- Eunice, que brincadeira sem graça.Eunice revirou os olhos:- Falei da boca para fora, você levou a sério?- Ah, que brincadeira de mau gosto.Carolina segurou o colega ao lado e sacudiu a cabeça para ele.- Deixa ela falar, é só ignorar.Afinal de contas, ela tinha razão, e não havia como contestar.Eunice lançou um olhar para Carolina e se afastou.O dia estava cheio de tarefas, e Carolina passou a manhã organizando dados e análises de negócios para a reunião da tarde.Depois da reunião fatídica, Eunice chegou ostentando confiança e ordenou:- Escreva o plano estratégico do projeto e me entregue amanhã. Marque os custos, cronograma e resultados previstos.Carolina massageou o pescoço dolorido, sem entender:- Se eu fizer tudo sozinha, o que você vai sobrar para você fazer?“Só supervisionar?”- Vou avaliar o plano que você criou e fazer as alterações necessárias se for preciso. Esta é uma boa oportunidade para você ser promovida e você ainda está fazendo drama?- Não
Abaixo do edifício Brilhante Max.Um carro estava estacionado à beira da calçada.Henrique franziu a testa, olhando para a chamada não atendida em seu celular, ele ligou de novo.“O número que você ligou está desligado...”Sempre que aquela mulher insensata desligava o celular, algo de errado estava para acontecer, mesmo que ela estivesse no escritório.- Me espere aqui, eu vou subir.Ele deixou Carlos com essa frase e saiu do carro.Carlos abriu a boca, querendo concordar, mas seus olhos se prenderam numa figura elegante se distanciando."Meu Deus, ela voltou aqui de novo? Ela não disse que não incomodaria mais o Sr. Henrique? O que será que ela está aprontando?"Ele murmurou para si mesmo, sentado no carro, espiando os movimentos de Paola.Como se tudo tivesse sido cuidadosamente planejado, Paola e Henrique se encontraram na faixa de pedestres.Ela usava um vestido rosa que acentuava a cintura fina e exibia pernas sedutoras. Com a brisa da noite, seus cabelos flutuavam lev
- Falamos sobre isso depois, estou cansada e quero voltar pra casa descansar.- Tudo bem.- Você não tinha ido embora? Por que voltou? - Carolina perguntou, esperando o elevador.Henrique arqueou uma sobrancelha:- Quem disse que eu fui embora?- Você estava no escritório esse tempo todo?- Estive ocupado com alguns assuntos e quando terminei, já eram quase dez horas.Subentendendo: “ele estava esperando.”Carolina sorriu com malícia nos olhos:- Entendi, entendi."Não quer admitir que estava me esperando!"No elevador, Henrique estava imponente, com os ombros largos e a cintura fina, se encostando de forma desinteressada em um dos lados, lançando a ela um olhar indiferente.Carolina ficou deslumbrada pela beleza diante dela, ela paralisou por dois segundos.Desde o começo, com a aparência que Henrique possuía, ela nunca imaginou que ele fosse o tio mais novo de Diego.Apesar de suas suspeitas, ela ingenuamente acreditou. Que desastre.As portas do elevador se abriram.
