Ele respirou fundo e foi até os dois, os cumprimentando: - Jaqueline, estou aqui. Jaqueline só então percebeu Samuel saindo do campus. Quanto a Valentino, ele já tinha notado o homem havia muito tempo. Não havia muita gente no campus de manhã cedo, então quem mais poderia estar vindo naquela hora, além da pessoa que combinou com Jaqueline?Por que Valentino o notou, teve o bom senso de bloquear parte da visão de Jaqueline com seu corpo, enquanto arrumava com carinho sua roupa. Essa foi a cena que Samuel acabou de ver.Valentino, o ciumento, realmente parecia infantil quando ficava com ciúmes, deixando as pessoas sem palavras.- Samuel, você chegou. - Disse Jaqueline. Ela olhou para Samuel à sua frente com certo constrangimento e, se lembrando do lenço encolhido que Valentino tinha lavado, não pôde deixar de se sentir um pouco culpada.Samuel já havia retomado seu estado habitual, dizendo com elegância a Jaqueline:- Me desculpe por te fazer esperar por um longo tempo. E quem é es
Valentino olhava com um sorriso divertido para Jaqueline, sem interferir no que ela disse, como se estivesse concordando com aquilo. Afinal, foi ele quem lavou o lenço, sem a intervenção de Jaqueline, então aquele homem não poderia fazer nada a respeito.Samuel recebeu o lenço das mãos de Jaqueline, meio atônito. Ele olhou para o lenço, que encolheu quase pela metade, e disse a Jaqueline sem se importar muito: - Está tudo bem, é apenas um lenço. - Mas você o fez com suas próprias mãos, dedicou tanto tempo e esforço nele, e eu o acabei estragando sem querer. - Jaqueline ainda estava um pouco inquieta.Valentino franzia a testa ao ver aquilo, se sentindo arrependido. Se soubesse, não teria encolhido de propósito o lenço, deixando Jaqueline tão culpada agora.Samuel também suspirou, sabendo que, se não pedisse nada em troca, Jaqueline ficaria inquieta.- Então, Jaqueline, que tal você e seu marido me levarem para jantar? - Sugeriu Samuel. Ele não fez esse pedido de forma impulsiva.Ele
Na mesa, Valentino olhava com um olhar carinhoso para Jaqueline enquanto descascava camarões para ela. Jaqueline, por sua vez, estava feliz comendo os camarões em sua tigela, sem precisar descascar eles sozinha. Era uma sensação maravilhosa.Depois que terminou os camarões em sua tigela, Valentino serviu na tigela dela mais alguns pratos que Jaqueline gostava. Por um momento, Jaqueline até esqueceu Samuel, que estava sentado do outro lado da mesa, comendo sua refeição.Samuel olhava com amargor para Valentino. O que ele estava esperando mesmo?A relação entre esses dois era realmente boa.Ele tentou suprimir a amargura em seu coração e comer sua comida o mais calmamente possível.De repente, Jaqueline se levantou e disse para Valentino: - Tino, vou ao banheiro. Você pode cuidar do Samuel para mim? Valentino concordou e sorriu para Jaqueline:- Pode deixar, estou no controle. Assim que Jaqueline saiu, o clima na mesa esfriou. Os dois homens se encararam sem expressão.- Então, Sr.
Após a saída de Samuel, Jaqueline voltou para o seu lugar e continuou comendo sua comida, resmungando algo entredentes.- O orientador do Samuel é um verdadeiro diabo, atribuindo tantas tarefas a ele, nem mesmo tem tempo para uma refeição. - Reclamou Jaqueline, enquanto Valentino observava ela com divertimento.Sorte que sua esposa era um pouco distraída e não muito perspicaz emocionalmente, senão ele nem conseguiria conquistar ela tão facilmente.- Talvez seja porque Samuel é muito talentoso, afinal, os professores são todos iguais. - Explicou Valentino para Jaqueline.- Ah, entendi. Então, vamos comer logo, porque ainda temos trabalho para fazer na empresa depois. - Disse Jaqueline, compreendendo.Valentino olhou com desaprovação para Jaqueline. - Mesmo que tenhamos trabalho, não precisa se apressar tanto. Depois de comer, você pode me acompanhar e se divertir um pouco antes de trabalhar, afinal, você só ficará ocupada amanhã. - É verdade. - Concordou Jaqueline, pronta para aceita
Na verdade, esses pequenos problemas que Jaqueline havia mencionado, realmente eram pequenos e ela não estava procurando desculpas para si mesma. Todos esses problemas que surgiram eram como procurar um pelo em um ovo. Jaqueline franziu a testa e ligou para o investidor, suavizando um pouco sua voz: - Alô, boa tarde. Por favor, é o Sr. Alberto? Sou Jaqueline, responsável pela JQ Comics. Sinto muito por ligar do nada e incomodar seu tempo, mas gostaria de saber sobre o cancelamento repentino do investimento de sua empresa em nossos quadrinhos. Do outro lado da linha veio a voz de um homem de meia-idade: - Sinto muito pelo cancelamento repentino da cooperação da sua empresa. Achamos que seus quadrinhos não atendem aos requisitos de nossa empresa, então cancelei o investimento. Enquanto ele falava, sua voz estava cheia de frieza, como se a empresa de Jaqueline tivesse cometido um erro enorme. Jaqueline ainda não entendia completamente, então precisava esclarecer e perguntou:- O que
Jaqueline desligou a chamada, um traço de cansaço nos cantos dos olhos, a raiva em seu coração quase obscurecendo sua mente. Ela respirou fundo e, controlando a raiva, mergulhou de volta na pilha de documentos que se acumulava como uma pequena montanha.Do outro lado, Valentino já havia retornado à sua empresa e, assim que chegou, chamou seu assistente. O assistente, ao ver a expressão de Valentino, entendeu imediatamente o que ele queria. - Sr. Valentino, você quer que eu investigue os últimos movimentos da Sra. Jaqueline? - Perguntou o assistente. Valentino assentiu levemente, apreciando a perspicácia do assistente.Sem demora, o assistente foi verificar o que aconteceu recentemente com Jaqueline. Não era por telepatia entre ele e seu chefe, mas porque o olhar de Valentino só ficava daquele jeito quando algo acontecia com a Sra. Jaqueline.Logo, o assistente descobriu os eventos recentes que Jaqueline havia enfrentado e entregou os documentos a Valentino. Ao segurar os papéis, V
Pietro saiu às pressas pela porta, enxugando o suor da testa. Ao perceber que não houve punições substanciais dentro do escritório, ele relaxou um pouco e logo recuperou sua postura arrogante. Ele se dirigiu ao local onde os funcionários costumavam trabalhar e apontou para uma mulher um pouco frágil.- Vá, faça duas cópias deste documento. O Sr. Alberto precisará delas quando vier discutir o investimento depois de amanhã. - Ordenou Pietro. A mulher frágil aceitou com timidez o documento e Pietro encarou ela com desagrado, repreendendo. - O que você está esperando? Este é o seu desenho. Por que está com essa aparência? Vá e faça as cópias, não pode haver erros. Haverá recompensas para você depois quando tudo der certo. Ao ouvir isso, um lampejo de tristeza passou pelos olhos da mulher frágil. O que ele queria dizer com “seu desenho”? Esse não era seu desenho. Era o desenho de Juliana, mas... Mas... Ela suspirou fundo, pensando que Juliana não deveria culpar ela, ela também não queria
- Então por que você se desculpou comigo? - Perguntou Jaqueline. Ela ainda estava um pouco confusa. Se não fosse por plágio na história em quadrinhos, Juliana não teria se mostrado tão submissa, parecendo tão insegura. Isso poderia facilmente levar a mal-entendidos, não era mesmo?Juliana baixou a cabeça, envergonhada, explicando:- Jaqueline, quando estava desenhando a história em quadrinhos, na verdade, discuti minhas ideias com uma amiga próxima. Então, tudo o que eu queria desenhar, eu compartilhava com ela, mas... - Ah, entendi. Sua melhor amiga vazou todas as suas ideias, certo? - Jaqueline parecia muito calma. Ela entendeu agora por que a história em quadrinhos vazou e sentiu um pouco pena de Juliana, mas não estava surpresa com esse assunto. Para ela, esse era algo normal. Afinal, até mesmo membros da família que viveram juntos por mais de vinte anos poderiam vender uma garota criada por eles por interesses próprios, quanto mais uma amiga sem laços de sangue.- Eu... Eu nã