Carolina exibiu um semblante surpreso:- Não, tia, por que?Quando entrou na Brilhante Max, Carolina trabalhou brevemente com a zeladora e, posteriormente, foi transferida para o departamento de planejamento. Eventualmente elas se encontravam e conversavam na empresa, elas tinham se tornado boas colegas de trabalho.- Uma moça do seu departamento está falando mal de você no banheiro, já faz alguns dias. É sempre a mesma pessoa.O olhar de Carolina escureceu:- Tia, você sabe o nome dela?- Acho que ouvi alguém chamá-la de Eunice.Carolina sabia de quem se tratava; só havia uma Eunice no departamento de planejamento.Coincidentemente, enquanto ela estava a caminho para encontrar Henrique, ela cruzou com um executivo de outro departamento que fez um “joinha sorridente” para ela.- Carolina, procurando o Sr. Henrique de novo? – Ele perguntou.O corpo dela ficou tenso, e ela respondeu com um sorriso forçado:- Estou indo ao terraço pegar um ar.- Não seja tímida, Eunice já cont
A frase provocou uma onda de sentimentos em Carolina:- Para com isso. Você é meu chefe, e meu companheiro de quarto. Por que eu ficaria brava?Como se ela já não estivesse dizendo que o amava.Henrique, entre a resignação e um toque de ternura, respondeu com um humor raro:- Paola voltou ao Brasil hoje. Depois de desembarcar, ela passou na Brilhante Max para me ver. Ela desmaiou enquanto falava, então levei ela para o hospital e saí.- Você está mentindo! Vocês devem ter saído para jantar!- Não.- E o que é isso nas suas mangas? - Carolina perguntou indignada, como se tivesse interrogando o próprio marido.Ela mesma não tinha noção do que estava acontecendo.- Ela fez isso quando desmaiou.- Jura?Henrique a pegou pela orelha, alongando sua fala:- Você está se aproveitando da situação, não está?- Só estou brincando! Você não tem senso de humor? Vou passear com a Luna, vai descansar!Carolina se libertou e correu para fora, a caminhada daquele dia foi claramente mais a
Henrique olhou nos olhos ardentes e sinceros dela, sentindo uma leve coceira na garganta, e virou o rosto para o lado:- Você está pensando demais.- Não, você realmente tem sentimentos por mim. - Carolina parecia estar falando tanto para ele quanto para si mesma. - Por que você não admite? Aceite esse sentimento! - Antes que ele pudesse responder, ela continuou. - Eu também tenho sentimentos por você!Ela não era tola, tinha notado todas as mudanças sutis ao longo dos dias. Ele nunca tinha pensado nessa direção. Neste momento, a reação dele confirmou as suspeitas dela.Visivelmente descontente, Henrique cruzou as pernas e olhou para Carolina com um olhar gelado:- São apenas sentimentos aparentes, ainda não podem ser chamados de amor.Não era amor, aquele sentimento que nos faz perder a razão, aquele sem o qual não podemos viver?Carolina tocou o nariz e baixou os olhos naturalmente, ocultando um lampejo de incerteza. De perfil, ela parecia um coelhinho ferido:- Claro que não.
