Ao ouvirem isso, todos interromperam suas atividades e voltaram seus olhares fixamente para Henrique. O Sr. Carlos se aproximou e abriu a porta do compartimento, permitindo que Carolina e Diego saíssem. Diego ficou atônito, nunca imaginara que seu reforço viria na forma de Henrique...Carolina se apressou em se aproximar de Henrique para desabafar:- Riquinho, essa mulher é realmente maldosa. Se você tivesse chegado cinco minutos mais tarde, não teria tido a chance de me ver.- Fica quieta, não exagere!Patrícia repreendeu em voz alta. Ela só queria assustar a mulher dissimulada, sem a intenção de causar um problema maior.- Riquinho, ela tem inveja de você, guarda rancor porque o sentimento não é recíproco. Ela quer me destruir e te ter só para ela!Carolina não ligava para as palavras de Patrícia. Com os lábios tremendo e o rosto franzido, ela estava à beira das lágrimas, cheia de ressentimento.O que esperar do futuro? Ela ousou perseguir alguém com vários homens em público, o que j
O Sr. Carlos agiu rapidamente, e o carro chegou em cinco minutos.Diego observou o Rolls-Royce à sua frente, com uma placa de número sequencial, e ficou chocado. Ele reconhecia o carro. Quando Carolina terminou com ele, ela estava sentada neste carro, ao lado de um homem mais velho no banco do motorista.O carro pertencia a Henrique, e o homem mais velho que supostamente estava dirigindo poderia muito bem ser apenas um motorista!Diego manteve o olhar fixo no Sr. Carlos, que estava no banco da frente dirigindo. A chuva gelada caía em seu rosto enquanto ele se deu um tapa.Sr. Carlos olhou surpreso e voltou o olhar para os bancos de trás, perguntando:- Sr. Henrique, como devo lidar com ele?- Não se preocupe com isso. - Respondeu Henrique sem sequer olhar.- Entendido.Gotas de água atingiram Diego, mas ele não se moveu. Ele olhou na direção em que Carolina havia ido embora, sentindo o peso da derrota em seus ombros.Aos olhos dele, Henrique era uma figura quase divina, uma entidade tr
- Sr. Henrique, chegamos - Disse o Sr. Carlos enquanto estacionava o carro, interrompendo as palavras que ela ainda não havia proferido.Henrique foi o primeiro a sair do carro e olhou para os sapatos inadequados nos pés de Carolina. - Quando voltar, troque esses sapatos. – Ele se voltou para ela, dizendo.Os sapatos de Carolina desapareceram durante a fuga. Havia alguns pares que ele costumava guardar no porta-malas do carro, e ele a fez usá-los temporariamente.As palavras que Carolina ainda não tinha pronunciado foram engolidas, e ela perguntou curiosamente:- Eu tenho sapatos aqui?- Anteriormente, o Sr. Rodrigo providenciou algumas coisas suas para facilitar seu retorno.Os olhos de Carolina brilharam, e ela sorriu ternamente:- Ele é muito atencioso.Henrique resmungou friamente.Rodrigo nem estava sendo atencioso; ele havia organizado tudo.Comparado com essa falta de atenção, quando o carro que seguia atrás parou, Patrícia entrou apressada e animada, procurando por Rodrigo.Ne
- Não é porque eu gosto de você! - Patrícia encarou o lugar onde as mãos deles estavam entrelaçadas, os olhos pareciam prestes a lançar chamas. - Se eu não gostasse de você, por que iria atrás de você?Carolina massageou a testa, um pouco chocada.Ela e Henrique tinham apenas um acordo matrimonial. Se fossem um casal de verdade, mesmo que tivessem muita paciência, não conseguiriam evitar uma briga com Patrícia, se ela agisse daquela maneira.- Você gosta do Henrique, é a sorte dele. Agora que ele está casado, você não precisa ficar obcecada. Se é hora de encontrar um namorado, arranje um para você. Se é hora de casar, case. – Rodrigo dizia.- Mas ela fez algo que prejudicou o Sr. Henrique. Vovô, você não pode simplesmente ignorar isso. – Patrícia tentava se defender.Carolina franziu a testa e deu alguns passos à frente.- Você não está indo longe demais? Eu nem te pedi desculpas ainda, e você continua me difamando. Tenha algum respeito na frente dos mais velhos.Ao ver como Patrícia e
