Ao ouvir isso, uma onda de raiva percorreu Carolina dos pés à cabeça. Ela rosnou com frieza:- Você não teria coragem!- Vamos ver se eu tenho coragem ou não. - Os olhos de Beatriz se moveram, e de repente ela teve uma ideia. - Daqui a dois dias é o aniversário do papai. Se você aparecer podemos conversar, eu vou pensar se vou deletar aquelas fotos da Fernanda. Como irmãs, sinceramente, não quero levar isso para os tribunais.- Você não tem medo que eu chame a polícia? - Carolina controlou a raiva, seus olhos ficaram vermelhos.- Claro que tenho medo, mas vou te dar um conselho. Não acabe com a vida da Fernanda por um momento de satisfação egoísta. Uma garota que passa por esse tipo de golpe pode acabar fazendo besteiras.Os olhos de Carolina ficaram úmidos, suas pupilas se contraíram.Ela sabia, sabia de tudo.Carolina entendia o quanto isso prejudicaria Fernanda se essas fotos fossem divulgadas.Fernanda era a amiga que estava ao seu lado por todo esse tempo, quase como uma irmã. Fer
- Você não me obedece, mas está pronta para obedecer algum desconhecido? - Henrique ignorou automaticamente a primeira metade da frase, segurando o queixo dela e questionando com frieza. Os antigos sempre diziam que o marido era o pilar da família, então não seria um problema ela obedecer a ele. A aura de Henrique se intensificou imediatamente. Carolina engoliu a seco, se sentindo um pouco intimidada.- Eu quis dizer que nossa relação é um pouco desigual. Devíamos nos tratar com respeito mútuo.- Tudo bem, contanto que você esteja à altura das minhas expectativas.- Mesmo que eu não esteja, ainda mereço ser tratada com humanidade. Cozinho para você todos os dias e até tenho que te bajular como a Luna faz. Sou uma pessoa com sentimentos, mereço dignidade!- O que há de errado em ser como a Luna? - Henrique ergueu o queixo. - Você sabe que muitas pessoas no mundo invejam a vida dela?Carolina olhou para o border collie deitado perto da porta. Até a cama em que Luna dormia era importada
Ouvindo essas palavras, o coração de Carolina se aqueceu, mas ela sabia que Henrique estava sendo dominado pelo desejo autoritário. De qualquer forma, ele estava pensando de forma muito cuidadosa desta vez.- Sim, eu também sou muito grata a ele. - Carolina respondeu com um sorriso sincero.O Sr. Carlos sorriu e assentiu.No salão de banquetes, todos estavam muito elegantes. Antônio e Beatriz estavam na entrada, recebendo os convidados. Parecia que o divórcio com a família Mendes não os afetou muito.Quando Beatriz viu Carolina, imediatamente a abraçou carinhosamente:- Maninha, você chegou. Vou te levar para dentro.Carolina se afastou discretamente dela, com uma expressão impassível:- Eu posso entrar sozinha.Beatriz ficou momentaneamente atônita, escondendo a malícia em seus olhos e sorrindo:- Certo, Diego também está lá dentro. Você pode se sentar com ele.Carolina não respondeu, encontrou um lugar vago e se sentou. Depois de se afastar de Diego com dificuldade, ela estava tentan
Carolina apertou os lábios e falou com suavidade:- Mais ou menos isso. Ele me ajudou muito, e agora não há como voltar atrás.O contrato estava assinado, resistir não fazia sentido, então a melhor opção era obedecer para evitar problemas maiores.De qualquer forma, ela não conseguiria competir com aquele homem.Ouvindo essa resposta, Lucas olhou para ela com olhos cheios de compreensão:- Você pode contar comigo, estou aqui para ajudar. Não quero te ver sofrendo.- Não, não precisa. Estou bem agora, vou conseguir.Três anos não era muito nem pouco tempo; ela era jovem e tinha muito tempo pela frente.- Não me veja como estranho. Não tenho dinheiro como o Sr. Henrique, mas tenho alguns recursos. Se você tiver dificuldades, estou disponível a qualquer hora e em qualquer lugar, contanto que você não... não sofra assim.Carolina ficou emocionada, um sorriso de alívio iluminou seu rosto:- De verdade, estou bem. Você não precisa se importar comigo. Não sou dramática. Se encontrar algo que
Antônio pegou uma caixa quadrada das mãos de Mariana e entregou a Carolina: - Aqui estão as economias que a sua mãe me instruiu a deixar como o seu dote. São 500 mil em ativos líquidos e 2 milhões em joias de jade. Eu não te dei isso antes porque você era jovem e poderia gastar de forma impulsiva. Mas agora é diferente. Você cresceu e tem as suas próprias ideias. Sinto que posso confiar em você.- Carolzinha, não brigue com o seu pai. - Interveio Mariana.- É verdade, irmãzinha. Nossa família fica mais forte quando estamos unidos. Vou cuidar do papai, você só precisa evitar deixá-lo zangado no futuro. – Completou Beatriz.Nesse momento, a mídia do lado de fora entrou apressadamente, capturando o momento da "reunião familiar" com suas câmeras.As luzes dos flashes eram tão fortes que Carolina não conseguia abrir os olhos. Instintivamente, ela deu um passo para trás, e nesse momento, ela viu claramente o colar de jade branco que Beatriz ainda estava usando em volta do pescoço.Carolina
Henrique discou o número do Sr. Carlos enquanto olhava para a entrada do restaurante. O Sr. Carlos ainda estava lá, aguardando pacientemente. Henrique perguntou:- Sr. Carlos, a Srta. Carolina ainda não saiu? Você já terminou aí? A voz de Henrique soou gelada e opressiva quando falou, carregada com uma raiva incontrolável.- Sr. Henrique... - O Sr. Carlos percebeu imediatamente que a irritação de Henrique estava fervendo além do normal. Arrepios percorreram seus braços. - Fiquei aqui fora o tempo todo, não me afastei nem por um momento.- Quem disse para você esperar do lado de fora? O que você pode descobrir daí?Apesar de ser injustamente acusado, o Sr. Carlos sabia que a alternativa não seria outra pessoa senão Henrique.Ele respondeu com um toque de tristeza: - Tudo bem, estou entrando.- Não deixe ela ficar lá dentro.Ver Carolina conversando animadamente com outro homem estava mexendo com os nervos de Henrique.Após encerrar a ligação, Henrique digitou algumas palavras em inglê
Henrique apoiou o queixo com uma mão, seu olhar gélido percorreu o rosto de Carolina enquanto sua voz soou incontestável:- Daqui para frente, você está proibida de ter qualquer tipo de contato com o Lucas.- Por quê? Não aconteceu nada entre a gente, eu não sinto nada por ele.- Mesmo que você não sinta, está claro para mim que ele sente por você. - Henrique franziu a testa, seus olhos profundos como pedras de gelo. - Ou você gosta da ideia de ser cortejada por outros?- Se você percebeu que não sinto nada pelo Lucas, por que não confia em mim?Ele resmungou friamente pelo nariz, um som zombeteiro e ainda mais desdenhoso.- Se você realmente não sente nada, então deve manter distância de forma clara e simples. Não sair em encontros, não usar Lucas como plano B, não planejar ficar com ele depois de me deixar.Carolina olhou para seu rosto frio, à beira das lágrimas:- Não é isso, eu não sabia que ele gostava de mim. Se soubesse, não teria saído para jantar com ele. Se eu quisesse me en
Carolina estava sem palavras. Enquanto observava o homem que já tinha aberto seu laptop e estava imerso em seu trabalho, ela se sentia estufada pelas palavras não ditas. Pegando os documentos que haviam caído no chão, ela bateu a porta com força ao sair, como uma forma de desabafo.No departamento de planejamento, restavam apenas duas ou três pessoas. Iara estava arrumando suas coisas quando notou os documentos em francês que Carolina segurava. Ela perguntou confusa:- Você precisa traduzir esses documentos?- Sim, Iara. – Carolina respondeu.- Mas não é trabalho do departamento de tradução? Quem te atribuiu essa tarefa?Carolina apertou os dentes e riu com raiva:- Além do Sr. Henrique, quem mais teria o direito de fazer isso?Iara ficou perplexa por um momento:- O Sr. Henrique não sabe que você é do departamento de planejamento?Brilhante Max era tão grande que o CEO não poderia se lembrar de todos os funcionários. Bastava esclarecer a situação.- Ele sabe. - Carolina suspirou e não