Islanne Lima A minha vida não foi fácil depois da morte da minha mãezinha. Ouvi o conselho do Leno e coloquei a casa a venda, mas como os valores que ofereceram pra ele eram baixos demais, eu não vendi, fechei e deixei lá, até que eu consiga entrar lá dentro de novo. Até porque o meu pequeno Andrew vai precisar de espaço, e estou morando dentro do barco que me restou, e às vezes acabo dormindo desajeitada na galeria... é, eu não contei, mas estou esperando um menino. Andrew é a minha razão de viver, e por ele tenho trabalhado tanto para comprar as suas coisinhas... já comprei uma cômoda e um berço, mas não montei, pois tenho esperança que com ele nos braços eu consiga entrar na casa que eu morava com a minha mãe, e lá tenhamos espaço. Comprei algumas roupinhas e ganhei várias coisas das meninas na galeria. Não fui mais atrás do Louis, pois consigo dar conta do meu bebê sozinha, ele que vá para o inferno com as suas indecisões e não tente me tirar o meu filho. Hoje vim trabalhar, ma
Louis Davis Aquela mulher mal dobrou o corredor e começou a falar, e eu agradecia internamente, pois eu estava muito nervoso. — Ai ele é tão lindo! Um menino forte, e a cara do senhor! Olhando agora, tenho certeza que é mesmo o pai, mas ele chora tanto, parece que se sente sozinho... — olhei para o berçário através do vidro e só vi um menino lá dentro e ele chorava. Engoli seco, coloquei a mão no vidro e o meu coração disparou, o menino se parecia comigo. — Você pode trazer o bebê? A gente quer vê-lo, e também ele está chorando! — o Igor falou, e eu continuei mudo, sem saber o que fazer, e agora até agradeço a Luana por ter quase o obrigado a vir comigo. Fiquei analisando cada movimento do bebê e da mulher que o pegou, que não era a mesma que nos acompanhou até aqui, era uma com uma roupa azul, e usava touca e sapatos esterilizados. Igor parecia querer pegar o bebê, mas eu me antecipei e fui de braços abertos, afinal o filho é meu! Quando ela o colocou no meu colo, senti algo gr
Louis Davis — Você conhece bem a mãe do bebê? Tipo... se casaria com ela se ela quisesse? — Igor me perguntou de novo enquanto eu estava trocando a fralda do Andrew. — Você É bom com crianças, né? — Eu cuido de crianças a muitos anos, como eu não faria isso de olhos fechados? Você que é inseguro! E respondendo a sua pergunta... é claro que eu casaria com ela. Não a amo como deveria num casamento, mas pelo meu filho eu faria qualquer coisa! Olha só pra ele... acha que eu vou conseguir ir embora e deixá-lo morando aqui com a mãe? Nunca! E estou desesperado que preciso resolver isso, e não sei o que fazer! — Fica tranquilo! Vou investigar um pouco mais sobre a vida dela, e ver o que podemos fazer para convencê-la! — Igor falou, segurando a mão do bebê, mas eu o enrolei no cobertor e escondi a mão. — Ela é brava, e não sente nada por mim! E eu continuo chateado com ela, o que ela fez está engasgado! — Exclamei, e o Igor levantou. — Bom! Vou falar com o seu assistente e vou avisá-lo qu
Igor Smith — Amor... é sério! O bebê é seu sobrinho... — Ai meu Deus! Eu tenho um sobrinho? E me conta quem é a mãe! — Luana estava ansiosa na linha. — É uma boa moça, já investiguei tudo sobre ela... é professora de dança, esforçada e pontual. Perdeu a mãe recentemente... — Tadinha! Perdeu a mãe? — Sim, amor! E, o pior é que o pai não é de confiança, o Louis está certo em querer levá-la embora daqui. — Aí que bom, vou ter uma cunhada, então? — Ficou um pouco difícil a situação, ela é um pouco brava. Deixei o Louis lá, tentando resolver, mas aposto que vai dar certo. Já tenho um plano “B”. — Que plano? — Eu te explico depois, agora preciso falar com a minha avó... — Tá bem, vou passar para ela..., mas não aprontem hein? — Imagina... só estou dando um empurrãozinho... — Obrigada amor! Eu sabia que uma hora ou outra você iria se dar bem com o Louis! — falou toda mansa e animada, e eu ansioso para perguntar logo para a minha avó. Assim que a Luana passou para a minha avó fiqu
