Mei e eu ficamos acordadas até tarde da noite, nenhuma das duas querendo admitir que esperávamos pelos dois, muito menos Mei. Mas, as horas foram passando e ambas ficamos cansadas demais para fingir que estava prestando atenção no filme que passava na televisão da sala de estar.Capotei deitada no encosto do sofá e ela adormeceu no meu ombro e nós duas acordamos assustadas com o som alto que veio da tela.- Acho melhor irmos para a cama. – falei, olhando ao redor procurando por ele, mas sabia que ainda não havia chegado. Mei disfarçou, mas percebi que seus olhos também varreram o ambiente.Ela assentiu e desligamos a TV. Subimos as escadas e em minhas mãos eu carregava o lençol que havíamos pego em seu quarto, entreguei a ela e desejei boa noite, mas Mei quase não respondeu enquanto se arrastava para a porta que ficava no sentido oposto do quarto de Lee.Caminhei pelo corredor e olhei para baixo, tudo estava silencioso e vazio. No quarto, a brisa da noite me recebeu quando abri a port
Quando acordei pela manhã, admirei Paola dormindo ao meu lado. Seu peito subia e descia tranquilamente em sono profundo. Ela estava agarrada a mim, deitada em meu braço e com o rosto virado em minha direção.Devido às notícias que recebi ontem, sabia que medidas drásticas precisam ser tomadas, mas estranhamente a única coisa em que consegui pensar foi em Paola abaixo de mim, com as pernas abertas enquanto eu provava seu gosto.Jun notou que eu estava aéreo e que as notícias sobre a Yakuza era a última coisa com que eu estava preocupado.- Se ela conseguiu passar por cima da raiva que sentia de mim antes, agora com certeza não vai. – falei, quando Jun e eu saímos do porão de um de meus homens que havia pego um informante da Yakuza disfarçado, procurando por Paola.- Não pensei que se importasse com os sentimentos que ela tem por você. – analisou Jun, com uma expressão desconfiada.Não respondi, mas, estranhamente, percebi que me importava. Minha mãe havia me criado bem, bem o suficient
Durante as semanas que se seguiram, Lee se manteve mais distante e a parceria que havíamos construído poucos dias depois do casamento, cessou. O único momento em que me sentia conectada com ele era no sexo limitado que praticávamos quase todas as noites, quando seus dedos me proporcionavam prazer e eu a ele, fosse com a mão, boca ou ambos.Na maior parte do tempo ficava distante e em alguns momentos no sexo, quando eu quase o fazia ceder e me penetrar, ele recuava, sempre quando eu achava que ele cederia, Lee se mantinha fiel ao que quer que o mantinha tão cavalheiro ao meu respeito. Sinceramente, eu não fazia ideia o que tanto o impedia de seguir em frente, quando eu mesma já estava demonstrando estar bem com isso, afinal, isso me manteria longe da Yakuza se um dia eu conseguisse voltar. Uma ideia que agora me soava ridícula, já que eu não havia cogitado que ser a esposa do Cabeça de Dragão me torna importante demais para ser deixada sem supervisão.Eu havia sido ridiculamente tola e
Puxei-o para mim, ousando tocar sua pele por debaixo da camisa, explorando seu peito e barriga e provoquei ao deslizar a unha levemente por sua pele no cós da calça, sem deixar seus lábios, rocei seu pênis por cima do tecido, apertando-o de leve. A mão de Lee foi para o meu pescoço e apertou levemente ao me separar dele e seus lábios se aproximaram da minha orelha..- Não me provoque, Paola. Ou darei a você o que tanto me pede quando estou com a língua entre suas pernas. – sua respiração irregular em meu pescoço fez minha pele arrepiar.- Você não parece desejar muito isso. – seus olhos negros buscaram os meus. E vi algo ali que se assemelhava com confusão e levemente ele pareceu compreender, como se ele enfim percebesse o que suas atitudes aparentavam.- Não faz ideia do quanto preciso me controlar para não foder sua linda buceta pelos motivos errados. – ele cerrou o maxilar.Céus! Tão fodidamente lindo!- E o que diabos poderia ser um motivo errado? – ele se afastou, de repente se d
