Rodrigo suspirou e disse:- O garoto ainda é bem-vindo. Mas, Carolzinha, não precisa se preocupar. Elas gostam mesmo é da aparência do garoto. Daqui a alguns anos, ele vai engordar e ninguém mais vai causar intrigas com vocês dois.Carolina soltou o braço de Henrique e riu:- Vovô, Riquinho não vai engordar. Ele corre todas as manhãs e passeia com a Luna à noite. Ele não é sedentário.Tão disciplinado, era admirável. Mas quem sabe que tipo de mulher seria capaz de lidar com ele no futuro?Henrique baixou o olhar, observando o braço solto. Ele se sentiu incomodado. Por que ele tinha a sensação de que o vovô estava tentando provocar Patrícia e usando-o de propósito?Rodrigo estava prestes a dizer algo, mas viu Henrique subir as escadas sozinho. Ele gritou:- Aonde você está indo?- Ele deve estar ocupado com o trabalho. Deixe ele trabalhar, vovô. Eu vou ficar com você.Carolina não percebeu o estado de espírito de Henrique e falou com atenção.Naturalmente, Rodrigo ficou satisfeito:- Cl
Carolina sentiu o rubor tocar levemente seu rosto, sem saber como enfrentar aquela situação embaraçosa. Lavínia, com gentileza, entregou a ela uma tigela de sopa:- Madame, suba e tome junto com o jovem mestre.Carolina ficou incerta por um momento, então respondeu:- Está... Está bem.Sem ousar encarar Rodrigo, ela segurou a tigela e saiu apressadamente. Nesse ínterim, Henrique já havia retornado ao quarto e estava encostado na cama. Carolina observou a única cama no quarto e, após hesitar brevemente, respirou fundo.“Meu Deus, o fedido foi para a cama, como se eu fosse me deitar no chão.” Pelo menos tinha um tapete no chão, não seria tão duro.- Lavínia mandou esta sopa para nós? - Disse Henrique, esfregando as têmporas.- Eu não vou beber. Quando iremos dormir? - questionou Carolina.- Nesse caso, vou tomar um pouco. Depois, vou dormir.Carolina se sentiu desconfortável por não retribuir a gentileza de Lavínia. Abriu a tampa e usou a colher para servir um pouco na tigela. Gojiberry,
A pergunta pegou Henrique de surpresa na escuridão. Ele se sentiu um pouco desconfortável:- Depende de como você se comportar.Carolina inalou abruptamente, soltando sem pensar:- Você está começando a gostar de mim?Além dessa possibilidade, ela não conseguia pensar em outra razão para Henrique deixar ela se juntar a ele durante a noite.Henrique ficou momentaneamente surpreso e refutou instintivamente:- Claro que não.Ele apenas estava disposto a dar a ela uma chance.- Então por que, de repente, está se aproximando de mim?- Cala a boca e dorme!Carolina ficou sem palavras, sem se atrever a continuar a conversa.Pela primeira vez, os dois se abraçaram para dormir e, estranhamente, não parecia desconfortável. Talvez Carolina estivesse cansada, pois ela adormeceu pouco depois. Ela se mexia inquieta durante o sono, se agarrando a Henrique como um urso, se mexendo tanto que acabou ficando com calor. Os olhos ardentes de Henrique permaneceram fixos em Carolina adormecida após uma brev
Carolina sorriu radiante:- Claro, depois do expediente hoje, vou sair para escolher um presente para você. Como planeja passar o dia? Vai passar com o vovô?Ele respondeu de forma simples:- Vai ser só a gente.Ela ficou levemente surpresa:- Entendi, vou me lembrar disso.No dia seguinte era o aniversário de Henrique, e em mais dois dias o mês estaria chegando ao fim. O tempo realmente passa rápido, logo chegaria o dia do tribunal....Brilhante Max, Departamento de Planejamento.Todas as manhãs, ocorria uma breve reunião de departamento. Naquele dia, Iara comunicou seriamente a todos que Murilo havia sido demitido.- Por que isso aconteceu?- Ele estava trabalhando até tarde ontem à noite, isso foi tão repentino.- Ele não estava responsável pelos projetos recentes, que erro ele cometeu para que fosse tão grave?Iara balançou a cabeça:- Não tenho certeza, a decisão veio de cima.Até mesmo naquela manhã, quando Murilo chegou, os pertences dele já haviam sido embalados pelo segurança
Cerca de vinte minutos após o início da coletiva de imprensa, Henrique foi convidado a subir ao palco e fazer um breve discurso. Após sair do palco, em vez de retornar ao seu lugar, ele se dirigiu diretamente para fora do local. Entrando em seu carro, ele verificou a hora ao olhar para o pulso. Já eram cerca de sete da noite. "Carolina deve estar voltando para casa", ele pensou. Embora ele soubesse que Carolina tinha tirado a tarde de folga, ele não tinha conhecimento do presente que ela havia comprado.- Sr. Carlos, volte para a cidade.- Certamente, Sr. Henrique.O Sr. Carlos pressionou o acelerador, mas logo pisou nos freios de maneira brusca. Patrícia estendeu os braços, bloqueando a passagem do carro. Ela olhou pela janela em direção ao homem.- Saia do carro, preciso conversar com você. – Ela gritou.O Sr. Carlos olhou para Henrique, que permanecia impassível, sem sequer levantar as pálpebras. Suspirando suavemente, ele abaixou o vidro com uma expressão de desconforto.- Srta. P
Tudo parecia perdido, e Carolina estava à beira da morte. A responsável por isso, sem dúvida, era Patrícia. Ela havia se mostrado completamente insana, disposta a matar alguém por um homem. Carolina estava imersa na água gélida, mas ainda conseguia sentir seus membros, sugerindo que não estava submersa por muito tempo. No entanto, a água estava subindo rapidamente, chegando à altura de seu tronco. Se Henrique percebesse imediatamente que algo estava errado, talvez houvesse uma pequena chance de sobrevivência. Mas, se ele não notasse, ela estaria condenada à morte.Apesar das lágrimas, Carolina se esforçou para manter a calma. Ela não podia desistir, afinal, era a sua vida em jogo, e ela não estava pronta para partir. Carolina enxugou o nariz e, com a voz trêmula pelo choro, gritou o mais alto que pôde:- Socorro! Alguém pode me ouvir? Estou na água, por favor, me ajudem!Após um silêncio angustiante, o som da água ecoando pelo vasto reservatório, misturado com o eco, aumentou o medo d
Henrique sentiu a tensão do corpo se dissolver lentamente enquanto se virava para encarar a cena diante dele. Carolina, completamente encharcada, da cabeça aos pés, sorriu suavemente. Suas sobrancelhas e olhos delicados pareciam ainda mais pálidos, mas sua beleza permanecia inegável, uma dama frágil e graciosa.Henrique a fitou intensamente, seus nervos que estavam à flor da pele finalmente relaxaram. Ao mesmo tempo, o medo e o arrependimento que dominavam seu coração começaram a se dissipar.- Você está bem... – Ele murmurou para si mesmo enquanto tirava o casaco e se aproximava dela com uma voz que nunca usara antes. - Como você conseguiu escapar?Carolina apontou para Danilo, ao seu lado:- Ele me resgatou.Patrícia arregalou os olhos, visivelmente enfurecida:- Pai, por que você arruinou meu plano?Danilo, com voz grave, repreendeu:- Você tem noção do que estava fazendo!? Se algo tivesse acontecido com ela hoje, você seria uma assassina, e sua vida estaria destruída!Na noite ante
Henrique hesitou por um momento e, com os lábios cerrados, proferiu: - Não é necessário que você faça isso por mim.- Eu sei, mas eu quero fazer.Ela tinha a oportunidade de ajudar o Grupo Mendonça, então, era claro, ela queria ajudar.Os olhos de Henrique se encheram de complexidade enquanto apertava o ombro dela.Danilo ficou pálido, mas acabou concordando.Comparado ao futuro de sua filha, o dinheiro não tinha importância.Depois de conversar com Henrique, Carolina decidiu não contar a Rodrigo sobre o que havia acontecido. Ele tinha problemas cardíacos e não podia se estressar.- Primeiro, vamos ao hospital para evitar febre.- Tudo bem, estou sentindo uns calafrios, não estou me sentindo muito bem. Carolina espirrou e sua cabeça estava um pouco pesada.Henrique a observou de lado; o rosto dela, antes pálido, agora exibia um leve rubor anormal, e a voz dela estava rouca, claramente mostrando os sintomas de um resfriado.Ele apertou os lábios finos em uma linha reta. - Você passou