Islanne Lima Eu nem sabia o que pensar. Fiquei feliz em ver que o Louis estava cuidando do meu bebê, mas agora o medo estava me deixando confusa. Não o conheço o suficiente para saber quais são as intenções dele, e não posso deixar que ele tire o meu Andrew de mim. Fiquei o dia todo o observando, e não pensei que ele seria tão atencioso com o bebê quanto ele é, embora eu não confie nele, nem consigo dormir. — Louis... não precisa ficar aqui. Eu vou dormir com o Andrew, vou deixá-lo aqui do meu lado, então consigo pegar e cuidar dele, sozinha. — De jeito nenhum! Eu vou ficar aqui, ficarei bem na poltrona... — Olha, não se incomode... — eu nem terminei de falar e ele já se ajeitou na poltrona e eu vi que não teria o que fazer. Fiquei com medo dele levar o Andrew enquanto eu dormia, então escolhi ficar acordada. Consegui levantar da cama e ir ao banheiro, mas só fiz isso quando vi que ele cochilou. E, o restante da noite foi complicada,
Louis Davis Eu não sei o que exatamente o Igor fez, mas estou em desespero com essa situação. A Islanne tentou levar o meu filho de mim, e isso me desestabilizou completamente, por isso, decidi aproveitar essa situação e tentar consertar as coisas, quero o Andrew comigo. Islanne me olhou séria e fixamente quando a segurei ali perto do avião. — E, como vamos viver? — indagou. — Podemos ver isso depois... por agora só quero o meu filho perto de mim! Se não quiser se manter casada comigo, a gente pode pensar em uma solução, mas por agora você é minha esposa pelo que parece, e vou cuidar bem de você, pode acreditar! Você é uma mulher linda e cheia de vida, me agrada estar perto de você! — falei com sinceridade, pois não sei até hoje porque nos afastamos tanto. — Está bem... eu vou com você! Mas, quero um quarto separado para mim, e não quero que misture as coisas! Eu e você não demos certo antes, e não daremos agora... isso foi um acidente! — falou fir
Islanne Lima “Filho da mãe!“ “Isso que falou que era um homem de palavra...“ “Falou que me respeitaria...“ Não sou burra, não... sei muito bem quem é essa mulher!“ — Meu nome é Malu! Mas, eu não entendi muito bem... eu ouvi errado ou você falou que é a esposa dele? — a mulher estreitou os olhos e veio mais perto me olhar. — Você tem um filho, e me fez de idiota? Louis ergueu as mãos. — E... eu posso explicar! — gaguejou. Mas, a moça ficou brava e com uma bolsa de mão começou a bater nele nos braços. — Seu mentiroso, filho da mãe! Me iludiu todo esse tempo, e estava por aí com outra! — ela batia nele sem parar e tapei os ouvidos do Andrew e comecei a balançar, mas achei divertido, pois o filho da mãe dormiu com ela, na mesma noite que havia marcado comigo, então acho que mereceu. — Para, Malu! A gente já terminou faz tempo, pensei que éramos amigos... aí! — Amigos não transam ocasionalmente, Louis! — ergui a sobrancelha o olhando e tive vontade de ajudá-la a bater nele. — Foi só
Louis Davis Eu nem me lembrava que em uma das nossas noites, estive envolvido sexualmente com a Malu, até porque a gente estava bêbado, e no outro dia tudo voltou a ser como era antes... a mesma relação de amizade, mas acho que ela misturou as coisas. Malu saiu brava daqui, e achei melhor não ir atrás dela hoje, darei um tempo. Fiquei feliz que a Islanne gostou das coisas que comprei, embora ela esteja me bloqueando e evitando o nosso contato. Montei o quarto do bebê e ficou lindo, já tenho experiência nisso, já que vivia montando no orfanato. . 1 mês depois . Um mês se passou e as coisas estão mais tranquilas aqui em casa. A Mulu não voltou a aparecer, mas eu a procurei e expliquei como foram as coisas, não sei se ela acreditou, mas eu fiz a minha parte. Hoje acordei animado, tem festinha de aniversário no orfanato e vou ajudar a organizar. Olhei para o Andrew e para a Islanne, e imaginei que as crianças gostariam de conhecê-los, então a convidei com cuidado. — Claro, eu ado