Saulo dirigia seu carro em direção para casa, ainda pensando nas palavras do homem, ele sabia que cada pessoa carregava uma dor, mas não tinha noção de que aquele casal tão alegre e confiante, havia passado por um golpe tão grande da vida e ainda assim, eram tão positivos.Chegando em casa, encontrou Denise na cozinha, ela acompanhava e cantava uma música, que tocava no som da casa, que estava super alto. A Moça não havia notado a presença do noivo, que a observava cantarolando na beira do fogão. Alguma coisa estava assando no forno, enquanto ela colocava uma panela no fogão. Era nítido a sua mudança de humor, por mais que sofresse, Denise estava tentando lidar com o sentimento de alguma forma.— O que está fazendo? — A voz dele saiu mais alta do que imaginava, por conta da música que tocava.O que acabou assustando Denise, que bateu o braço na colher que estava perto do fogão, a deixando cair no chão.— Está tudo bem? — Se aproximou dela. — Você se machucou? — Não, está tudo bem. —
Ao ouvir o pedido da mulher, ele se levantou rapidamente, andando para perto dela.— Isso não! — Respondeu firme.— Você disse que faria qualquer coisa. — Ela indagou.— Jamais imaginaria que você me pediria algo tão absurdo assim!— Por favor, eu preciso olhar nos olhos dela, Saulo. — Tocou a mão do noivo.— Por que quer fazer isso? Ainda mais agora que você já está se sentindo melhor, por que eu iria te levar no lugar que tanto te fez mal, e deixar você ver aquela mulher que só nos causou tanta dor e sofrimento?— É por isso, entende? Eu quero que ela veja que independente do que nos fez, quero que saiba que fracassou, eu tenho certeza que ela se lembra de mim com uma feição desesperada e abatida, não posso deixar que ela se sinta vitoriosa, mesmo estando naquele lugar.— Dê, você não ouviu o Francisco e a Dalva? Eles nos disseram para deixarmos o passado para trás e olharmos para a frente. — Não há como deixar o passado para trás, tendo algo ainda que precisa ser concluído.— More
George percebeu que o filho havia ficado novamente sério.— Acha que é uma boa ideia? — Perguntou com uma expressão preocupada.— Não, não acho. Acho que voltar lá é um absurdo, mas devo apoiar minha futura esposa, quero que ela fique bem, e se ficar bem, significa ir até lá, irei apoiá-la, independente do que penso ou não.— Tem razão. Mas não se preocupe tanto, Betty não pode fazer mais nada contra ela.— O senhor acha mesmo isso? Tem gente que pelo simples fato de existir, faz mal às pessoas pai. — O corrigiu.— Eu sei, mas sei que com você ao lado dela, nada de mal poderá acontecer. Me sinto culpado às vezes filho, se não fosse por meu problema, você não teria precisado ficar longe dela. — O homem lamentou.— Vamos parar com isso. Os únicos culpados nesta história estão todos presos. Estou aliviado que o Adam e o Harry também foram pegos e estão pagando pelo que fizeram.— Mas… — O homem tentava falar.— Deixa de pensar isso. — O interrompeu. — Nós não podemos nos responsabilizar
Era manhã de sexta-feira, quando o casal saía do hotel rumo a penitenciaria feminina de Londres. Saulo não estava nada animado com a visita à mãe, de certa forma, estava magoado, não tinha intenção nenhuma de rever àquela mulher novamente, queria seguir a vida no Brasil e riscar Londres do mapa. Mesmo que esta fosse a sua cidade natal e tivesse lindas memórias de infância. Sentia que nunca mais teria o mesmo sentimento por aquele lugar, não importava quanto tempo passasse.Após preencher toda a papelada, Denise foi a primeira a entrar para visitar Betty, ela pediu cinco minutos a sós com a mulher, antes de Saulo entrar também.Ela sentou-se numa cadeira, onde do outro lado, esperava Betty chegar e se sentar também, o que as separava era apenas uma bancada de vidro, onde se comunicariam por meio de um interfone, não teriam nenhum contato físico.Não demorou muito, Betty apareceu acompanhada de uma policial feminina, ela estava algemada.— Você? — Ao ver quem a visitava, a mulher se sur
