Após a saída de Samuel, Jaqueline voltou para o seu lugar e continuou comendo sua comida, resmungando algo entredentes.- O orientador do Samuel é um verdadeiro diabo, atribuindo tantas tarefas a ele, nem mesmo tem tempo para uma refeição. - Reclamou Jaqueline, enquanto Valentino observava ela com divertimento.Sorte que sua esposa era um pouco distraída e não muito perspicaz emocionalmente, senão ele nem conseguiria conquistar ela tão facilmente.- Talvez seja porque Samuel é muito talentoso, afinal, os professores são todos iguais. - Explicou Valentino para Jaqueline.- Ah, entendi. Então, vamos comer logo, porque ainda temos trabalho para fazer na empresa depois. - Disse Jaqueline, compreendendo.Valentino olhou com desaprovação para Jaqueline. - Mesmo que tenhamos trabalho, não precisa se apressar tanto. Depois de comer, você pode me acompanhar e se divertir um pouco antes de trabalhar, afinal, você só ficará ocupada amanhã. - É verdade. - Concordou Jaqueline, pronta para aceita
Na verdade, esses pequenos problemas que Jaqueline havia mencionado, realmente eram pequenos e ela não estava procurando desculpas para si mesma. Todos esses problemas que surgiram eram como procurar um pelo em um ovo. Jaqueline franziu a testa e ligou para o investidor, suavizando um pouco sua voz: - Alô, boa tarde. Por favor, é o Sr. Alberto? Sou Jaqueline, responsável pela JQ Comics. Sinto muito por ligar do nada e incomodar seu tempo, mas gostaria de saber sobre o cancelamento repentino do investimento de sua empresa em nossos quadrinhos. Do outro lado da linha veio a voz de um homem de meia-idade: - Sinto muito pelo cancelamento repentino da cooperação da sua empresa. Achamos que seus quadrinhos não atendem aos requisitos de nossa empresa, então cancelei o investimento. Enquanto ele falava, sua voz estava cheia de frieza, como se a empresa de Jaqueline tivesse cometido um erro enorme. Jaqueline ainda não entendia completamente, então precisava esclarecer e perguntou:- O que
Jaqueline desligou a chamada, um traço de cansaço nos cantos dos olhos, a raiva em seu coração quase obscurecendo sua mente. Ela respirou fundo e, controlando a raiva, mergulhou de volta na pilha de documentos que se acumulava como uma pequena montanha.Do outro lado, Valentino já havia retornado à sua empresa e, assim que chegou, chamou seu assistente. O assistente, ao ver a expressão de Valentino, entendeu imediatamente o que ele queria. - Sr. Valentino, você quer que eu investigue os últimos movimentos da Sra. Jaqueline? - Perguntou o assistente. Valentino assentiu levemente, apreciando a perspicácia do assistente.Sem demora, o assistente foi verificar o que aconteceu recentemente com Jaqueline. Não era por telepatia entre ele e seu chefe, mas porque o olhar de Valentino só ficava daquele jeito quando algo acontecia com a Sra. Jaqueline.Logo, o assistente descobriu os eventos recentes que Jaqueline havia enfrentado e entregou os documentos a Valentino. Ao segurar os papéis, V
Pietro saiu às pressas pela porta, enxugando o suor da testa. Ao perceber que não houve punições substanciais dentro do escritório, ele relaxou um pouco e logo recuperou sua postura arrogante. Ele se dirigiu ao local onde os funcionários costumavam trabalhar e apontou para uma mulher um pouco frágil.- Vá, faça duas cópias deste documento. O Sr. Alberto precisará delas quando vier discutir o investimento depois de amanhã. - Ordenou Pietro. A mulher frágil aceitou com timidez o documento e Pietro encarou ela com desagrado, repreendendo. - O que você está esperando? Este é o seu desenho. Por que está com essa aparência? Vá e faça as cópias, não pode haver erros. Haverá recompensas para você depois quando tudo der certo. Ao ouvir isso, um lampejo de tristeza passou pelos olhos da mulher frágil. O que ele queria dizer com “seu desenho”? Esse não era seu desenho. Era o desenho de Juliana, mas... Mas... Ela suspirou fundo, pensando que Juliana não deveria culpar ela, ela também não queria
