Jaqueline, embora internamente satisfeita com o ciúme de Valentino, pois isso mostrava o quanto ele se importava, sabia que esses mal-entendidos precisavam ser resolvidos rapidamente. Caso contrário, poderiam se acumular e eventualmente causar problemas maiores, afetando o relacionamento deles.Valentino, ao ouvir que Carlos já tinha alguém, finalmente relaxou, seus ombros tensionados se soltando enquanto ele soltava um suspiro de alívio.- Tino, você não pode ser tão precipitado em julgar as pessoas. O Carlos realmente é uma boa pessoa e sabe manter a distância respeitosa. - Jaqueline continuou, suavemente, sua mão acariciando o braço dele em um gesto reconfortante.Valentino reconheceu que seu ciúme havia sido exagerado e se desculpou sinceramente: - Desculpe, Jaque. Eu não quis ser assim, só estava preocupado com você.Jaqueline sorriu, acariciando o rosto dele, seus olhos cheios de compreensão e carinho.- Não tem problema, Tino. Se houver algum mal-entendido entre nós, é importan
Desde que Valentino e Jaqueline chegaram ao País C, Jaqueline percebeu que Valentino estava se tornando cada vez mais astuto e manipulador. Ela se perguntava se era o ambiente do País C que estava influenciando seu comportamento ou se era apenas uma mudança natural nele. A calma e autodisciplina que ele costumava mostrar diante dela pareciam estar desaparecendo aos poucos. Jaqueline se questionava se isso era algo bom ou ruim, uma bênção ou uma maldição.Resignada, Jaqueline se deixou ser arrastada por Valentino até a área de sobremesas. O País C valorizava muito o Festival de Degustação de Vinhos, então os confeiteiros responsáveis pelas sobremesas eram os mais talentosos do país. Jaqueline acreditava que a essência das sobremesas residia em serem doces sem serem enjoativas, deixando as pessoas com vontade de comer mais. Os bolos excessivamente açucarados não despertavam seu apetite.Com um gesto gentil, Valentino logo lhe serviu uma fatia de bolo Floresta Negra. Jaqueline deu apenas
Era raro ver Valentino com uma expressão tão abatida, quase melancólica. No mundo dos negócios, ele sempre se mostrava imbatível, aclamado por todos e disputado por fornecedores que desejavam a parceria com o Grupo Lopes. Ver Valentino assim deixava Jaqueline desconfortável, como se um peso invisível caísse sobre seu coração.Valentino suspirou, seu olhar perdido em memórias distantes, começando: - Desde pequeno, nasci em um ambiente familiar onde todos esperavam que eu seguisse o caminho dos negócios. Nunca tive tempo para descansar, sempre havia algo para aprender. Todo o meu sucesso atual é resultado desses sacrifícios.Jaqueline compreendeu a profundidade do que ele estava dizendo. Para alcançar o sucesso no mundo dos negócios, Valentino devia ter enfrentado inúmeros desafios desde a infância, sem tempo para desfrutar de uma verdadeira infância. A vida dele devia ter sido marcada por sombras e rigor.Com um olhar compreensivo, Jaqueline comentou: - Todos têm suas dificuldades. N
A convocação de Jaqueline fez com que todos os jornalistas presentes voltassem suas lentes para aquela família. A beleza e elegância daquela família eram verdadeiramente notáveis. Circulavam rumores de que a esposa de Valentino, CEO do Grupo Lopes, era uma mulher comum, sem grandes atrativos. No entanto, ao vê-la pessoalmente, tais rumores se mostraram absurdos e infundados.A aura de Jaqueline não se destacava apenas por suas feições delicadas, mas por uma presença inata e distinta, uma qualidade que a separava de todos os presentes. Seus movimentos eram graciosos e sua postura impecável, refletindo uma confiança e dignidade que cativavam todos ao redor.Enquanto a princesa Diana também possuía sua própria graça, ficou claro para todos quem era a verdadeira princesa legítima. Jaqueline possuía uma elegância natural que fazia com que sua presença fosse inquestionável. Seu olhar era firme e seu sorriso sereno revelava uma força interior que contrastava com a delicadeza de suas feições.
