Valentino ficou em silêncio.- Já que você não tem ideias, por que não ouve a minha sugestão? - Disse Samuel, aproveitando a oportunidade para oferecer sua opinião. Valentino olhou com desconfiança para Samuel. O que um estudante universitário comum poderia fazer, quando nem mesmo ele tinha soluções?Encarando o olhar de desconfiança de Valentino, Samuel sabia exatamente o que ele estava pensando. Ele lançou um olhar indiferente para Valentino e disse: - Meu sobrenome é Silva. Essa frase fez Valentino lembrar de algo. Silva? Na questão em discussão, a pessoa que afirmava ter uma solução estava associada a uma família. Era uma família de políticos. A maioria dos membros dessa família ocupava cargos políticos de alto escalão, conectados em várias regiões e conhecidos por sua integridade. Eles eram como os pilares do país. Sem a família Silva, o país certamente sofreria um grande revés.Ele ficou surpreso ao perceber a influência de Samuel.Mas, ao pensar melhor, algo não se encaixava
- É porque a Jaque estudou lá que não podemos mandar ela para lá, pode ter gente no País M que conhece ela, se eles a reconhecerem, todo o nosso trabalho será em vão. - Explicou Valentino.- Então quer dizer que ir para o País C não seria em vão? - Samuel revirou os olhos na hora. De fato, o controle de fronteiras no País C era rígido, e era improvável que alguém pudesse ir lá. Ao mesmo tempo, como Jaqueline nunca esteve no País C, a maioria das pessoas provavelmente não a reconheceria.Mas surgia a questão, Samuel perguntou:- Vocês também não conhecem ninguém lá, quem vai cuidar da Jaqueline? Ela estará em perigo sozinha. Valentino olhou para Samuel como se ele fosse um idiota.- Você estava esperto agora mesmo, como pode ser tão tolo agora? Meu Grupo Lopes é o número um global, tenho negócios em todos os países, garantir a segurança dela no País C não é um problema.Samuel ficou em silêncio, essa explicação resolveu a questão, mas ainda havia uma preocupação: mesmo que o leão ma
No distante palácio real do país C, era hora do raro banquete anual da família real, e todos estavam desfrutando com alegria ao redor da mesa. No entanto, algo parecia estar errado. A rainha, sentada no lugar principal, cortava sua carne de forma mecânica, empurrando ela com um olhar vazio para a boca, perdida em pensamentos. O rei percebeu a estranheza da rainha e perguntou com preocupação: - Querida, o que está acontecendo? Por que você parece tão distraída hoje? A rainha voltou a si e sorriu para o marido, balançando a cabeça. - Não há nada de errado, apenas recebi um contato agora mesmo, dizendo que nossa querida princesa foi encontrada. Acredito que em breve poderemos trazer ela de volta para casa. - Ela baixou os olhos, cheia de expectativa, acrescentando. - Não sei como será a personalidade dessa pequena princesa, será que ela será tão mimada quanto a Diana? Só de pensar nisso, estou muito ansiosa. O rei balançou resignado a cabeça, olhando com carinho para sua rainha.-
O príncipe, que estava sentado à mesa, comendo, também ficou muito feliz ao ouvir a conversa entre o rei, a rainha e a princesa. Ele já tinha uma personalidade animada e gentil, e agora, com a ideia de ter uma nova irmãzinha, seu coração se encheu de ternura. A família real do país C era conhecida por ser reservada, mas exceções eram feitas para os parentes próximos. Naquele momento, o mordomo entrou às pressas com o rosto em pânico, sem nem sequer cumprimentar, correndo diretamente para o lugar do rei. O rei franzia a testa, incomodado, olhando de forma desaprovadora para o mordomo. - Gales, o que está acontecendo? Você está ao meu lado há mais de uma década, como pôde esquecer até mesmo essas formalidades? Gales, envergonhado, abaixou a cabeça e pediu desculpas ao rei: - Sinto muito, Vossa Majestade, não foi intencional, mas preciso lhe informar que esta é uma questão muito, muito urgente. Raramente ouvindo seu mordomo tão ansioso, o rei também sentiu uma certa curiosidade,