O rosto de Carolina se endureceu, e um sabor amargo inundou seu coração.Sim, eles só estavam casados no papel.Mesmo com a breve doçura da manhã, a relação ainda era desigual.- Tudo bem, foi minha culpa, não parar de falar.O arrependimento aparente não trouxe felicidade a Henrique, que, ao contrário, se sentiu ainda mais incomodado.Carlos, sufocado, dirigiu o carro até a Cidade S sem dizer uma palavra.Carolina foi a primeira a sair do veículo. Ela entrou no quintal, pegou Luna para sair em um passeio.Luna inicialmente parecia ter se alegrado com o retorno deles, mas depois de perceber a tensão no ar, suas orelhas eretas desabaram, e seus olhos se encheram de ansiedade.Henrique franziu o cenho e disse:- Não desconte sua raiva no cachorro.Carolina sorriu ironicamente e respondeu:- Este sorriso é suficiente para servir seu animal?- Não, sorria mais.Carolina ficou sem palavras.Ela, claro, não tinha descontado a raiva na inocência de Luna.Sem surpresas, ela tamb
Um homem de cerca de quarenta anos saiu do carro, com um rosto quadrado e uma aura imponente. Ele estava vestido de forma discreta, mas claramente cara, ele carregava um pingente de jade no pescoço, uma peça indiscutivelmente valiosa.Beatriz reconheceu o homem à sua frente e seu corpo estremeceu de emoção.Ele era o magnata que controlava o maior capital do mundo do entretenimento, tendo fundado várias empresas de cinema e televisão. Muitas das celebridades do momento foram lançadas pela companhia dele. Ele raramente aparecia em público."Por que uma grande figura viria a um lugar tão insignificante?", ela pensou.Na primeira vez que Duarte viu Beatriz, ele ficou um pouco desapontado com a aparência dela."Por que a filha de Raquel não herdou os genes bons?", ele se perguntou.Embora insatisfeito, Duarte suavizou seu olhar ao lembrar que o sangue de Raquel corria nas veias dela.- Qual é o seu nome?- Sr. Duarte, eu estava errada. Vou pagar pelo reparo do seu carro.Beatriz e
Carolina preferiria ser repreendida por Henrique a permitir que Eunice tirasse vantagem da situação.Com passos firmes e sem olhar para trás, Carolina se dirigiu ao elevador.Eunice a seguiu para fora, fingindo tentar impedi-la, mas não disse uma palavra enquanto via o elevador parar em um andar mais alto.Satisfeita, Eunice retornou ao departamento de planejamento.Alguns colegas preocupados se aproximaram para perguntar:- Eunice, Carolina realmente foi falar com o Sr. Henrique? - Ah, sim. Eu não consegui impedi-la. Até ofereci dividir o bônus com ela, mas ela queria tudo para ela. – Eunice fingiu preocupação.- Nossa, ela é muito gananciosa...Carolina parou na porta do escritório de Henrique, bateu na porta algumas vezes e, sem esperar por uma resposta, entrou.Vários executivos estavam em uma reunião com Henrique. Ao ouvir o barulho, todos olharam em direção à porta e encararam Carolina.A confiança dela diminuiu pela metade sob o olhar dos executivos. Seu rosto meticu
Carolina olhou para Carlos, visivelmente constrangida:- Não precisa, fico em pé.O contexto era claro: “você está em um escritório, comporte-se, ainda há outras pessoas aqui.”Com um olhar frio de Henrique, Carlos entendeu:- Estou de saída.Carolina ficou sem palavras."A que ponto chegamos, vou sentar. Não é a primeira vez, apenas um apoio gratuito."Assim que se sentou e ajustou sua posição, ela se voltou para ele e disse:- Não me machuque com o cinto dessa vez.Um traço estranho cruzou o rosto bonito de Henrique, ele murmurou:- Quietinha.Carolina fez uma careta. Ela percebeu que, sempre que ele estava errado, ele lhe dizia para ela ficar quieta.Seus dedos bem definidos tocaram levemente o mouse e as imagens de vigilância apareceram do lado de fora do departamento de planejamento na noite anterior.Por volta das dez horas, Eunice se aproximou sorrateiramente do departamento, trancou a porta com um cadeado que trouxera e, aproveitando a ronda do segurança, desligou
- Pode falar.- Não permita que a presença de Paola afete seus sentimentos em relação ao Sr. Henrique. A relação dele com Paola é algo do passado. Agora, a única pessoa na vida dele é você. Ele ficou de mau humor a manhã toda por causa da briga de vocês ontem. Só melhorou um pouco quando você chegou.Isso fez com que Carlos trabalhasse nervoso a manhã toda, temendo algum tipo de repercussão.Carolina olhou para ele de relance.Carlos tinha feições delicadas e pele morena, dando a ele uma aparência particularmente enérgica.Sabendo que ele tinha boas intenções, Carolina balançou a cabeça calmamente:- Você sabe que nosso casamento é de fachada. Quando o contrato acabar, nós não teremos mais nenhum vínculo.- Você não quer lutar por ele?- Com o quê eu deveria lutar?- O Sr. Henrique tem sido bom para você; você tem uma chance. – Carlos disse.Carolina sorriu com desdém:- Ele nunca admitiu abertamente que gosta de mim. Eu já tentei antes, mas o resultado foi menos do que sati