- A empresa está bem por enquanto, cheguei a tempo de impedir o principal acionista de continuar vendendo suas ações, ou seja, ainda somos os principais acionistas da empresa. - Marcelo fez uma pausa. - Mas afinal, o que está acontecendo? Me conte logo. Ao ouvir que a empresa estava bem, Luíz respirou aliviado, mas então começou a sentir as dores pelo corpo. Ele massageou os membros, que estavam amarrados por duas ou três horas e a dor latejante na parte de trás da cabeça, a balançando.- Eu não sei. Joana de repente disse que queria que eu fosse para casa, mas assim que cheguei em casa, senti tudo escurecer à minha frente, a parte de trás da cabeça doeu, desmaiei e acordei aqui. - Explicou Luíz. - Você verificou se algo está faltando em você? - Perguntou Marcelo, franzindo o cenho ao ouvir isso.Ele olhou ao redor da mansão. Tudo estava arrumado, sem sinais de reviravolta, o que não parecia um roubo comum.Enquanto isso, Luíz verificou seu corpo e percebeu que nada estava faltando.
Depois de obter o nome exato, Jaqueline dirigiu rapidamente até o hospital psiquiátrico.Quando ela chegou lá, a primeira coisa que chamou sua atenção foi o saguão do hospital.Uma enfermeira estava sentada atrás do balcão, entediada, olhando suas unhas recém-feitas. Quando viu alguém entrar, ajustou um pouco a postura, mas não disse nada.Jaqueline se aproximou dela e perguntou: - Com licença, em qual ala a Srta. Joana está? A enfermeira sorriu e respondeu: - Senhorita, se você pretende visitar a Srta. Joana, eu sugiro que reconsidere. Ela foi trazida pelo marido e tem tendências violentas graves. Jaqueline podia garantir, com sua personalidade, que a Joana anteriormente conhecida não era uma paciente psiquiátrica. Mas por que diabos ela foi parar num hospital psiquiátrico?Depois de ponderar um pouco, Jaqueline decidiu e insistiu: - Eu gostaria de visitar ela mesmo assim. Sou a irmã dela, Jaqueline, e aqui está minha identificação. Com isso, Jaqueline mostrou sua identidade.A
Aquela silhueta era tão familiar para Jaqueline quanto possível, e foi por causa dessa familiaridade que ela sentiu uma reviravolta no estômago e uma sensação de náusea começou a surgir.Franzindo a testa, ela desviou o olhar para a sua assistente. Essa, coberta de suor, permanecia ao lado, e ao perceber o olhar de Jaqueline, imediatamente pediu desculpas.- Me desculpe, Jaqueline. O Sr. Luíz insistiu em entrar e eu não consegui impedir ele. Jaqueline se sentiu um pouco desamparada, mas não culpou sua assistente. Se Luíz estava determinado a entrar, de fato não havia nada que a assistente pudesse fazer.Ficando de lado, Luíz tossiu de forma irritada, tentando fazer com que a pessoa à sua frente notasse sua presença.- Você tem algum assunto para discutir comigo? - Perguntou Jaqueline, em tom frio.Essa pergunta fez Luíz congelar no lugar. Ele não esperava que a atitude de Jaqueline em relação a ele fosse assim, fazendo com que ele ficasse um pouco constrangido. Ele ficou preso no lug
Jaqueline ficou paralisada, ela virou a cabeça para olhar para Luíz, o olhando com incredulidade de cima a baixo. Puxa vida! Como ela não havia percebido antes que esse homem era tão sem-vergonha? Não apenas sem-vergonha, mas também tão sem-noção.Como ela foi tão cega no passado para se envolver com alguém assim? - Se você está dizendo que não é culpa sua, então em quem você quer colocar a culpa, na Joana, ou...? - Questionou Jaqueline.Luíz não se importou nem um pouco com o olhar de desdém de Jaqueline. - É verdade que parte da culpa é da Joana, se ela não tivesse me seduzido, como eu poderia ter cometido esse erro? Além disso...Ele lembrou dos comportamentos loucos de Joana nos últimos dias e o desprezo que sentia por ela antes parecia se intensificar. Como ele poderia ter pensado que ela era gentil e inocente? Olhando para Jaqueline, tão elegante e organizada na administração da empresa, Luíz sentia um arrependimento profundo.Provavelmente ele havia se enganado no passado.
