Coloquei Mel na cadeirinha do meu carro, e assim que ela entrou, já foi logo me perguntando:
- Quem é, mamãe?
- Essa é a Roberta, minha aluna, ela ficará uns dias em nossa casa. - Respondo.
- Por quê?
- Porque a mãe dela está viajando.
- E o pai dela? - Pergunta Melanie.
- Meu pai morreu quando eu tinha mais ou menos a sua idade. - Fala Roberta tristemente.
- Ah… - Diz Mel cabisbaixa. - Pausa. - Você gosta de brincar de boneca?
- Gosto. - Responde Roberta.
- Legal, eu tenho várias bonecas, você pode brincar com todas, se quiser. - Fala minha filha.
- Tá bem.
Observei as duas pelo retrovisor do carro, e dei um leve sorriso. Achei que Mel pudesse ter um pouco de ciúmes, já que além do Guille, eu não costumava conviver com outras crianças na presença da minha filha, mas para minha s
Mel e Roberta estavam se dando muito bem, estavam super amigas, eram quase irmãs, ficava tão feliz em vê-las juntas.Uns quatro dias depois, a mãe da Roberta voltou de viagem, nós não tivemos como conversar com ela antes disso porque ela estava em outro país e também não quisemos atrapalhar a viagem. Quando ela chegou, foi direto à escola, pois chegou na sua casa e não encontrou ninguém.A diretora conversou com a dona Carla, mãe da Roberta e explicou a situação. Eu estava presente na diretoria nesse momento, pois como eu estava cuidando da menina, dona Carmem achou bom eu estar junto. Assim que a Carla soube do ocorrido, ela começou a chorar desacreditada da situação, infelizmente eu acho que ela estava chorando pelo marido e não pela filha, o que me deixou completamente revoltada.Roberta foi embora com a mãe, mas ela
Já estava dirigindo a quase 3h. Havia deixado o celular desligado para Lucas não me ligar, com certeza a essas horas ele já devia ter percebido que nós fugimos e devia estar feito louco atrás da gente, estava com muito medo dele nos encontrar, mas tentava não cogitar essa hipótese.Olhei pelo retrovisor do carro e vi Mel dormindo. Senti tanta vontade de chorar, mas tentei conter as lágrimas. Eu não sabia o que fazer e nem pra onde ir, estava completamente perdida, sem rumo. Queria ir pra casa do meu pai, mas seria óbvio demais, certamente seria o primeiro lugar que Lucas iria me procurar.Depois de viajar de Búzios a Nova Friburgo, eu resolvi parar, já estava cansada e com um pouco de sono. Parei em um hotel, deixei meu carro no estacionamento, peguei a Mel no colo e pedi um quarto pra gente, ainda bem que estávamos em baixa temporada, pois senão eu não conseguiria
Mel dormiu com a Becky no quarto dela, as duas já eram melhores amigas, o que não me surpreendeu em nada, pois Melanie fazia amizade com todo mundo, era muito comunicativa, podia falar com uma criança menor ou até mesmo com uma pessoa da terceira idade, o que me deixava meio aborrecida, pois nunca gosti que ela falasse com qualquer pessoa e sempre a orientei a não conversar com estranhos na minha ausência e a não aceitar nada de estranhos.Mila tinha duas camas em seu quarto, pois as vezes alguma amiga dormia em sua casa, e ela achou melhor ter uma cama a mais, sendo assim, dormimos no mesmo quarto.Eu estava deitada, mas o sono não vinha, só pensava em tudo o que havia acontecido, tinha tanto medo de Lucas encontrar a gente. Droga! Tinha esquecido que eu havia trocado de número e não havia avisado o meu pai, ele devia ter tentado me ligar e talvez estivesse preocupado comigo, precisava avis&aa
