Joana ficou atordoada, uma sensação sinistra inundou seu coração, perguntando:- Luíz, o que você quer dizer com isso? Luíz revirou em paciência os olhos.- Estou dizendo que o Grupo Pereira está à beira da falência, não tenho tempo para você agora, vá ver ser eu estou na esquina, entendeu!? A última esperança desabou, Joana caiu no chão, sem sua habitual compostura perfeita.Era impossível! Como a empresa de Luíz poderia falir? Ele era o magnata da cidade, só a família Amorim rivalizava com ele. O Grupo Pereira não tinha inimigos. De repente, um lampejo de insight cruzou a mente da Joana, o rosto de Jaqueline e o marido dela surgiram em sua mente. Jaqueline! Só podia ser a Jaqueline!O rosto dela se contorceu de amargura. Jaqueline não suportava ver sua felicidade?Luíz olhou com desprezo para Joana e o radar sensível de Joana captou imediatamente seu olhar.- Luíz, o que você está fazendo? Você está me rejeitando? - Ela gritou para Luíz, sem perceber que sua reação só o estava
Luíz não conseguia ver a expressão de Joana do outro lado, pensando que ela havia concordado. Depois de encerrar a ligação, ele dirigiu de volta para a mansão que compartilhava com Joana.Assim que entrou, ele sentiu como se uma sacola preta tivesse sido colocada sobre sua cabeça, seguida por um golpe pesado na parte de trás da cabeça.Luíz desmaiou no chão, com Joana de aparência sinistra parada atrás dele.Joana ofegava pesadamente, se sentindo satisfeita. Como ele, um canalha desprezível, ousava ignorar ela e pensar em trair ela? Joana pegou a corda na mesa que havia comprado e amarrou as mãos e os pés de Luíz, depois, com dificuldade, o empurrou em um carrinho até o porão da mansão.O porão, projetado para ser um refúgio em caso de grandes desastres, tinha uma entrada muito discreta. Além disso, estava equipado com suprimentos de emergência e suprimentos médicos.Com habilidade, Joana pegou glicose e uma bolsa de soro do kit médico, pendurou em Luíz, e então pegou o celular dele.
Quando o pai de Luíz assumiu o controle do Grupo Pereira, essa situação foi comunicada ao Valentino pelo assistente.Valentino olhou para as ações do Grupo pereira no computador, esboçando um pequeno sorriso de satisfação. Embora não tivesse atingido as expectativas, estava próximo o suficiente.- Seu bônus deste mês está garantido. - Disse Valentino. O assistente deu um suspiro de alívio ao ouvir isso.Jaqueline finalmente emergiu de sua pilha de documentos e olhou de forma um tanto estranha para Valentino, que parecia estar de muito bom humor. Curiosa, ela não pôde deixar de fazer uma pergunta: - Tino, há alguma boa notícia? Você parece estar de muito bom humor. Valentino bagunçou os cabelos de Jaqueline.- Jaque, como você se sentiria se eu te desse metade das ações do Grupo pereira? Jaqueline ficou perplexa. Ela já estava ciente de que, ao dizer isso, Valentino já havia adquirido a maior parte das ações do Grupo pereira.- Como você conseguiu isso, Tino? - Perguntou Jaqueline,
Luíz pareceu ter pensado em algo, mas no próximo instante, ele descartou a ideia. Era impossível, não poderia ser a Joana. Mas não havia mais ninguém na casa além de Joana...De qualquer forma, ele precisava encontrar uma maneira de sair dali. Luíz olhou ao redor, mas tudo estava escuro, não conseguia ver nada.Ele gritou por ajuda, após quinze minutos inteiros de gritos, ninguém o atendeu.Luíz se deu conta de que ou não havia ninguém por perto para ouvir seus gritos, ou então ele só poderia estar em um quarto muito bem isolado.Era preciso dizer que Luíz ainda era um pouco astuto, ele tinha uma ideia aproximada do que estava acontecendo. Infelizmente, ele estava certo em ambas as suposições: não havia ninguém por perto e o porão onde estava era completamente à prova de som devido aos materiais de construção de alta qualidade.Mesmo assim, Luíz não desistiu e continuou gritando por mais dez minutos. Em fim, ele desistiu e decidiu poupar energia, mantendo a boca fechada.Seu coração
- A empresa está bem por enquanto, cheguei a tempo de impedir o principal acionista de continuar vendendo suas ações, ou seja, ainda somos os principais acionistas da empresa. - Marcelo fez uma pausa. - Mas afinal, o que está acontecendo? Me conte logo. Ao ouvir que a empresa estava bem, Luíz respirou aliviado, mas então começou a sentir as dores pelo corpo. Ele massageou os membros, que estavam amarrados por duas ou três horas e a dor latejante na parte de trás da cabeça, a balançando.- Eu não sei. Joana de repente disse que queria que eu fosse para casa, mas assim que cheguei em casa, senti tudo escurecer à minha frente, a parte de trás da cabeça doeu, desmaiei e acordei aqui. - Explicou Luíz. - Você verificou se algo está faltando em você? - Perguntou Marcelo, franzindo o cenho ao ouvir isso.Ele olhou ao redor da mansão. Tudo estava arrumado, sem sinais de reviravolta, o que não parecia um roubo comum.Enquanto isso, Luíz verificou seu corpo e percebeu que nada estava faltando.