- Então por que você se desculpou comigo? - Perguntou Jaqueline. Ela ainda estava um pouco confusa. Se não fosse por plágio na história em quadrinhos, Juliana não teria se mostrado tão submissa, parecendo tão insegura. Isso poderia facilmente levar a mal-entendidos, não era mesmo?Juliana baixou a cabeça, envergonhada, explicando:- Jaqueline, quando estava desenhando a história em quadrinhos, na verdade, discuti minhas ideias com uma amiga próxima. Então, tudo o que eu queria desenhar, eu compartilhava com ela, mas... - Ah, entendi. Sua melhor amiga vazou todas as suas ideias, certo? - Jaqueline parecia muito calma. Ela entendeu agora por que a história em quadrinhos vazou e sentiu um pouco pena de Juliana, mas não estava surpresa com esse assunto. Para ela, esse era algo normal. Afinal, até mesmo membros da família que viveram juntos por mais de vinte anos poderiam vender uma garota criada por eles por interesses próprios, quanto mais uma amiga sem laços de sangue.- Eu... Eu nã
- Juju? - Jaqueline chamou com suavidade pelo apelido de Juliana.Juliana enxugou as lágrimas e se curvou às pressas para Jaqueline. - Desculpe, Jaqueline, não foi minha intenção. Vou voltar ao trabalho agora. Jaqueline, com dor de cabeça, interrompeu os movimentos de Juliana:- Está tudo bem, fique aqui por um momento. Se não se importar, poderia me explicar o que está acontecendo? Ela hesitou, sem saber se deveria deixar Juliana falar tudo. Na verdade, desabafar poderia aliviar muito sua mente, mas ao ver a expressão de Juliana...Talvez fosse a expressão preocupada de Jaqueline que ficou muito evidente, Juliana não resistiu e desabafou tudo:- Nós nos conhecemos desde o ensino médio. Ela é dois anos mais velha e foi para a faculdade de artes antes de mim. Nós duas conversávamos sobre tudo, inclusive sobre as ideias para as minhas histórias em quadrinhos. Talvez por estarmos tão próximas, nossos estilos de desenho fossem parecidos. Mas nunca imaginei que ela fosse plagiar minhas h
Jaqueline sorriu e estendeu a mão para Sr. Alberto. - Obrigada por me dar a oportunidade de explicar e seja bem-vindo à minha empresa. O Sr. Alberto, que já tinha 35 anos, olhava para Jaqueline, que apenas tinha apenas vinte e poucos anos, com admiração.Ele não esperava que a presidente dessa empresa fosse uma jovem de apenas vinte e poucos anos. Lembrando da determinação que essa moça demonstrou ao telefone antes, ele sentiu uma admiração surgir em seus olhos e estendeu a mão para cumprimentar Jaqueline de forma muito cordial.Depois das saudações, Jaqueline conduziu o Sr. Alberto para dentro da empresa. - Embora eu queira apresentar a empresa a você, hoje obviamente temos algo mais importante para discutir. Quero me desculpar mais uma vez por ter incomodado você com esta questão. Mas é uma questão de reputação para nós, e eu levo isso muito a sério. - Disse Jaqueline.A etiqueta de Jaqueline era impecável e suas palavras refletiam sua sofisticação e educação.Sr. Alberto apreciou
Como um veterano no mundo de negócio, Sr. Alberto não deixou escapar nada. Ele sabia que os documentos que havia fornecido a Jaqueline não eram convincentes e era por isso que ela estava tão calma.Sr. Alberto não pôde deixar de perguntar com curiosidade: - Sra. Jaqueline, pelo que vejo, você está convencida de que a verdadeira autora daquela história em quadrinhos é quem você alega e você tem certeza disso. Jaqueline fechou os documentos à sua frente e olhou com seriedade para o Sr. Alberto, respondendo com firmeza: - Tenho absoluta certeza. Esses documentos não me convencem nem um pouco. Todas as evidências apontadas aqui na verdade são roubadas de outra autora nossa. Quanto ao motivo, posso deixar que nossa autora explique. - Com isso, Jaqueline chamou do lado de fora. - Juliana, entre, por favor.Juliana, do lado de fora, não entrou de imediato ao ouvir a voz de Jaqueline. Ela respirou fundo do lado de fora da sala de reuniões, relaxando completamente antes de entrar. Ela se cur