O dia havia amanhecido chuvoso, tinha suas vantagens ter a divisão do quarto e da varada totalmente em vidro, que a permitia ver que o mar que tanto tem medo estava do mesmo jeito que a sua mente estava no momento, era um temporal. Além disso, conseguia ouvir com clareza a água pesada batendo contra o teto alto da sua casa, persistentemente. A noite a chuva ainda caía e, só saiu da frente da varanda em determinado momento não durou muito por que lá estava ela novamente. Uma tempestade estava se formando e, com isso, vinham sons irritantes que sempre a assustavam.Os trovões eram tão estridentes que faziam o seu corpo todo arrepiar e ter espasmos involuntários, mas ela não deixava de olhar o mar turbulento não muito longe de sua casa. Ele estava quase imperceptível pela escuridão, mas as luzes artificias a faziam que ela ainda o visse em toda sua fúria e glória. Os p
Ele era aquele tipo de homem que prefere a embalagem ao conteúdo, a beleza externa do que a interna. Até ele conhecê-la, não, ele não mudou seus pensamentos sobre a parte de fora ser apenas bela. Ela era, além disso, era inteligente, diferente de todas as outras que já pensou em se relacionar, ela era bonita de sua forma, ela era sorridente. Era a luz no fim do túnel, na verdade, ela foi sua luz em meio aos momentos que se drogava, mas nunca, nunca teve um sentimento real, aquilo tudo era tão vago, escasso de sentimentos. Não a amava de verdade e nem sabe dizer se chegou amá-la de verdade um dia.Ele vencido, pensava enquanto a olhava dormindo ao seu lado. Ele estava apoiado no cotovelo, a olhando de cima. Deixou que sua mão percorresse até pelo corpo despido, das coxas, tocando entre as pernas alheias, ouvindo um gemido fraco. Acelerou os movimentos, vendo a mulher contorcer as pernas, antes que ela acordasse de fato. Afastou os dedos da cavidade dela e subiu sua mão pela barriga, se
Seu namorado não a tratava da mesma maneira, não era sempre. Ela não ouvia mais os incessáveis “eu te amo” nem as inúmeras declarações de amor, pelo menos não ao vivo. Austin gostava de manter a aparência, para quem os apoiava nessa relação, ele era o homem perfeito. Até para Kristin, ele era. Para ela, eles só estavam passando por um momento difícil, nada mais do que isso, apenas um momento que passaria logo. Ela não enxergava nada além do que ele permitia, nada além do que o namorado perfeito que só está cansado do trabalho, ela não enxergar por baixo de todas as camadas que foram impecavelmente empilhadas, não enxergava além da personalidade criada especificamente para ela que, aos poucos, vinha se deteriorando tão sutilmente que Kristin não enxergava, apenas não via o quão manipulador ele poderia ser. Os olhos verdes acinzentados fixos no mar agora escuro, as ondas indo e vindo, o chacoalhar da água ao se chocar com as pedras distantes, o vento forte bagunçando os cabelos avermelh
Nesse capítulo, há cenas de AGRESSÃO. Se isso for um gatilho para você, favor, não o leia ou, se preferir, pule as partes.Ela estava sentada à beira-mar e, pela primeira vez, estava sóbria. O seu namorado surfava com alguns amigos enquanto ela o fitava. As marcas estavam sumindo do seu corpo e ela ficava grata por isso. Já estava cansada de dizer às pessoas que estava bem e que só andava muito desastrada, e isso não era mentira, ela realmente esbarrava nas coisas. No entanto, para não ter que repetir dez vezes no mesmo dia em que havia esbarrado em algo, começou a usar roupas mais composta. Austin disse que seria melhor, por dois motivos: primeiro as pessoas iriam parar de questionar e segundo ela era uma mulher comprometida.A sua paixão por aquele homem estava a destruindo a cada dia que se passava, ela ainda não conseguia enxergar o qu&a
Mas um dia chuvoso impediu que Kristin visse os filhos, não só isso, como também ela mesmo ligou assim que acordou para Felipe avisando que não poderia ver as crianças. Acabou tendo que inventar uma mentira, pois ele não poderia ver como seu rosto estava. Como não dormiu, levantou-se antes que Austin, foi ao no banheiro, tirou toda a roupa e se olhou no espelho. Observou os seus lábios levemente inchados, olho roxo, seu corpo estava completamente coberto por marcas roxas. Suspirou cansada, tomou um banho longo, onde pareceu que a água levava toda a sua dor física quanto psicológica pelo ralo. Saiu do banheiro e se vestiu com um conjunto de moletom. Ela não disse o seu típico bom dia nas suas redes sociais, apenas enviou uma mensagem por escrito que estava indisposta esta manhã.Enquanto preparava o café da manhã, ouvia uma música nos fones de ouvido, cantava
Nesse capítulo, há cenas de AGRESSÃO e ABUSO SEXUAL. Se isso for um gatilho para você, favor não o leia.Kristin pode ver os filhos no dia que foi ao shopping. Na volta, passou na casa do irmão e ficou tão feliz em ser abraçada e beijada pelos filhos. Angel questionava o motivo deles não estarem indo passar uma semana com ela, como sempre faziam. Ela não lhe deu a resposta correta, apenas disse que era um problema que ela resolveria logo mais. Ela ficou com os filhos por algumas horas antes de voltar para casa. No curto período que ficou com os filhos, ela comeu mais do que comeu há dias. Entrou em casa a encontrando totalmente vazia, enviou uma mensagem para o namorado e ele não demorou para responder, dizendo que iria comer fora, que ela não precisava fazer nada. Apesar de a mensagem que ela enviou tenha sido “Onde você está?”. Ela deu de ombros, apesar de sua mente estar cheia de medos. O principal deles era se Austin estivesse a traindo, depois dele tinha e se ele estivesse consumi
Há quase duas semanas ela teve uma experiência terrível, nada muito diferente do que não estava acostumada. No entanto, ela disse com todas as letras que queria terminar, que estava cansada. Isso depois de uma completa desconhecida lhe dizer para acabar com o relacionamento que a machucava. A mulher olhou tão feio para Austin que o homem parou de andar e ela saiu puxando ele. Ela então fez algo que deveria ter feito há muito tempo, pesquisou sobre a vida de Austin e o que descobriu a deixou com medo.Ele sempre teve agressões no currículo, principalmente na sua ficha criminal, que Kristin não sabia que ele tinha, mas se lembrou do dia que em que foi à delegacia com ele e Austin e ouviu o comentário do delegado: “Parece que você não é novo aqui em meu rapaz”. Era para ela ter desconfiado desde daquele momento, ou até antes quando ele se mostrou agressivo, m
Após alguns minutos sentado no chão com a ruiva no seu colo, ele consegue a convencê-la ir com ele. Em todo o tempo que ele ficou ali com ela, Kelly tentou se explicar, mas ele a interviu em todas às vezes. A cafeteria havia sido fechada para maior privacidade dos três. Ele andava com os braços ao redor dos ombros da mais nova como se quisesse a proteger dos ataques de outra mulher, e realmente queria. Kristin ainda estava chorando e sabia que não demoraria para isso aparecer na mídia, sinceramente estava pouco se importando. O homem a colocou no carro e fechou a porta, se virando para Kelly, sério. Ele não queria saber de qualquer desculpa que a outra daria, antes que ela pudesse falar algo. Ele se pronunciou.— Escutei pouco do que aconteceu, mas eu não quero saber as desculpas ou qualquer coisa que você queira falar. Você não é apenas a prima de Kristin, vocês s