Louis Davis Fiquei com muita raiva quando entendi que aquela mulher era mais uma tentando conseguir algo de mim. Estou muito cansado disso, a cada dia que passa isso aumenta, e eu tenho ficado cada vez mais sozinho. Eu não entendo o que há de errado comigo, sempre fiz de tudo para ajudar os outros, deixei de comprar coisas para mim mesmo, apenas para ver o sorriso no rosto daquelas crianças do orfanato, e sempre quando pude ajudei os que encontrava na rua, também. A vida toda tratei bem as mulheres, pois acho que elas são as obras mais lindas que Deus criou, e nenhuma merece ser tratada de forma diferente do que eu trato, mas a verdade é que ultimamente tenho estado muito irritado porque todas elas têm tentado me passar para trás, e estou confuso. Eu confesso que essa senhorita me surpreendeu, pensei que enfim havia encontrado alguém bacana, e que se entregou para mim sem reservas... alguém que não conhecia o meu sobrenome e nem a minha decadente tentativa de encontrar alguém que m
Islanne Lima Leno estava ali, e eu sentia que o meu coração idiota ainda batia por ele. Olhei duas vezes e vi que me ignorou como sempre, então aceitei a mão do Louis. O lugar era muito bonito, e fiquei sem graça que eu ainda estava com a roupa que fui ao hospital, e o cabelo já não estava alinhado. Segui o Louis que continuava a segurar a minha mão e ele sentou na banqueta alta do balcão, me colocando no meio das suas pernas, e senti um frio na barriga, pois me lembrei que ainda ontem ele estava dentro de mim. — Me vende aquela fita? — perguntou para a atendente, e vi que era uma fita simples, dourada que estava esticada sobre a mesa dela. — Pode pegar, se quiser! Essa sobrou do trabalho da escola da minha filha, mas é bem simples... — a mulher explicou sem graça, mais ele sorriu satisfeito, e agradeceu. Fiquei olhando... o que ele faria com aquilo? Então, percebi a enorme habilidade em suas mãos, que em poucos segundos transformou a fita num lindo laço. Pegou algo do bolso, pre
Louis Davis A exposição foi fantástica, a cada dia encontro mais patrocínio para as minhas esculturas, e fico ainda mais famoso. Cheguei no hotel ansioso. Passei numa floricultura e comprei flores para a Islanne, pedi um jantar especial para dois, e deixei avisado que esperava uma mulher e ela poderia subir, então tomei um banho e fiquei esperando por ela. O problema foi que quando abri a porta, quem entrou foi a Malu. Fiquei espantado, mas ela me abraçou e ficou encostada em mim. — Me desculpa, Louis! Eu falei besteiras naquele dia, fiquei pensando e pensando, até que decidi vir! A minha prima Bia estava vindo com o Matthew da fazenda e eu vim com eles, e quando liguei na sua casa, a Edineide ficou feliz em me passar a sua localização! — veio me beijar, mas a evitei. “Eu vou matar a Edineide!“ — Penso. — Malu... — tentei encontrar as palavras certas para dizer a ela. — O que foi? Não sentiu a minha falta? Faz mais de um mês que estivemos juntos... — ficou procurando a minha boc
Islanne Lima 2 meses depois Hoje precisei internar a minha mãe, pois está a cada dia pior... ela não consegue se alimentar e o sangramento aumentou devido à tosse absurda. Eu passo os dias e as noites de olho nela, vejo o seu sofrimento diariamente e já não sei como prosseguir. Quando estou dando aulas não consigo ficar tranquila, e como passei mal quando cheguei aqui, acabei fazendo uns exames e não acreditei quando ouvi as palavras do médico: — A senhorita está grávida de oito semanas! — Deve estar errado... eu não posso, doutor! Eu fiz sexo apenas uma vez, e nem preocupei, pensei que essas coisas fossem complicadas... — falei passando a mão no rosto. — É só olhar na imagem aqui na tela... vou colocar o coração para que você ouça... — nem acreditei quando vi e ouvi que tinha mesmo um bebê ali... uma vida gerada por mim e por... — Aí meu Deus! Eu nem sei onde está o pai do bebê! — falei apavorada ao me lembrar que troquei de número para que ele não me encontrasse, e como pago o
