George percebeu que o filho havia ficado novamente sério.— Acha que é uma boa ideia? — Perguntou com uma expressão preocupada.— Não, não acho. Acho que voltar lá é um absurdo, mas devo apoiar minha futura esposa, quero que ela fique bem, e se ficar bem, significa ir até lá, irei apoiá-la, independente do que penso ou não.— Tem razão. Mas não se preocupe tanto, Betty não pode fazer mais nada contra ela.— O senhor acha mesmo isso? Tem gente que pelo simples fato de existir, faz mal às pessoas pai. — O corrigiu.— Eu sei, mas sei que com você ao lado dela, nada de mal poderá acontecer. Me sinto culpado às vezes filho, se não fosse por meu problema, você não teria precisado ficar longe dela. — O homem lamentou.— Vamos parar com isso. Os únicos culpados nesta história estão todos presos. Estou aliviado que o Adam e o Harry também foram pegos e estão pagando pelo que fizeram.— Mas… — O homem tentava falar.— Deixa de pensar isso. — O interrompeu. — Nós não podemos nos responsabilizar
Era manhã de sexta-feira, quando o casal saía do hotel rumo a penitenciaria feminina de Londres. Saulo não estava nada animado com a visita à mãe, de certa forma, estava magoado, não tinha intenção nenhuma de rever àquela mulher novamente, queria seguir a vida no Brasil e riscar Londres do mapa. Mesmo que esta fosse a sua cidade natal e tivesse lindas memórias de infância. Sentia que nunca mais teria o mesmo sentimento por aquele lugar, não importava quanto tempo passasse.Após preencher toda a papelada, Denise foi a primeira a entrar para visitar Betty, ela pediu cinco minutos a sós com a mulher, antes de Saulo entrar também.Ela sentou-se numa cadeira, onde do outro lado, esperava Betty chegar e se sentar também, o que as separava era apenas uma bancada de vidro, onde se comunicariam por meio de um interfone, não teriam nenhum contato físico.Não demorou muito, Betty apareceu acompanhada de uma policial feminina, ela estava algemada.— Você? — Ao ver quem a visitava, a mulher se sur
Após a visita à prisão, o casal havia marcado um almoço na casa dos amigos Mark e Angelina, que ficaram muito felizes em ver como Denise estava se recuperando bem dos traumas, e seguindo a sua vida com seu companheiro.O almoço na casa dos amigos estava delicioso, todos resolveram conversar apenas de coisas agradáveis, deixando de lado todas as memórias tristes para atrás. Denise e Saulo deixaram bem claro que os queria como padrinhos em seu casamento, que iria acontecer em breve no Brasil. Seria algo simples, apenas com as pessoas mais próximas que o casal gostava e que fizeram parte da história dos dois. Eles passaram um bom tempo na casa dos amigos conversando.Quando dirigia para o hotel, Saulo teve uma ideia.— Se não estiver muito cansada, podemos ir à noite ao museu britânico. — Disse animado.— Amei a ideia. Quero conhecer todos os lugares possíveis com você. — Ela respondeu com a mesma empolgação. — Mas antes, queria ir comprar algo para o estômago, comi demais na casa da A
Já no consultório do ginecologista, o casal esperava os resultados que o médico pediu para realizarem.— Há vários fatores que podem fazer que um teste de farmácia dê o resultado positivo. — O médico começava a falar, já com os resultados dos exames em mãos. — Pode ser a forma errada que fez o teste, o uso de medicamentos, problemas de saúde e... — Enquanto falava, o médico tirava os papéis do envelope, lendo mentalmente até parar de falar. — Acho que devemos refazer estes exames.— Por que doutor, há algo de errado com minha noiva? — Saulo perguntou preocupado.— Esse resultado acabou também dando positivo sobre gravidez da senhorita Denise. — O médico respondeu surpreso.Saulo ficou em silêncio por alguns segundos e sua cara não negava que havia uma grande interrogação em sua cabeça.— Irei pedir que colham seu sangue outra vez, senhorita Denise.— Por que não realizamos uma ultrassonografia? — Denise sugeriu. — Vamos acabar logo com isso.Deitada sobre a cama, o médico introduziu