Patrícia ergueu a cabeça de forma abrupta, olhando para Henrique com incredulidade.- O que você acabou de dizer...Henrique pronunciou cada palavra com frieza cortante:- Você não ouviu direito, não me importo de repetir quantas vezes for necessário.Danilo ficou perplexo, incapaz de permanecer sentado, imediatamente, ele disse:- Henrique, admito que a culpa foi da Paty, mas isso não te dá o direito de exagerar!Fazer a joia da família se curvar diante de uma garota comum? Isso era mais do que esmagar a honra dos Souza.Se isso viesse a público, como poderiam manter de cabeça erguida na Cidade T?Rodrigo também sentiu que algo estava errado, mas preferiu não dizer nada.- Você ainda está determinado a protegê-la? O que ela tem que me faz parecer inferior? Me trata mal por causa dela. Crescemos juntos desde a infância! – Patrícia disse se dirigindo a Henrique.- Você começou com a mentira e passou a difamar. Importunou Carolina repetidas vezes. Você pensas que as pessoas sob meu coman
Depois da chuva, o céu clareou e o sol da tarde invadiu a janela de vidro, refletindo no rosto do homem, um rosto que estava tão frio quanto a chuva que se dispersara. Ele lançou um olhar de lado para o Sr. Rodrigo, claramente impaciente. Querendo manter sua reputação intacta, mas não desejando se tornar o tolo da história, ele acabou realizando todas as ações corretas e agora teria que resolver a confusão.Seu plano de calcular vantagens ecoava como batidas de tambor.- Riquinho.Uma voz melodiosa veio de cima, e Henrique olhou para cima, avistando Carolina parada, linda e sorridente. Com as sobrancelhas arqueadas, ela disse:- Acabei de tomar banho.O sorriso dela era tão radiante que inexplicavelmente acalmou a irritação de Henrique, fazendo com que sua mente se aquietasse gradativamente.A aparição de Carolina atraiu toda a atenção de Rodrigo para ela, que perguntou rapidamente:- Como foi a consulta, minha querida nora?- Estou bem.Ela desceu as escadas e se aproximou de Henriqu
Rodrigo suspirou e disse:- O garoto ainda é bem-vindo. Mas, Carolzinha, não precisa se preocupar. Elas gostam mesmo é da aparência do garoto. Daqui a alguns anos, ele vai engordar e ninguém mais vai causar intrigas com vocês dois.Carolina soltou o braço de Henrique e riu:- Vovô, Riquinho não vai engordar. Ele corre todas as manhãs e passeia com a Luna à noite. Ele não é sedentário.Tão disciplinado, era admirável. Mas quem sabe que tipo de mulher seria capaz de lidar com ele no futuro?Henrique baixou o olhar, observando o braço solto. Ele se sentiu incomodado. Por que ele tinha a sensação de que o vovô estava tentando provocar Patrícia e usando-o de propósito?Rodrigo estava prestes a dizer algo, mas viu Henrique subir as escadas sozinho. Ele gritou:- Aonde você está indo?- Ele deve estar ocupado com o trabalho. Deixe ele trabalhar, vovô. Eu vou ficar com você.Carolina não percebeu o estado de espírito de Henrique e falou com atenção.Naturalmente, Rodrigo ficou satisfeito:- Cl
Carolina sentiu o rubor tocar levemente seu rosto, sem saber como enfrentar aquela situação embaraçosa. Lavínia, com gentileza, entregou a ela uma tigela de sopa:- Madame, suba e tome junto com o jovem mestre.Carolina ficou incerta por um momento, então respondeu:- Está... Está bem.Sem ousar encarar Rodrigo, ela segurou a tigela e saiu apressadamente. Nesse ínterim, Henrique já havia retornado ao quarto e estava encostado na cama. Carolina observou a única cama no quarto e, após hesitar brevemente, respirou fundo.“Meu Deus, o fedido foi para a cama, como se eu fosse me deitar no chão.” Pelo menos tinha um tapete no chão, não seria tão duro.- Lavínia mandou esta sopa para nós? - Disse Henrique, esfregando as têmporas.- Eu não vou beber. Quando iremos dormir? - questionou Carolina.- Nesse caso, vou tomar um pouco. Depois, vou dormir.Carolina se sentiu desconfortável por não retribuir a gentileza de Lavínia. Abriu a tampa e usou a colher para servir um pouco na tigela. Gojiberry,