Islanne Lima A minha vida não foi fácil depois da morte da minha mãezinha. Ouvi o conselho do Leno e coloquei a casa a venda, mas como os valores que ofereceram pra ele eram baixos demais, eu não vendi, fechei e deixei lá, até que eu consiga entrar lá dentro de novo. Até porque o meu pequeno Andrew vai precisar de espaço, e estou morando dentro do barco que me restou, e às vezes acabo dormindo desajeitada na galeria... é, eu não contei, mas estou esperando um menino. Andrew é a minha razão de viver, e por ele tenho trabalhado tanto para comprar as suas coisinhas... já comprei uma cômoda e um berço, mas não montei, pois tenho esperança que com ele nos braços eu consiga entrar na casa que eu morava com a minha mãe, e lá tenhamos espaço. Comprei algumas roupinhas e ganhei várias coisas das meninas na galeria. Não fui mais atrás do Louis, pois consigo dar conta do meu bebê sozinha, ele que vá para o inferno com as suas indecisões e não tente me tirar o meu filho. Hoje vim trabalhar, ma
Louis Davis Aquela mulher mal dobrou o corredor e começou a falar, e eu agradecia internamente, pois eu estava muito nervoso. — Ai ele é tão lindo! Um menino forte, e a cara do senhor! Olhando agora, tenho certeza que é mesmo o pai, mas ele chora tanto, parece que se sente sozinho... — olhei para o berçário através do vidro e só vi um menino lá dentro e ele chorava. Engoli seco, coloquei a mão no vidro e o meu coração disparou, o menino se parecia comigo. — Você pode trazer o bebê? A gente quer vê-lo, e também ele está chorando! — o Igor falou, e eu continuei mudo, sem saber o que fazer, e agora até agradeço a Luana por ter quase o obrigado a vir comigo. Fiquei analisando cada movimento do bebê e da mulher que o pegou, que não era a mesma que nos acompanhou até aqui, era uma com uma roupa azul, e usava touca e sapatos esterilizados. Igor parecia querer pegar o bebê, mas eu me antecipei e fui de braços abertos, afinal o filho é meu! Quando ela o colocou no meu colo, senti algo gr
Louis Davis — Você conhece bem a mãe do bebê? Tipo... se casaria com ela se ela quisesse? — Igor me perguntou de novo enquanto eu estava trocando a fralda do Andrew. — Você É bom com crianças, né? — Eu cuido de crianças a muitos anos, como eu não faria isso de olhos fechados? Você que é inseguro! E respondendo a sua pergunta... é claro que eu casaria com ela. Não a amo como deveria num casamento, mas pelo meu filho eu faria qualquer coisa! Olha só pra ele... acha que eu vou conseguir ir embora e deixá-lo morando aqui com a mãe? Nunca! E estou desesperado que preciso resolver isso, e não sei o que fazer! — Fica tranquilo! Vou investigar um pouco mais sobre a vida dela, e ver o que podemos fazer para convencê-la! — Igor falou, segurando a mão do bebê, mas eu o enrolei no cobertor e escondi a mão. — Ela é brava, e não sente nada por mim! E eu continuo chateado com ela, o que ela fez está engasgado! — Exclamei, e o Igor levantou. — Bom! Vou falar com o seu assistente e vou avisá-lo qu
Igor Smith — Amor... é sério! O bebê é seu sobrinho... — Ai meu Deus! Eu tenho um sobrinho? E me conta quem é a mãe! — Luana estava ansiosa na linha. — É uma boa moça, já investiguei tudo sobre ela... é professora de dança, esforçada e pontual. Perdeu a mãe recentemente... — Tadinha! Perdeu a mãe? — Sim, amor! E, o pior é que o pai não é de confiança, o Louis está certo em querer levá-la embora daqui. — Aí que bom, vou ter uma cunhada, então? — Ficou um pouco difícil a situação, ela é um pouco brava. Deixei o Louis lá, tentando resolver, mas aposto que vai dar certo. Já tenho um plano “B”. — Que plano? — Eu te explico depois, agora preciso falar com a minha avó... — Tá bem, vou passar para ela..., mas não aprontem hein? — Imagina... só estou dando um empurrãozinho... — Obrigada amor! Eu sabia que uma hora ou outra você iria se dar bem com o Louis! — falou toda mansa e animada, e eu ansioso para perguntar logo para a minha avó. Assim que a Luana passou para a minha avó fiqu