Quando cheguei em casa de noite, Percebi que as luzes do meu quarto estavam apagadas, talvez Paola tenha adormecido e não conseguiu me esperar acordada, afinal.A reunião havia demorado mais do que imaginava e agora tínhamos um convite oficial do senhor Perkins, um dos sócios dos cassinos ilegais que gerencio, para levar Paola e apresentá-la como minha esposa a todos, incluindo a imprensa. Obviamente, ninguém sabe quem de fato ela é.Subi as escadas enquanto folgava a gravata em meu pescoço para retirá-la, quando segurei na maçaneta da porta me lembrei de suas palavras "um homem por quem eu poderia me apaixonar". Aquilo não havia parado de ecoar em minha mente durante todo o dia, eu não sabia o porquê, mas não consegui dizer à ela que sentia o mesmo. Tentei afastá-la ao dizer que não poderia lhe dar amor, me mantendo fiel à crença de que nossos sentimentos jamais poderia superar a história entre nossas famílias ou o que fiz com ela, mas ainda sim, Paola cedeu ao insinuar que estivesse
Duas semanas após a consumação oficial de meu casamento, eu estava me vestindo para comparecer à festa de um dos sócios de negócios de Lee, havíamos conversado e eu sabia que o dia de hoje informaria a todos que agora eu estava casada com ele e, consequentemente, minha família saberia, assim como meu ex- futuro noivo.Lee havia me explicado o porquê de ter esperado para me perguntar sobre a nossa ida a festa, já que tudo se tornaria oficial, com tudo o que houve, ele disse que havia apenas deixado a discussão para depois, já que estava muito ocupado com o trabalho, mas eu desconfiava que ele apenas estava com receio de que eu me chateasse e a paz que se estabelecia entre nós acabasse por conta disso.Lee estava com medo de abalar a relação matrimonial que nenhum de nós dois queria a alguns meses atrás.Me olhei no espelho admirando o vestido, ele é um modelo longo e elegante, feito de um tecido suave que abraça minhas curvas, realçando-as. A cor é um vermelho fechado no tom de carmes
Quando cheguei a um dos cassinos em chamas, percebi que eles estavam realmente furiosos. Os homens designados ao ataque não se preocuparam muito em fugir e Jun fez um ótimo trabalho mandando interrogar o primeiro que capturamos.Me aproximei do homem que havia sido arrastado até a casa de meu pai, um dos 49ers haviam me ligado assim que perceberam o ataque e sai de casa diretamente para a antiga residência do meu antigo líder, para ouvir em primeira mão as notícias do que quer que a Yakuza soubesse agora.Maito era quem o interrogava e seus punhos pingavam sangue, o outro cara tinha os olhos e boca inchados, o nariz quebrado e sangue por toda parte.Ergui uma das mãos ao me aproximar do refém, pedindo para parar.- Diga o que eles sabem sobre ela. – perguntei friamente, com uma raiva descomunal surgindo em mim. O simples pensamento de que poderiam chegar perto dela deixava meus nervos à flor da pele.- Eu... Eu não sei de NADA! – seu grito desesperado dizia o contrário.- Eu sei que a
Estava tão atordoada que sequer reconheci a velha entrada da casa de meus pais quando o carro passou pela entrada horas depois, apenas quando Miles estacionou em frente à casa que me dei conta de onde estava.Já faz anos que eu não vinha aqui, desde criança, escondida da Tríade, organização essa que agora eu fazia parte e devia minha lealdade.Desci do carro sem esperar por permissão, eu estava em casa! E sabia que não atirariam em mim, ou essa pessoa se arrependeria antes mesmo de sacar a arma, considerando que quem abria a porta era Enrico Provenzano, com uma expressão de alívio e preocupação em seu rosto e ao seu lado uma Isabela que derramava lágrimas de emoção ao finalmente me ver. Não em uma tela a quilômetros de distância, mas aqui, em carne e osso.Não pude reagir ou dizer qualquer outra coisa além de apenas ficar ali, encarando-os e me perguntando se aquilo de fato era real.Minha mãe foi a primeira a correr em minha direção e senti-la era como finalmente estar de fato em casa