Na segunda - feira, eu liguei pra diretora da escola e lhe falei o que havia acontecido, contei inclusive sobre as agressões.- Meu Deus! - Diz dona Carmen surpresa. - Por que você nunca me contou isso antes, querida?- Por medo. - Respondi. - Ele sempre me ameaçou, caso eu contasse a alguém. E por isso eu fugi com a minha filha. Desculpa, eu sei que eu me comprometi com a escola e eu não queria ter que deixar a escola na mão e nem os meus alunos que eu tanto amo.- Kimberly, claro que teus alunos sentirão a tua falta, mas não se preocupe em nos deixar na mão, eu me viro, dou um jeito, contrato outra professora, isso é o de menos, o que importa é você ficar bem.- Obrigada. - Digo.Desligo a ligação, e com a ajuda da Mila, eu tento pensar o que farei de agora em diante, ela estava sendo muito legal comigo em deixar a gente ficar em sua casa, mas eu n&ati
Matteo já havia ido embora. Mel e eu arrumamos as nossas poucas coisas, ela me ajudou super empolgada, estava feliz.- Como será a nossa vida agora, mamãe? - Perguntou Mel assim que nos deitamos para dormir.- Não sei, meu amor. - Falo. - Bom, assim que as coisas derem uma acalmada eu quero tentar conseguir um emprego e uma escola pra você.- Tomara que não demore muito, né mamãe?- É sim, meu amor.Lhe dei um beijo na testa e dormimos abraçadinhas naquela noite.No dia seguinte, pela parte da tarde, levei Mel no playground do condomínio, ela adorou essa parte. De repente um rapaz sentou do meu lado. Ele era um homem alto, cabelo castanho e crespo, olhos esverdeados e tinha barba, era mais velho que eu.- Desculpa, mas você não é daqui, é? - Ele me pergunta.- Eu me mudei ontem. - Falei.- Qual seu bloco?- H&ati
- Como foi com o Steve? - Me perguntou Mila assim que eu cheguei em casa.- Tudo ótimo, amiga. Steve é um cavalheiro, fazia tempo que eu não me sentia tão bem assim. - Falei.- Amiga, vai com calma. - Ela me diz.- Eu sei, não se preocupa, Steve é só um amigo.Mila me olhou meio desconfiada, mas Steve era de fato, apenas um amigo, seria bom eu ter amigos no condomínio.Minha amiga e eu fomos até o meu quarto e vimos Becky e Mel dormindo juntas em minha cama, eram tão fofas. Mila e eu nos olhamos e sorrimos ao ver a cena.- Bom, melhor a gente ir logo. - Ela diz.- Ai amiga, queria tanto poder te convidar pra dormir aqui, mas ainda não conseguimos nos organizar bem e estamos só com uma cama.- Não esquenta, tá tudo bem.Ela pega Becky no colo com cuidado para não acordar a garota, eu a agradeço por ter fic
Assim que os pais de Cinthia chegaram no colégio, à pedido da diretora, eu fui com a garota até a diretoria, e logo vi os dois sentados em umas cadeiras, Cinthia apenas me olhou, sem dizer nada, pude sentir o quão nervosa ela estava. Os pais dela a olham sérios, pareciam bravos.- Eu posso saber o que você aprontou? - Perguntou o pai de Cinthia para a garota.Cinthia me olhou novamente, parecia com um pouco de medo. Nos sentamos de frente para eles.- Eu não sei se consigo. - Disse Cinthia.- Consegue sim, querida. - Falei ao pegar em sua mão. - Coragem, estou aqui com você.- O que houve, filha? - Perguntou a mãe de Cinthia.A garota olhou para mim, e em seguida para os pais, e então, falou:- Bom… É que aconteceu uma coisa muito séria, não sei nem como contar isso. É que… Eu… Eu estou grávida
- Eca! - Fala uma doce voz.Me afastei de Steve às pressas, e olhamos Mel ali parada na porta do quarto.- Vocês estavam se beijando na boca. Que nojo!Sem saber o que dizer ou o que fazer, Steve e eu apenas rimos. Gente, imaginem a vergonha que eu fiquei da minha filhinha de apenas 4 anos vendo a mãe dela beijando um cara na boca, até quando eu era casada com Lucas evitava de ficar beijando ele na presença dela, a não ser selinho.- Vocês estão namorando? - Ela me pergunta.Olhei para Steve, que também não sabia o que fazer. E eu apenas digo:- Não, somos só amigos.- Eu não sabia que os amigos se beijavam na boca. - Ela diz.Steve e eu apenas rimos e continuamos arrumando o quarto dela, que ficou lindo, do jeitinho que ela queria.- Gostou do seu novo quarto? - Perguntei ao colocá-la para dormir em sua cama.- M