Jaqueline estava dormindo profundamente no quarto do hospital, mas o som da porta de repente despertou ela. Normalmente, esse som não incomodaria ela. Talvez fosse devido à ansiedade. Assim que percebeu a presença de pessoas conhecidas, ela abriu de imediato os olhos. Estranhou por que não conseguia mais dormir, mas também não conseguia cochilar quando fechava os olhos. Então, decidiu se sentar. Samuel e Valentino não perceberam Jaqueline no começo, pensando que ela ainda estava descansando, mas quando a viram sentada, entenderam que ela estava acordada. Valentino olhou preocupado para Jaqueline. - Querida, por que você não dorme mais um pouco? O barulho da porta te incomodou? Ao ouvir Valentino chamar ela assim, Jaqueline se sentiu um pouco envergonhada e corou. Ela balançou a cabeça. - Não, não é por causa disso. Na verdade, o som da porta não foi tão alto. De volta ao assunto, vocês terminaram de conversar?Antes que Valentino pudesse falar, Jaqueline interrompeu ele. Ela não
Valentino conhecia muito bem os pequenos sinais da sua esposa e exibiu uma expressão de frustração e desculpas, dizendo:- Desculpe, mas pelos relatórios que obtivemos até agora, é possível que você tenha sido alvo dos assassinos por minha causa. Jaqueline piscou, um tanto confusa, perguntando:- Por quê? Valentino suspirou. Sua esposa realmente parecia ter esquecido tudo sobre ele, até mesmo a identidade dele. Ele ficou em silêncio por dois segundos, decidindo que era hora de se apresentar corretamente para evitar que sua esposa, que parecia ter esquecido quem ele era, se sentisse desconfortável.Ele olhou com seriedade nos olhos de Jaqueline. - Jaque, sou Valentino, presidente do Grupo Lopes, a maior empresa global. É possível que tenha sido por questões comerciais. Você pode ter sido vista como um ponto fraco meu por meus inimigos no mundo dos negócios. Valentino franzia a testa, achando que essa conclusão não estava totalmente correta, mas não conseguia pensar em uma explicaçã
Jaqueline e Valentino, mesmo que um deles tivesse perdido a memória, conseguiam se dar tão bem, sem qualquer estranheza.O quê? Alguém não foi mencionado? Seria o Samuel?Assim que viu Jaqueline e Valentino começarem a conversar, Samuel, sem expressão no rosto, saiu do quarto. Ele não queria ficar ali e ver sua amada se envolvendo romanticamente com outro homem. Ele ficaria louco de ciúmes. Antes que perdesse o controle de suas emoções, era melhor sair do quarto primeiro.Do lado de fora do quarto, Samuel estava encostado na porta, usando roupas leves. O quarto tinha uma boa vedação sonora, então ele não conseguia ouvir o que estava acontecendo lá dentro, mas ainda se sentia solitário. Uma enfermeira passou pelo quarto e viu Samuel sentado lá, perguntando preocupada:- Sr. Samuel, por que você está sentado aqui vestido assim? Você acabou de fazer uma cirurgia, se você ficar doente de novo, será um problema. Me deixe levar você de volta para dentro.Samuel finalmente voltou a si e sorr
Valentino estava de mau humor, mas o que ele poderia fazer? O mau humor não resolvia nada. Se ele quisesse culpar alguém, culparia aquele que pagou uma fortuna para assassinar sua esposa.Com um olhar de frieza nos olhos, Valentino não se despediu de Jaqueline e saiu direto do hospital, indo de carro para sua empresa.Ao chegar à empresa, Valentino já estava preparado com uma aparência desgrenhada. Seus olhos estavam vermelhos, cheios de veias sanguíneas, sem cor em seu rosto e até seus lábios estavam pálidos, emitindo uma aura de decadência que nunca se viu em Valentino antes.A recepcionista ficou chocada ao ver o estado do chefe e, com cautela, o cumprimentou: - Sr. Valentino, bom dia. Valentino não deu atenção à recepcionista e foi direto para seu escritório, pegando o elevador até o último andar.Em pouco tempo, veio a mensagem de que uma reunião de emergência seria realizada em breve, e todos os acionistas correram para participar.Meia hora depois, todos estavam na sala de reu