Há quase duas semanas ela teve uma experiência terrível, nada muito diferente do que não estava acostumada. No entanto, ela disse com todas as letras que queria terminar, que estava cansada. Isso depois de uma completa desconhecida lhe dizer para acabar com o relacionamento que a machucava. A mulher olhou tão feio para Austin que o homem parou de andar e ela saiu puxando ele. Ela então fez algo que deveria ter feito há muito tempo, pesquisou sobre a vida de Austin e o que descobriu a deixou com medo.
Ele sempre teve agressões no currículo, principalmente na sua ficha criminal, que Kristin não sabia que ele tinha, mas se lembrou do dia que em que foi à delegacia com ele e Austin e ouviu o comentário do delegado: “Parece que você não é novo aqui em meu rapaz”. Era para ela ter desconfiado desde daquele momento, ou até antes quando ele se mostrou agressivo, m
Após alguns minutos sentado no chão com a ruiva no seu colo, ele consegue a convencê-la ir com ele. Em todo o tempo que ele ficou ali com ela, Kelly tentou se explicar, mas ele a interviu em todas às vezes. A cafeteria havia sido fechada para maior privacidade dos três. Ele andava com os braços ao redor dos ombros da mais nova como se quisesse a proteger dos ataques de outra mulher, e realmente queria. Kristin ainda estava chorando e sabia que não demoraria para isso aparecer na mídia, sinceramente estava pouco se importando. O homem a colocou no carro e fechou a porta, se virando para Kelly, sério. Ele não queria saber de qualquer desculpa que a outra daria, antes que ela pudesse falar algo. Ele se pronunciou.— Escutei pouco do que aconteceu, mas eu não quero saber as desculpas ou qualquer coisa que você queira falar. Você não é apenas a prima de Kristin, vocês s
O caminho até a casa de Kristin foi silencioso, nenhum dos dois se falaram, pareciam duas crianças birrentas. Miguel estava irritado com a mais nova, mesmo tendo noção que não era culpa dela estar vivendo em uma relação tóxica. Ele estava com raiva. Conviveu um tempo com uma grande amiga na cidade onde mora, que vivia uma relação tóxica. A diferença era que ela não tinha marcas pelo corpo, mas sim psicologicamente. Ele a perdeu, balanço a cabeça para não lembrar disso, nesse momento. Ele pediu para levar o burrito que ela mal havia tocado para a viagem. Ela estava agora sentada com algumas embalagens sob suas pernas, esperando pacientemente que ele chegasse em sua casa. — Se ele não te machuca, por que está cheia de marcas? — Pergunta sem olhar para ela.— Eu luto. — Miguel revirou os olhos, sabia que ela estava mentindo. Ela não queria contar a ele sobre Austin detalhadamente, porque, na sua cabeça, se Kelly não acreditava nela, quem iria? Sua prima falou com tanta convicção todas aq
Austin e Kristin haviam acabado de ter uma discussão, que não deveria ser enquadrada nessa categoria, uma vez que a sua namorada não o rebateu. Ela ficou calada por todo o tempo, a dor nem era tão presente quanto no início, ela já não sentia tanta fome e, mesmo que sentisse o pouco que comia, colocava para fora, nada durava em seu estômago. Isso vinha lhe causando graves suspeitas, mas eram apenas suspeitas. Não se aprofundava muito nisso e, por isso, deixava que tudo seguisse seu rumo.Seu namorado não havia mudado nada, parecia cada dia pior e ela estava deixando que isso seguisse. Seu único medo era morrer e, pelo que estava vendo, isso não iria demorar para acontecer, uma vez que o homem tem ficado cada dia mais agressivo e perturbado. Ele já a acordou aos socos porque havia visto uma mulher parecida com ela com outro homem em algumas das inúmeras saídas. Quando e
Nesse capítulo, há cenas de AGRESSÃO. Se isso for um gatilho para você, favor não o leia. Kristin não tinha ideia de como aquela foto havia parado na internet, ou como havia sido tirada. Afinal, em todo esse tempo que ia à praia, nunca havia saído nada. Mas ali estava a foto dela deitada sobre o ombro de Miguel, embaixo de um guarda-chuva em uma chuva forte, olhando o mar. Ele tinha um dos braços em volta do ombro dela, enquanto a acolhia em meio às inúmeras lágrimas que escorriam pelo rosto pálido da mulher. A legenda era tendenciosa: “Será que nossa influencer desaparecida está em um novo romance, mas ainda não foi confirmado se ela teria terminado com o empresário Austin? Segundo as informações que obtivemos, ela vem se encontrando com esse homem misterioso há mais de dois meses”. Obviamente eles não poderiam comparar aquele homem com Austin, eles tinham uma grande diferença. Miguel, apesar de ter aproximadamente 50 anos, apresenta um corpo extremamente atlético, chegando a ser d