Depois de obter o nome exato, Jaqueline dirigiu rapidamente até o hospital psiquiátrico.Quando ela chegou lá, a primeira coisa que chamou sua atenção foi o saguão do hospital.Uma enfermeira estava sentada atrás do balcão, entediada, olhando suas unhas recém-feitas. Quando viu alguém entrar, ajustou um pouco a postura, mas não disse nada.Jaqueline se aproximou dela e perguntou: - Com licença, em qual ala a Srta. Joana está? A enfermeira sorriu e respondeu: - Senhorita, se você pretende visitar a Srta. Joana, eu sugiro que reconsidere. Ela foi trazida pelo marido e tem tendências violentas graves. Jaqueline podia garantir, com sua personalidade, que a Joana anteriormente conhecida não era uma paciente psiquiátrica. Mas por que diabos ela foi parar num hospital psiquiátrico?Depois de ponderar um pouco, Jaqueline decidiu e insistiu: - Eu gostaria de visitar ela mesmo assim. Sou a irmã dela, Jaqueline, e aqui está minha identificação. Com isso, Jaqueline mostrou sua identidade.A
Aquela silhueta era tão familiar para Jaqueline quanto possível, e foi por causa dessa familiaridade que ela sentiu uma reviravolta no estômago e uma sensação de náusea começou a surgir.Franzindo a testa, ela desviou o olhar para a sua assistente. Essa, coberta de suor, permanecia ao lado, e ao perceber o olhar de Jaqueline, imediatamente pediu desculpas.- Me desculpe, Jaqueline. O Sr. Luíz insistiu em entrar e eu não consegui impedir ele. Jaqueline se sentiu um pouco desamparada, mas não culpou sua assistente. Se Luíz estava determinado a entrar, de fato não havia nada que a assistente pudesse fazer.Ficando de lado, Luíz tossiu de forma irritada, tentando fazer com que a pessoa à sua frente notasse sua presença.- Você tem algum assunto para discutir comigo? - Perguntou Jaqueline, em tom frio.Essa pergunta fez Luíz congelar no lugar. Ele não esperava que a atitude de Jaqueline em relação a ele fosse assim, fazendo com que ele ficasse um pouco constrangido. Ele ficou preso no lug
Jaqueline ficou paralisada, ela virou a cabeça para olhar para Luíz, o olhando com incredulidade de cima a baixo. Puxa vida! Como ela não havia percebido antes que esse homem era tão sem-vergonha? Não apenas sem-vergonha, mas também tão sem-noção.Como ela foi tão cega no passado para se envolver com alguém assim? - Se você está dizendo que não é culpa sua, então em quem você quer colocar a culpa, na Joana, ou...? - Questionou Jaqueline.Luíz não se importou nem um pouco com o olhar de desdém de Jaqueline. - É verdade que parte da culpa é da Joana, se ela não tivesse me seduzido, como eu poderia ter cometido esse erro? Além disso...Ele lembrou dos comportamentos loucos de Joana nos últimos dias e o desprezo que sentia por ela antes parecia se intensificar. Como ele poderia ter pensado que ela era gentil e inocente? Olhando para Jaqueline, tão elegante e organizada na administração da empresa, Luíz sentia um arrependimento profundo.Provavelmente ele havia se enganado no passado.