Aviso: Isso é uma história fictícia, os assuntos retratados aqui podem causar gatilhos em algumas pessoas, lembrando, não estou de acordo com nenhuma atitude aqui. Betty Taylor entrou pela porta da cozinha com uma cara de poucos amigos.Cora disfarçou, fingindo não ter visto a mulher no quintal agora a pouco, sabia que Betty estava aprontando alguma coisa, já que ela nunca conversava com os funcionários pessoalmente, sempre mandava recado por Cora caso tivesse alguma reclamação ou ordem para dar.— A selvagem já chegou Cora? — Perguntou ríspida.— A senhorita Denise já chegou, sim, senhora.— Já disse que não quero que a chame de senhorita, não me ouviu? Está querendo me desafiar por acaso, Cora? Não me faça ficar contrariada com você, se não te mando para o olho da rua, estamos entendidas? Imagina aí como ficaria sua situação, ninguém em sã consciência, contrataria uma velha que já está com o pé na cova.— Trabalho nesta casa há tantos anos senhora, e nunca lhe faltei com o respeito
Denise ainda estava desacordada dentro do carro que a levava para o hospital, em sua cabeça, havia um hematoma, Angelina se sentia culpada por não conseguir chegar a tempo de interferir naquela tragédia.Seu marido Mark dirigia o carro em alta velocidade, tentaria chegar ao hospital o mais rápido possível, temia pela vida da moça e do bebê que estava em sua barriga. Chegaram no hospital em menos de 15 minutos.Denise já foi sendo imediatamente atendida, enquanto Mark tentava contatar Saulo.Cora foi para a delegacia prestar queixa contra Betty Taylor e os dois funcionários, que acabaram fugindo do lugar quando viram a polícia chegando.Betty foi presa em flagrante, e levada para a delegacia. Quando os policiais deram voz de prisão, a mulher gritou, esperneou, cuspindo na cara de um dos policiais, insultando sua farda e dizendo que ele não fazia ideia com quem estava se metendo.Mark não conseguindo ligar para Saulo, pois seu telefone só dava fora de área, então acabou ligando para o h
O médico entrou no quarto onde os dois estavam.— Com licença, como se sente senhorita Denise?— Doutor, como está meu bebê? — Foi direta e perguntou o que estava te preocupando.Saulo e o médico se entreolharam. O doutor percebeu o quanto o homem estava abatido, para dizer algo a noiva.— Senhorita Denise… — ponderou — Sinto muito… Tentamos de tudo para salvar seu bebê, mas infelizmente não conseguimos.— O quê? — Sua voz se embargou.— Eu sinto muito mesmo, nesse momento peço que foque em sua recuperação, a senhorita sofreu uma queda muito brusca e infelizmente houve uma lesão gravíssima, tentamos contornar. Preciso que se não se esforce muito, ou será impossível que engravide novamente…Denise não conseguia ouvir mais nada do que o médico falava, sua mente estava apenas em seu bebê.— Não pode ser! Não pode ser, Saulo, fala alguma coisa!Denise gritava no quarto, enquanto Saulo chorava num canto, com as mãos na cabeça. O que ele diria a ela?Ela se debatia na cama, chorando feito l
Ao ver o temperamento do filho, Betty se assustou.— Filho, o que quer dizer com isso?— Você tem noção do que fez, Elisabetty? Você agiu como um monstro. Pode ter certeza, se depender de mim, irá morrer na prisão, sozinha, sem nunca mais ver a luz do dia.— Que tipo de filho é você, que prefere ficar do lado de uma estrangeira do que da mãe? — Indagou.— Que tipo de mãe é você, que não respeitou a decisão do filho? Você agrediu minha mulher, você matou o meu filho!— Eu não sabia que ela estava grávida, eu só queria dar um susto nela e abaixar aquele nariz empinado.— Você pagou o Adam e o Harry para ajudá-la a cometer um crime, quando eu pôr a mão naqueles dois, juro que eles irão se arrepender de ter nascido, pode ter certeza.— Se você tivesse me ouvido desde o primeiro dia, isso não teria acontecido, eu disse que não gostei dela e nem aceitava vocês dois. — Se defendeu.— Você devia no mínimo respeitar minha escolha, meu erro foi acreditar que você poderia mudar de ideia com o te
Saulo e Oliver saíram no carro e dirigiam em direção ao lago, que ficava próximo da mansão, virando uma curva, Saulo viu uma grande casa.— Você mandou derrubar a velha cabana?— Sim, ela não estava dando ao lugar a vista que ele merecia.— Por que está construindo uma casa nova? — Saulo perguntou.Oliver desligou o carro e os dois homens desceram do carro.Havia trabalhadores na casa, fazendo a pintura, enquanto outros montavam alguns móveis.— Seria uma surpresa, para o dia de seu casamento. — Oliver revelou.— O quê? — Perguntou surpreso.— Esse seria meu presente de casamento para vocês.— Esta casa?— Sim, qual foi, não gostou?— Claro que gostei, Oliver… você… — Saulo estava sem palavras.— Você sabe que é como um irmão para mim, e a Aurora adora a Denise, será bom que sejamos vizinhos, não é mesmo? Além do mais, Denise continuará ao lado dos tios.— Oliver, sério cara, eu estou sem palavras.Os olhos de Saulo se encheram de lágrimas, e se não estivesse passando por tantas coisa
Seis meses se passaram, e com eles, algumas mudanças, uma delas bem radical.Saulo e Denise se mudaram para a nova casa, duas semanas após chegarem ao Brasil, o presente dado por Oliver ajudou muito o casal a ter sua privacidade, já que Denise havia deixado claro que não queria visitas, nem conversar com ninguém, nem mesmo com os tios, o que deixou todos abalados.A notícia de sua depressão abalou a todos, já que ela era conhecida por sua alegria e brincadeiras, todos ali naquele lugar, a tratavam como se fosse da própria família, e queriam ajudar de alguma forma, mas seriam pacientes, devia respeitar o tempo da moça, estavam sempre dispostos a fazer o que fosse preciso, mas respeitavam toda a dor e o espaço que ela precisava.Apesar de terem se mudado para a mesma casa, Denise começou a dormir em um quarto separado, no começo, Saulo não havia falado nada, pois sabia que a noiva estava passando por um tempo delicado, mesmo sabendo que aquela não seria uma boa opção, pois queria que os
Dois dias após aquela conversa desagradável com Denise, Saulo tentava desfazer da cabeça da mulher a ideia sobre separação, porém, tudo parecia em vão, pois ela vivia o ignorando.Era sexta-feira e ele estava no escritório da vila, quando seu celular tocou, logo viu que era uma chamada de Oliver.— Fala cara.— E aí Saulo, estou te atrapalhando? — Oliver perguntou.— Não, claro que não, pode falar.— Será que você poderia pegar a Alice na escolinha para mim? Estou na capital com a Aurora, fazendo os exames de rotina dos garotos, e o Joaquim levou a Lúcia na casa de uma parente, mas o carro quebrou no caminho, e ele não conseguirá chegar a tempo de buscá-la.— Claro, irei agora.— