Acordei assustada. Onde eu estava? O que eu tinha feito? Onde estava minha comida? Onde estava meu Sebastian? As lembranças foram voltando rapidamente para mim. Eu tinha dormido no colo dele. Olhei ao redor. Estava em seu quarto.
Ele tinha uma foto nossa de quando éramos pequenos na cabeceira da cama. Eu lembrava daquele dia. A gente tava discutindo pra ver quem comeria o último pedaço da barra de chocolate. Minha mãe tinha tirado aquela foto.
Ele também tinha colocado o quadro com nossa foto de casamento em seu quarto. Peguei o travesseiro ao meu lado e o abracei. Era ali que ele dormia e era ali que eu queria estar. Olhei a hora no relógio de parede. Eram 3h da manhã. Por que ele não estava na cama?
Levantei e fui até a cozinha pegar algo para beber. Encontrei uma garrafa de vinho. Outro hábito que Vincent tinha criado em mim. Era a única bebida que eu co
Acordei com o Sol batendo na minha cara. Me revirei na cama achando que iria esbarrar em um corpo másculo e forte ao meu lado, mas na verdade fui direto ao chão. Levantei assustada. Onde estava Sebastian?Me enrolei no lençol, já que não fazia a mínima ideia de onde estariam minhas roupas, e fui caçá-lo pela casa. Talvez ele estivesse preparando o café da manhã pra mim. Dei uma risadinha ao pensar nisso. A cozinha estava vazia. Ele poderia estar trabalhando sem camisa no escritório. Comecei a ter várias ideias de como surpreendê-lo. O escritório estava vazio.A casa estava vazia.Com exceção da minha presença, aquele lugar nadava no meio do nada. Voltei pra cozinha pra comer algo, eu estava com uma super larica. Foi quando me deparei com um bilhete totalmente comovente de Sebastian.Saí cedo. Tive uns problemas
– O que acha desta? – Sebastian perguntou.– Você não fica bem de rosa.– Não perguntei a você, Luiza. Estou falando com a Amanda.Estávamos fazendo compras no shopping e a vingança de Sebastian era me tratar como serva. Já estava fazendo um verdadeiro trabalho de malabarismo para segurar todas as sacolas das lojas anteriores em que fomos, e agora ele ainda me tratava desta maneira. Preferia conversar com as vendedoras do que comigo. Ele estava me ignorando.E eu nem podia reclamar, né, porque diante do que eu fiz, até achei que ele estava sendo bem misericordioso. Estava até pagando pelas próprias roupas. Mas a loja de sapatos... ah, a loja de sapatos... ele me fez colocar no pé dele todos os sapatos da loja. Eu queria enfiar cada um daqueles calçados em sua garganta, só que eu estava errada, então acabava obedec
Bati a porta com força.Sebastian estava deitado no sofá falando ao telefone com alguém. Nem me viu chegar. Ele estava apenas com uma samba canção, distraído e olhando pela janela. Com uma mão segurava o telefone e com a outra mexia nos cabelos. Pude ver um sorriso se formar em seu rosto enquanto escutava o emissor. Joguei a bolsa em cima dele que rapidamente encerrou a ligação. Enquanto isso eu tirava os sapatos e jogava em qualquer canto.– Ah, Luly, que bom que você chegou! – sentou-se no sofá, dando tapinhas no estofado como uma forma de me convidar a sentar do seu lado. – E então, como foi seu dia?– Um cu. – me joguei ao seu lado tirando a blusa e deixando meu sutiã rendado azul à amostra.– Nossa, amor, vai com calma. Mal chegou e já quer meu corpo? Você pode comer alguma coisa antes, pro
– Ah, Carol. Oi. O que faz aqui?– Sou prima da primeira bailarina da companhia. E você?– Viemos assistir o espetáculo. – Sebastian me colocou ao seu lado.– Viemos? Está acompanhado? – que garota dissimulada!– Sim, está. – Passei a mão em seu braço e sorri pra ela. Impedindo que Sebastian respondesse.– Ah. – falou desanimada. - Onde você está sentado?– Primeiro camarote da direita, de frente para o palco. Segundo andar.– Sério? Eu sabia que te reconheceria em qualquer lugar! Estou no camarote da esquerda. De frente para você! – arregalou os dentes mais do que devia. – Deve ser o destino mesmo! – revirei os olhos.– Legal. – Sebastian sorriu sem graça. Ele já tinha sentido que o clima estava ficando pesado. Ia ficar mais pesad
Sebastian’s Pov – Você tá muito fodido, cara. Só isso que eu tenho pra te dizer. – Muito obrigado, Vincent. Realmente me sinto bem melhor agora. – Ué, o que você quer que eu diga? Que vai ficar tudo bem? Não vai, cara. Não vai mesmo. – Vincent, eu não sei se você sabe, mas eu liguei pra você pra me ajudar. Se eu quisesse me sentir um merda, ficava com a minha consciência mesmo. – Sebastian, nós amamos a mesma mulher, não sei se você lembra desse pequeno detalhe. Seria burrice minha te ajudar. – Vincent, nós dois sabemos que quando a Luiza fica chateada, ela dá um jeito de te deixar chateado também. E eu acho que você não precisa de mais estresse na sua vida, né? – Ainda não me convenceu. Talvez esta seja minha chance de mostrar à Luiza o idiota que você é. – Você não vai precisar de muito pra isso. – suspirei, passando a mão pelos cabelos. –
– Olha só, ninguém deve saber que eu te dei essa ideia ou que deixei você fazer isso. Pra todos os efeitos você é um maluco que invadiu a empresa e, meu Deus, não acredito que estou ajudando você! - Vincent e eu andávamos lado a lado no corredor da empresa dele. – Agora é com você! Luiza deve chegar daqui a pouco para almoçar.Estávamos parados em uma das entradas do restaurante da empresa de Vincent.– Haja naturalmente e boa sorte! – me deu dois tapinhas no ombro e saiu.Logo Luiza chegou e, nossa, ela estava muito gostosa. Que saudade daquele corpo! Que saudade daquela mulher! O lugar dela era comigo, não com qualquer outro cara! Ela estava com uma calça social bege de cintura alta e uma blusa preta de manga comprida por dentro da calça. Estava de salto e com os cabelos soltos.Andava acompanhada de umas velhotas
– Fodeu. Sim, isso mesmo. Eu estava fodida. Não há palavra que melhor traduza meu desespero do que esta. Fo-di-da. Sebastian dormia todo largado na cama apenas de boxer preta. Enquanto isso, eu estava trancada dentro do banheiro, em posição fetal, encarando aquele palitinho do destino. Positivo. Milhares de coisas começaram a passar pela minha cabeça, como: “tinha um ser dentro de mim”, “eu seria mãe”, “Sebastian seria pai”, “como Sebastian reagiria diante da notícia?”, “sou nova demais para ter filhos”. Eu estava apavorada! E a faculdade, como ficaria? Eu teria que contar pra família, mas eles ainda mal sabiam que nós tínhamos nos casado! Eles mal sabiam que a gente sentia algo que não fosse ódio, na verdade. Como eu os enfrentaria? Deus, será que eu podia ficar escondida ali até que essa criança nascesse? Eu estava morrendo de medo e sentindo um embrulho gigante no estômago. Eu... eu não entendia. Nós não éramos muito adepto
Luiza’s pov A partir deste ponto eu contarei a história, porque de conteúdo idiota já bastam as atitudes e frases de Sebastian. Descobrir os pensamentos seria demais. Sebastian encarava o teste de gravidez que tinha parado no chão. Estava estático, parecia uma porta, sem reação alguma. – Sebastian, você ouviu o que eu disse? - passaram-se alguns minutos até que eu fizesse aquela pergunta. Tinha esperança de que ele voltaria a si. – Grávida... Como assim grávida? - me encarou. Parecia não entender o que estava acontecendo. – Como assim "como assim grávida"? – Tem certeza que tem um... Hã... Ser vivo aí dentro? Tem certeza que não é uma lombriga, sei lá. - Arqueei uma sobrancelha. – Ta brincando comigo, né, Sebastian? – perguntei. – Ta falando sério? – me rebateu. – O que você acha? – cruzei os braços. – E quem me garante que é meu? – Quê? - eu estava escutan