Quando chegaram de volta em casa, o casal combinou de não contar nada a ninguém sobre a gravidez antes da hora certa. Apesar que a expressão deles mostrava que alguma coisa muito boa havia acontecido.— Que tal jantarmos na casa de meu pai e da Cora hoje a noite? — Saulo perguntou. Já se fazia dois dias que os dois haviam chegado ao Brasil.— Tudo bem. Ela andou em direção ao quarto, ele a seguiu.— O que vai fazer agora? — Perguntou interessado.— Vou desfazer as malas, preciso organizar a bagunça que fizemos, desde que chegamos aqui.— Você quer que eu te ajude?— Por favor. — Ela riu. — É muita coisa para uma pessoa só.— Não se preocupe, eu farei tudo sozinho, você só precisa me dizer onde quer que eu guarde as coisas, não quero que se esforce em nada.— Não fale desse jeito, se não irei me aproveitar de você.— Te dou a liberdade para fazer o que quiser comigo, até esse bebezinho chegar.— Tem certeza disso?— Sim.— Então quero uma massagem nos pés.— Só isso? Achei que iria a
A cerimônia começou com a entrada dos padrinhos. Primeiro entraram Mark e Angelina, depois, Oliver e Aurora com os gêmeos no colo, logo após, Saulo entrou acompanhado de Cora. Alice veio atrás, toda linda, jogando pétalas de flores no chão, mas quando chegou perto de onde Aurora estava, jogou algumas pétalas no rosto dela, fazendo careta e mostrando a língua, demostrando que ainda estava bem contrariada com a irmã, que não parou para escutar o que ela tinha para dizer. Após isso a noiva entrou.Denise estava lindíssima, seu vestido parecia de uma verdadeira princesa, a maquiagem havia lhe caído bem como uma luva, seu buquê era de flores coloridas, e para completar a sua beleza, ela colocou um longo mega-hair preto, que parecia com seu cabelo antes de ser cortado. Como ela queria a melhor lembrança daquele casamento, não poderia deixar que aquilo passasse despercebido.Quando Saulo a viu, logo colocou a mão no coração e começou a chorar, Oliver, que estava do seu lado, chegou a segurá
Ao ver o que realmente estava acontecendo, ele começou a ficar nervoso com a situação.— Fica calma, respira e inspira. — Saulo disse desesperado.— Eu estou calma. — Ela respondeu tranquilamente.— Eu vou pegar as coisas da bebê, você não se mexe e nem saia daqui por nada.— Espera, vou tomar banho antes de irmos para o hospital. — Levantou-se e foi para o banheiro.— Você é louca? E se a bebê escorrega e cai aí no chão? — Perguntava desacreditado, vendo que ela tirou a camisola e ligou o chuveiro.— Acha que é tão simples assim? Escorregou e saiu? — Ria da cara do marido.Saulo não conseguia acreditar em quão calma a esposa estava, lidando com aquela situação.— Morena, a Elisa está para nascer e você está com essa calma toda?— Quer que eu faça o quê? Vou deixar para gritar quando as dores ficarem mais fortes. — Brincou.— Meu Deus! — Andava de um lado para o outro dentro do banheiro, com medo da mulher precisar de algo.Após terminar o banho, Denise foi para o quarto calmamente. S
Já no quarto com Denise e a filha, uma enfermeira auxiliava a sua esposa que estava amamentando sua bebê.Ele se aproximou das duas, quando a enfermeira saiu de perto.— Ela se parece tanto com você, amor. — Denise dizia, olhando sua pequenina em seus braços, seus olhos estavam cheios de lágrimas. — Não posso acreditar que ela está aqui, nós conseguimos.— Você conseguiu. Isso que você quer dizer, não é mesmo? Porque se fosse depender de mim, estaríamos perdidos. — Saulo corrigiu. — Nunca pensei que você fosse tão forte assim, eu não tenho palavras para descrever tudo isso.— Nem eu, amor, nem eu!Ela se lembrou das dores e de como apertava a mão do marido, nas horas que achava que não iria conseguir, também acabava morrendo de rir quando Saulo desmaiava e isso acabou ajudando um pouco a esquecer a dor no momento.Após algumas horas, Oliver e Aurora chegaram.— Que coisinha mais fofa, Denise. — Aurora e Oliver babavam na pequena bebê que dormia lindamente. — Tão cabeludinha. — Ressalt