eunice, Carolina realmente foi falar com o Sr. Henrique? - Ah, sim. Eu não consegui impedi-la. Até ofereci dividir o bônus com ela, mas ela queria tudo para ela. – Eunice fingiu preocupação.- Nossa, ela é muito gananciosa...Carolina parou na porta do escritório de Henrique, bateu na porta algumas vezes e, sem esperar por uma resposta, entrou.Vários executivos estavam em uma reunião com Henrique. Ao ouvir o barulho, todos olharam em direção à porta e encararam Carolina.A confiança dela diminuiu pela metade sob o olhar dos executivos. Seu rosto meticu
Carolina olhou para Carlos, visivelmente constrangida:- Não precisa, fico em pé.O contexto era claro: “você está em um escritório, comporte-se, ainda há outras pessoas aqui.”Com um olhar frio de Henrique, Carlos entendeu:- Estou de saída.Carolina ficou sem palavras."A que ponto chegamos, vou sentar. Não é a primeira vez, apenas um apoio gratuito."Assim que se sentou e ajustou sua posição, ela se voltou para ele e disse:- Não me machuque com o cinto dessa vez.Um traço estranho cruzou o rosto bonito de Henrique, ele murmurou:- Quietinha.Carolina fez uma careta. Ela percebeu que, sempre que ele estava errado, ele lhe dizia para ela ficar quieta.Seus dedos bem definidos tocaram levemente o mouse e as imagens de vigilância apareceram do lado de fora do departamento de planejamento na noite anterior.Por volta das dez horas, Eunice se aproximou sorrateiramente do departamento, trancou a porta com um cadeado que trouxera e, aproveitando a ronda do segurança, desligou
- Pode falar.- Não permita que a presença de Paola afete seus sentimentos em relação ao Sr. Henrique. A relação dele com Paola é algo do passado. Agora, a única pessoa na vida dele é você. Ele ficou de mau humor a manhã toda por causa da briga de vocês ontem. Só melhorou um pouco quando você chegou.Isso fez com que Carlos trabalhasse nervoso a manhã toda, temendo algum tipo de repercussão.Carolina olhou para ele de relance.Carlos tinha feições delicadas e pele morena, dando a ele uma aparência particularmente enérgica.Sabendo que ele tinha boas intenções, Carolina balançou a cabeça calmamente:- Você sabe que nosso casamento é de fachada. Quando o contrato acabar, nós não teremos mais nenhum vínculo.- Você não quer lutar por ele?- Com o quê eu deveria lutar?- O Sr. Henrique tem sido bom para você; você tem uma chance. – Carlos disse.Carolina sorriu com desdém:- Ele nunca admitiu abertamente que gosta de mim. Eu já tentei antes, mas o resultado foi menos do que sati
- Você conhece ela?- Carolina já trabalhou na Empresa R, eu já queria provar do gosto dela desde aquela época.Eunice pausou por um momento. "Nunca pensei que essa vagabunda fosse tão esperta, até passou pela Empresa R. Diogo parece muito interessado nela..."- Tente sair com ela o mais rápido possível. O que você quer fizer com ela não me interessa; eu só quero algumas fotos.- Carolina está de guarda contra mim, marcar um encontro com ela não vai ser nada fácil.- Você quer minha ajuda?- Não é uma questão de ajudar. Estamos em uma relação de troca mutuamente benéfica.Eunice pensou por alguns segundos. Imaginando Carolina arruinada e completamente desacreditada, incapaz de competir com ela. Ela sentiu um alívio imenso.- Tudo bem, vai ficar mais caro....Haviam se passado quatro ou cinco dias desde que Paola apareceu na Brilhante Max. Ela não tinha aparecido novamente desde então.Tudo permanecia silencioso também do lado da família Santos.A vida retomou seu curso nor
Carlos se aproximou e, diante de Carolina, disse ao homem que acabara de adicionar o contato dela:- Você pode ir ao setor financeiro receber o seu salário deste mês.O homem ficou atordoado por um momento:- Hoje não é dia de pagamento.Carolina entendeu imediatamente e perguntou com surpresa:- Ele está sendo demitido?Carlos foi sutil:- É algo assim.Depois de falar, ele fez questão de lançar um olhar significativo para o novo contato adicionado na tela do celular de Carolina.Carolina captou o recado e rapidamente seguiu na direção de onde Henrique estava saindo.- Só estávamos trocando contatos, nada mais. Não vejo o problema em colegas de trabalho fazerem isso. - Carolina puxou levemente a manga de Henrique. - Por favor, não demita ele...Ela se sentiria muito culpada.Pensou que o colega, provavelmente da mesma idade, devia ter enfrentado diversas entrevistas desafiadoras para conseguir o emprego.Henrique soltou uma risada irônica, com um sorriso sutil aparecendo