Após a cirurgia, Austin foi verificar o estado de Kristin. Ele havia acabado de ser interrogado. Repetiu a mesma história que havia contado à recepcionista aos policiais, sem tirar nem por. Isso causou a impressão de que, pela primeira vez, estava equivocada, mas nunca havia errado nesse quesito. Uma amiga disse que talvez fosse o longo plantão que estava cumprindo, 19 horas seguidas. Não era apenas uma recepcionista, mas também uma enfermeira. Talvez todas as emoções que enfrentou durante o plantão, tenham a deixado meio alienada. Mas, apesar de tudo apontar para o contrário daquele homem que parecia muito mais seguro que antes, ela ainda desconfiava e, por isso, pediu para uma colega ficar de olho nele. A mulher concordou, dizendo que tudo estava bem, mas ela precisava descansar um pouco.Kristin ficou realmente fragilizada e, quando despertou, viu o namorado parado ao seu lado a olhando s&ea
Ryan ainda estava cético em relação a Austin, não conseguia acreditar que ele pudesse fazer mal a Kristin e muito menos aos seus filhos. A sua raiva contra a mulher ainda era bem intensa, não havia superado a separação e, em sua mente, ela poderia ter tentado se quisesse. Se realmente o amasse, ela poderia ter tentado, mas, ao invés disso, desistiu. Por isso, estava tão desacreditado do que Felipe havia acabado de lhe dizer, se negava a acreditar também pela culpa, a culpa de não ter feito nada, de ter acreditado no homem que está à sua frente do que na mulher que esteve ao seu lado, por pura infantilidade. Havia algo errado com ela, mas ainda não se achava o culpado pelo fim que tiveram e mesmo que quisesse, tentar não a teria de volta. Isso o incomodava profundamente, pois, apesar de estarem separados há 3 anos, ele ainda a amava, ele ainda a desejava.Apesa
Kristin havia saído pelos fundos do hospital com roupas masculinas que Miguel havia lhe dado. Ainda estava meio confusa. A ideia de que Miguel seria responsável por cuidar dela durante esse período não fazia sentindo algo. O medo a abalou, não que achasse que ele poderia a machucar, longe disso… talvez, devido sua experiência com Austin, ela esteja um pouco insegura em relação a tudo isso. Afinal, sua experiência com a confiança não era uma das melhores.Ela entrou na casa e sentiu todo o corpo arrepiar. O local não oferecia nenhuma garantia de segurança. O amigo de Miguel estava os esperando. Ela pegou algumas roupas, deixando a maioria para trás, uma vez que o mais velho disse que, para o destino que eles iriam, só seria necessária uma única coisa: roupas de frio. Após pegarem tudo, ela seguiu para a casa de Felipe. De acordo com o que o s
Após Kristin ter enviado o vídeo para Miguel, este o enviou para seu amigo, que logo após, enviou para o tenente de uma das maiores delegacia do estado de Nova York. Tudo ocorreu de forma rápida. Austin havia descoberto que Kristin havia enviado o vídeo. A ruiva só esqueceu de contar que recebeu uma mensagem de sua mãe que dizia “Você mentiu”. Ela só respondeu “E você me entregou, eu quase morri Elizabeth”. Logo depois, ela bloqueou a mãe. Ela estava pesando sobre isso no carro e disse a Miguel, que enviou uma mensagem para o amigo e não disse mais nada. Austin estava na sua casa terminando de se organizar para voltar ao hospital. Não tinha tanta confiança em Kristin para deixá-la sozinha, mas algo o despertou a sua atenção, algo que ele não havia percebido nos dias anteriores, em alguns lugares da parede, tinha uma luz vermelha quando a lanterna do seu celular bateu. Ele subiu em uma escada, seus olhos se arregalaram em surpresa, uma câmera, pequena, quase imperceptível. No mesmo ins