Sempre que Jaqueline retornava ao palácio, sua presença era tão marcante que até os empregados tratavam ela com uma deferência exagerada, o que irritava muito Diana. Jaqueline, ciente da hostilidade de Diana, decidiu afastar seu irmão da situação para evitar que ele se envolvesse em conflitos delas.- Irmão, por que não vai dar uma olhada lá em cima? Eu te encontro mais tarde, tudo bem? - Jaqueline sugeriu em tom suave.Leonardo, aliviado, sorriu para ela antes de sair sem olhar para trás. Diana, com a mão escondida no vestido, apertou com força os punhos. Ela se perguntava como Jaqueline conseguia conquistar todos ao seu redor de maneira tão natural? Se ela não tomasse uma atitude, sua própria posição no palácio ficaria ainda mais comprometida.- Diana, seu vestido é muito bonito. - Disse Jaqueline, sinceramente admirada pela elegância da irmã.A frase, desprovida de qualquer ironia, era apenas uma observação honesta sobre o vestido magnífico que Diana usava, um traje que refletia s
Na hora do jantar, a chegada de Jaqueline fez com que os empregados do palácio se movessem com mais pressa e eficiência. O príncipe Leonardo organizou um banquete especial para celebrar o retorno de sua querida irmã. Frutas tropicais, recentemente trazidas de regiões distantes, foram dispostas com cuidado sobre a mesa.Jaqueline se sentiu um pouco envergonhada com a abundância da refeição. A mesa estava repleta de pratos requintados, comida suficiente para um banquete real. Apesar de saber que não conseguia comer tudo aquilo, ela não podia recusar a calorosa recepção de Leonardo.Leonardo, com um sorriso afetuoso, colocou uma fatia de bife suculento e uma porção de frutas exóticas no prato de Jaqueline.- Jaqueline, experimente isto. Eu mesmo cozinhei este bife para você. É um corte especial trazido por um nobre que visitou o palácio recentemente. Eu provei e é muito macio e saboroso. - Disse ele, enquanto continuava a servir ela com cuidado e dedicação. - Jaqueline, ouvi dizer que a
Para a surpresa de Jaqueline, depois de se sentar, a Princesa Diana não atacou Jaqueline com sarcasmo ou comentários mordazes como costumava fazer. Jaqueline sentiu um alívio imediato. Nos últimos tempos, ela estava exausta, e gastar energia discutindo com uma mulher como Diana parecia um desperdício total de tempo e esforço. Se Diana finalmente havia entendido isso, Jaqueline estava mais do que disposta a ignorar ela completamente. A partir de agora, seria melhor se cada uma seguisse seu caminho sem interferir na vida da outra. Contanto que Diana não incomodasse ela, Jaqueline não teria queixas, mas se Diana ousasse criar problemas novamente, Jaqueline não perdoaria ela com facilidade.O jantar transcorreu de maneira relativamente harmoniosa e acolhedora. A rainha, observando as duas filhas, queria compensar Jaqueline por todos os anos de sofrimento que ela havia passado fora do palácio. Sua culpa ainda era intensa. Ao mesmo tempo, a rainha se esforçava para equilibrar os sentimentos
Valentino, mesmo estando no distante País C, era uma figura notória, seu nome reverberava por toda parte. O país C, apesar de sua distância, havia se envolvido em uma competição acirrada com o Grupo Lopes. Contudo, desde que Valentino assumiu o comando, o Grupo Lopes prosperou exponencialmente, deixando o País C incapaz de acompanhar seu ritmo. De fato, no cenário competitivo, o País C nem sequer conseguia vislumbrar as lanternas traseiras do carro de Valentino.No início, a família real do País C almejava competir com o Grupo Lopes. No entanto, ao testemunharem a astúcia e habilidade de Valentino, não tiveram escolha a não ser recuar, passando a respeitar ele e até mesmo a temer ele. No meio dessa disputa, a princesa Diana, naturalmente, ouviu falar desse homem extraordinário. Antes mesmo de ver uma foto dele, sua curiosidade já estava aguçada.Ela se perguntava que tipo de pessoa seria capaz de enfrentar uma família real com o poder de um conglomerado empresarial. Diana inicialmente
Assim que entrou no quarto, a expressão de Diana revelou uma aversão inegável. Jaqueline nunca imaginou que Diana pudesse mudar de expressão mais rápido do que virar uma página de um livro. Com a porta fechada pela empregada, Diana imediatamente exibiu um ar de desprezo, olhando para Jaqueline como se quisesse devorar ela viva.Jaqueline sabia que sua constante complacência apenas fornecia a Diana a arma perfeita para machucar ela. Ela prometeu a si mesma que nunca mais daria a Diana qualquer oportunidade de ferir ela.- Diana, se você não tem nada importante a dizer, vou descer. - Disse Jaqueline, cansada da hipocrisia de Diana. Inicialmente, ela pensou que Diana realmente queria dar um vestido a ela, mas ao entrar no quarto, percebeu que algo estava errado. Olhando para a expressão irritada de Diana, Jaqueline se perguntou se ela estava planejando confrontar ela ali mesmo.Diana percebeu que seu comportamento havia sido exagerado. Ela tentou suavizar sua expressão, dando um sorriso
Diana pensou que Jaqueline estava tão abalada que queria sair de seu quarto imediatamente. Com um movimento rápido, ela mudou para uma expressão amigável, com um sorriso radiante, como se nada tivesse acontecido.- Jaqueline, não fique brava! Não fiz por mal! - Disse Diana, com a voz melodiosa e falsa doçura. - Eu só queria mostrar que a mãe também me ama muito, mas é claro que ela também ama você.Jaqueline observava Diana com um olhar de desinteresse misturado com cansaço. Não entendia por que Diana sempre queria competir com ela. Realmente não tinha tempo para lidar com essas infantilidades.- Diana, talvez você não me conheça bem. - Começou Jaqueline, sua voz tranquila, mas com uma firmeza que não deixava dúvidas sobre sua seriedade. - Embora eu pareça falar de forma suave, também sei ser bem direta. Já te avisei antes que, se você quiser ouvir coisas que machucam, eu tenho muitas guardadas. Se continuar desperdiçando meu tempo, estarei pronta para responder à altura.Diana, que es
Depois do jantar, o céu já estava iluminado pela lua e estrelas. Jaqueline ainda estava envolvida em uma longa conversa com Leonardo e a rainha. Ao olhar para o relógio, percebeu que já eram quase onze horas.- Mãe, acho que vou voltar para casa hoje... - Disse Jaqueline, um pouco hesitante.Ela havia prometido ao Leonardo que dormiria no palácio naquela noite, mas conhecendo o temperamento do Valentino, ela sabia que ele não ficaria feliz se ela não avisasse ele com antecedência sobre a mudança de planos.Leonardo, ao ouvir isso, imediatamente ficou descontente.- Jaque, você não disse que ficaria aqui esta noite? Podemos tomar o café da manhã juntos amanhã! - A frustração em sua voz era evidente. Ele gostava da presença de Jaqueline, uma das poucas pessoas com quem ele se sentia verdadeiramente à vontade.Leonardo, em sua mente, reclamava do quanto Valentino podia ser superprotetor com Jaqueline. Fora isso, ele não tinha outros motivos para criticar ele. Sabia que Valentino amava mui
Diana observava a cena, rangendo os dentes, mas se forçava a se controlar. Ela já havia sido derrotada por Jaqueline em discussões mais vezes do que gostaria de admitir. Precisava encontrar o momento certo para humilhar ela, de preferência diante de todos, onde Jaqueline não poderia se esconder nem escapar. O festival anual de degustação de vinhos seria a oportunidade perfeita.Enquanto Jaqueline e Valentino se afastavam, Leonardo permanecia pensativo, com uma expressão de preocupação marcada por uma linha profunda em sua testa. A rainha, ao lado dele, estava mais tranquila. Do seu ponto de vista, Valentino claramente adorava Jaqueline, tratando ela com uma devoção inigualável. Ela também compreendia que, depois de tantos anos de busca, Leonardo queria compensar o tempo perdido com a irmã recém-encontrada. Contudo, a presença de Valentino parecia ser um empecilho para a completa realização desse desejo.O vento frio da noite soprava com intensidade, fazendo os galhos das árvores se ag