Luíz olhou incrédulo para Jaqueline, que realmente estava mandando a assistente chamar os seguranças!- Não, espere. - Ele parou a assistente, que estava prestes a correr para fora da porta. A assistente era apenas uma garota, e ao ver Luíz, um homem alto de um metro e oitenta, bloqueando seu caminho com um olhar feroz e uma respiração agitada, ela parou com medo.Agora, Luíz bloqueava a porta e a assistente não podia sair. Ela engoliu em seco, pensando em correr, mas ao ver a fúria nos olhos de Luíz, deu um passo para trás, ficando na frente de Jaqueline.Ela decidiu esperar antes de chamar os seguranças. Se esse homem à sua frente ficasse louco e tentasse machucar Jaqueline, seria complicado. Pelo menos, enquanto estivesse ali, talvez pudesse proteger Jaqueline. Se fosse encontrar os seguranças, e esse homem surtasse, Jaqueline poderia...Se lembrando das instruções do Valentino para cuidar bem de Jaqueline e do dinheiro que ele deu a ela, a assistente firmou o olhar. Se ela já tin
Ela já estava encurralada! Jaqueline sentiu as pupilas contraírem. O que fazer agora? Era a primeira vez que percebia Luíz como um brutamonte, enquanto ela mesma era apenas uma mulher frágil.Jaqueline olhou com medo para Luíz à sua frente, sua assistente ao seu lado caiu inconsciente no chão. O que fazer agora?Ela fechou os olhos, sua mente estava com uma confusão total.- Pare! Uma voz familiar veio de trás de Luíz, e em um instante ele foi dominado, pressionado com firmeza contra o chão.Jaqueline ainda mantinha seus olhos bem fechados, o medo intenso fazendo ela esquecer de abri-los.Quando finalmente tudo ficou em silêncio por um longo tempo, Jaqueline recuperou devagar a consciência.Ela olhou para a frente, ainda tremendo, vendo Valentino segurando Luíz à força no chão.Com o coração ainda acelerado, Jaqueline permaneceu no mesmo lugar por quinze minutos completos antes de finalmente conseguir controlar seus sentimentos.Ela se sentou no chão, sem forças, enquanto Valentino o
- Uau! Quem esse cara pensa que é, como ele tem a coragem de ameaçar a polícia? Ele realmente está pedindo por problemas!- Como essa escória ainda existe no mundo?- Esse cara disse que é presidente do Grupo Pereira, certo? Bom, não usarei mais os produtos da sua empresa. - O policial é muito legal, falou muito bem!Como era de se esperar, as ações do Grupo Pereira caíram drasticamente, quase atingindo o limite de baixa. O acionista que queria vender suas ações também não pôde resistir e continuou descartando elas.Mas agora o Grupo Pereira não podia se preocupar mais com isso. Seu presidente estava na cadeia por causa do incidente. Embora Marcelo estivesse ocupado com seu próprio grupo, não se podia negar que a situação estava caótica.Muitos funcionários enviaram suas demissões para Marcelo. Os motivos eram variados, mas todos podiam ver claramente que o Grupo Pereira estava à beira do colapso e esses funcionários queriam encontrar uma saída o mais rápido possível.Marcelo, que já
Marcelo se recostou cansado em sua cadeira. Como as coisas haviam chegado a esse ponto? O poder da família Pereira naquela cidade não era grande nem pequeno, pelo menos poderia ser considerado uma força local poderosa.Mas agora seu filho havia sido mandado para a delegacia de polícia, as ações do Grupo Pereira estavam em queda livre, e até mesmo o grande acionista estava vendendo suas participações. Logo, o Grupo Pereira não seria mais conhecido como Pereira.Quando tudo isso começou mesmo? Marcelo refletiu por um momento. Parecia que tudo tinha começado depois que seu filho se casou com Joana!De repente, um lampejo de insight surgiu na mente de Marcelo. Certamente era culpa de Joana, trazendo má sorte para a família Pereira. Ela até mesmo deixou seu próprio filho inconsciente antes!Ele respirou fundo e se esforçou para reprimir o incômodo em seu coração. Embora quisesse culpar diretamente a família Amorim, não era hora de se desentender com eles. Ele teria que esperar...Marcelo