- Eunice, que brincadeira sem graça.Eunice revirou os olhos:- Falei da boca para fora, você levou a sério?- Ah, que brincadeira de mau gosto.Carolina segurou o colega ao lado e sacudiu a cabeça para ele.- Deixa ela falar, é só ignorar.Afinal de contas, ela tinha razão, e não havia como contestar.Eunice lançou um olhar para Carolina e se afastou.O dia estava cheio de tarefas, e Carolina passou a manhã organizando dados e análises de negócios para a reunião da tarde.Depois da reunião fatídica, Eunice chegou ostentando confiança e ordenou:- Escreva o plano estratégico do projeto e me entregue amanhã. Marque os custos, cronograma e resultados previstos.Carolina massageou o pescoço dolorido, sem entender:- Se eu fizer tudo sozinha, o que você vai sobrar para você fazer?“Só supervisionar?”- Vou avaliar o plano que você criou e fazer as alterações necessárias se for preciso. Esta é uma boa oportunidade para você ser promovida e você ainda está fazendo drama?- Não
Abaixo do edifício Brilhante Max.Um carro estava estacionado à beira da calçada.Henrique franziu a testa, olhando para a chamada não atendida em seu celular, ele ligou de novo.“O número que você ligou está desligado...”Sempre que aquela mulher insensata desligava o celular, algo de errado estava para acontecer, mesmo que ela estivesse no escritório.- Me espere aqui, eu vou subir.Ele deixou Carlos com essa frase e saiu do carro.Carlos abriu a boca, querendo concordar, mas seus olhos se prenderam numa figura elegante se distanciando."Meu Deus, ela voltou aqui de novo? Ela não disse que não incomodaria mais o Sr. Henrique? O que será que ela está aprontando?"Ele murmurou para si mesmo, sentado no carro, espiando os movimentos de Paola.Como se tudo tivesse sido cuidadosamente planejado, Paola e Henrique se encontraram na faixa de pedestres.Ela usava um vestido rosa que acentuava a cintura fina e exibia pernas sedutoras. Com a brisa da noite, seus cabelos flutuavam lev
- Falamos sobre isso depois, estou cansada e quero voltar pra casa descansar.- Tudo bem.- Você não tinha ido embora? Por que voltou? - Carolina perguntou, esperando o elevador.Henrique arqueou uma sobrancelha:- Quem disse que eu fui embora?- Você estava no escritório esse tempo todo?- Estive ocupado com alguns assuntos e quando terminei, já eram quase dez horas.Subentendendo: “ele estava esperando.”Carolina sorriu com malícia nos olhos:- Entendi, entendi."Não quer admitir que estava me esperando!"No elevador, Henrique estava imponente, com os ombros largos e a cintura fina, se encostando de forma desinteressada em um dos lados, lançando a ela um olhar indiferente.Carolina ficou deslumbrada pela beleza diante dela, ela paralisou por dois segundos.Desde o começo, com a aparência que Henrique possuía, ela nunca imaginou que ele fosse o tio mais novo de Diego.Apesar de suas suspeitas, ela ingenuamente acreditou. Que desastre.As portas do elevador se abriram.
O rosto de Carolina se endureceu, e um sabor amargo inundou seu coração.Sim, eles só estavam casados no papel.Mesmo com a breve doçura da manhã, a relação ainda era desigual.- Tudo bem, foi minha culpa, não parar de falar.O arrependimento aparente não trouxe felicidade a Henrique, que, ao contrário, se sentiu ainda mais incomodado.Carlos, sufocado, dirigiu o carro até a Cidade S sem dizer uma palavra.Carolina foi a primeira a sair do veículo. Ela entrou no quintal, pegou Luna para sair em um passeio.Luna inicialmente parecia ter se alegrado com o retorno deles, mas depois de perceber a tensão no ar, suas orelhas eretas desabaram, e seus olhos se encheram de ansiedade.Henrique franziu o cenho e disse:- Não desconte sua raiva no cachorro.Carolina sorriu ironicamente e respondeu:- Este sorriso é suficiente para servir seu animal?- Não, sorria mais.Carolina ficou sem palavras.Ela, claro, não tinha descontado a raiva na inocência de Luna.Sem surpresas, ela tamb
Um homem de cerca de quarenta anos saiu do carro, com um rosto quadrado e uma aura imponente. Ele estava vestido de forma discreta, mas claramente cara, ele carregava um pingente de jade no pescoço, uma peça indiscutivelmente valiosa.Beatriz reconheceu o homem à sua frente e seu corpo estremeceu de emoção.Ele era o magnata que controlava o maior capital do mundo do entretenimento, tendo fundado várias empresas de cinema e televisão. Muitas das celebridades do momento foram lançadas pela companhia dele. Ele raramente aparecia em público."Por que uma grande figura viria a um lugar tão insignificante?", ela pensou.Na primeira vez que Duarte viu Beatriz, ele ficou um pouco desapontado com a aparência dela."Por que a filha de Raquel não herdou os genes bons?", ele se perguntou.Embora insatisfeito, Duarte suavizou seu olhar ao lembrar que o sangue de Raquel corria nas veias dela.- Qual é o seu nome?- Sr. Duarte, eu estava errada. Vou pagar pelo reparo do seu carro.Beatriz e