Jaqueline sempre foi uma pessoa honesta e com uma visão ampla, jamais trazendo rancores pessoais à tona. Esse traço de caráter fazia com que Valentino a admirasse muito. Ele sabia que rancores pessoais poderiam facilmente ofuscar o julgamento de uma pessoa, levando-a a um caminho de autodestruição. Se Diana não soubesse quando parar, as consequências poderiam ser desastrosas.Com o término da sessão de fotos e a cerimônia de entrega do grampo de ouro, se seguiu um período de atividades livres antes do início do baile. Jaqueline, sempre ao lado de Valentino, expressou seu desconforto.- Tino, estou cansada. Esses sapatos de salto estão realmente me machucando. - Ela confessou, tentando disfarçar a dor em sua voz, enquanto olhava com um sorriso forçado para ele.Valentino, ciente do desconforto de sua esposa, tinha escolhido um par de sapatos com salto moderado. No entanto, Jaqueline, acostumada a usar sapatos baixos devido ao seu trabalho na empresa, sentia uma dor intensa, como se a so
- Oi, é o seguinte, minha esposa é sua fã e gostaria de um autógrafo seu. Seria possível? Desculpe o incômodo. - Disse Valentino com um sorriso educado, se aproximando da cantora.A cantora, sem hesitar, pegou algo parecido com um cartão postal de seu assistente e rapidamente escreveu algumas palavras. - Claro que posso! É só um autógrafo, afinal. Aqui está. - Disse ela, entregando com um sorriso descontraído o cartão a Valentino.Ela era exatamente como Jaqueline a havia descrito: uma personalidade vibrante e sem reservas. Sua atitude desinibida contagiou Valentino, que sorriu em resposta.- Parece que minha esposa tem bom olho para pessoas. Tenho certeza de que vocês duas se dariam muito bem. - Comentou ele, imaginando como Jaqueline e a cantora poderiam ser amigas, dadas as semelhanças em suas personalidades brilhantes e enérgicas.- É mesmo? - A cantora sorriu, intrigada. - Eu vi sua esposa mais cedo no palco. Ela é realmente muito bonita, nada como os rumores maldosos que ouvimos
Diana se sentia frustrada com Jaqueline, que parecia uma almofada macia, absorvendo todos os golpes sem demonstrar dor. Todo o esforço que Diana estava fazendo parecia em vão, pois Jaqueline continuava conversando com ela de maneira indiferente.A raiva dentro de Diana crescia a cada momento, sem encontrar uma saída. Era como se suas tentativas fossem completamente inúteis, deixando ela inquieta e irritada.Jaqueline, por sua vez, estava plenamente consciente das intenções de Diana. Ela já conhecia bem essas artimanhas de intriga e manipulação. No entanto, as tentativas de Diana eram tão óbvias e infantis que Jaqueline não se deixava abalar. Valentino e a cantora estavam simplesmente conversando, mantendo uma distância respeitosa. Qualquer pessoa sensata perceberia isso.Se Jaqueline não fosse tão atenta, talvez caísse na armadilha de Diana e se enfurecesse. Mas ela sabia exatamente como manter a calma diante das provocações.Diana, vendo que não conseguia provocar Jaqueline, decidiu m
Diana, vendo que Jaqueline não cedia de jeito nenhum, saiu frustrada, seu rosto revelando um leve franzir de testa enquanto seus lábios se comprimiam em uma linha fina. Confortando-se mentalmente, pensou que teria muitas oportunidades no futuro para enfrentar Jaqueline. “É só ver quem aguentará mais tempo.”, pensou ela, seus olhos brilhando com determinação.Depois que Diana saiu, não demorou muito para Valentino voltar. Ele correu em direção a Jaqueline a passos largos e confiantes, um sorriso suave no rosto. Ele trazia nas mãos um cartão postal assinado e protegido com cuidado entre seus dedos.- Olha, é o autógrafo daquela cantora. - Disse ele, erguendo o cartão para que Jaqueline pudesse vê-lo. - Ela deixou até uma mensagem para você. Os olhos de Jaqueline se iluminaram com alegria ao pegar o cartão postal. O estilo do cartão, uma paisagem de floresta mágica com uma névoa suave envolvendo árvores antigas e um grupo de crianças fazendo um piquenique, todos com expressões radiantes