Após a visita à prisão, o casal havia marcado um almoço na casa dos amigos Mark e Angelina, que ficaram muito felizes em ver como Denise estava se recuperando bem dos traumas, e seguindo a sua vida com seu companheiro.O almoço na casa dos amigos estava delicioso, todos resolveram conversar apenas de coisas agradáveis, deixando de lado todas as memórias tristes para atrás. Denise e Saulo deixaram bem claro que os queria como padrinhos em seu casamento, que iria acontecer em breve no Brasil. Seria algo simples, apenas com as pessoas mais próximas que o casal gostava e que fizeram parte da história dos dois. Eles passaram um bom tempo na casa dos amigos conversando.Quando dirigia para o hotel, Saulo teve uma ideia.— Se não estiver muito cansada, podemos ir à noite ao museu britânico. — Disse animado.— Amei a ideia. Quero conhecer todos os lugares possíveis com você. — Ela respondeu com a mesma empolgação. — Mas antes, queria ir comprar algo para o estômago, comi demais na casa da A
Já no consultório do ginecologista, o casal esperava os resultados que o médico pediu para realizarem.— Há vários fatores que podem fazer que um teste de farmácia dê o resultado positivo. — O médico começava a falar, já com os resultados dos exames em mãos. — Pode ser a forma errada que fez o teste, o uso de medicamentos, problemas de saúde e... — Enquanto falava, o médico tirava os papéis do envelope, lendo mentalmente até parar de falar. — Acho que devemos refazer estes exames.— Por que doutor, há algo de errado com minha noiva? — Saulo perguntou preocupado.— Esse resultado acabou também dando positivo sobre gravidez da senhorita Denise. — O médico respondeu surpreso.Saulo ficou em silêncio por alguns segundos e sua cara não negava que havia uma grande interrogação em sua cabeça.— Irei pedir que colham seu sangue outra vez, senhorita Denise.— Por que não realizamos uma ultrassonografia? — Denise sugeriu. — Vamos acabar logo com isso.Deitada sobre a cama, o médico introduziu
Quando chegaram de volta em casa, o casal combinou de não contar nada a ninguém sobre a gravidez antes da hora certa. Apesar que a expressão deles mostrava que alguma coisa muito boa havia acontecido.— Que tal jantarmos na casa de meu pai e da Cora hoje a noite? — Saulo perguntou. Já se fazia dois dias que os dois haviam chegado ao Brasil.— Tudo bem. Ela andou em direção ao quarto, ele a seguiu.— O que vai fazer agora? — Perguntou interessado.— Vou desfazer as malas, preciso organizar a bagunça que fizemos, desde que chegamos aqui.— Você quer que eu te ajude?— Por favor. — Ela riu. — É muita coisa para uma pessoa só.— Não se preocupe, eu farei tudo sozinho, você só precisa me dizer onde quer que eu guarde as coisas, não quero que se esforce em nada.— Não fale desse jeito, se não irei me aproveitar de você.— Te dou a liberdade para fazer o que quiser comigo, até esse bebezinho chegar.— Tem certeza disso?— Sim.— Então quero uma massagem nos pés.— Só isso? Achei que iria a
A cerimônia começou com a entrada dos padrinhos. Primeiro entraram Mark e Angelina, depois, Oliver e Aurora com os gêmeos no colo, logo após, Saulo entrou acompanhado de Cora. Alice veio atrás, toda linda, jogando pétalas de flores no chão, mas quando chegou perto de onde Aurora estava, jogou algumas pétalas no rosto dela, fazendo careta e mostrando a língua, demostrando que ainda estava bem contrariada com a irmã, que não parou para escutar o que ela tinha para dizer. Após isso a noiva entrou.Denise estava lindíssima, seu vestido parecia de uma verdadeira princesa, a maquiagem havia lhe caído bem como uma luva, seu buquê era de flores coloridas, e para completar a sua beleza, ela colocou um longo mega-hair preto, que parecia com seu cabelo antes de ser cortado. Como ela queria a melhor lembrança daquele casamento, não poderia deixar que aquilo passasse despercebido.Quando Saulo a viu, logo colocou a mão no coração e começou a chorar, Oliver, que estava do seu lado, chegou a segurá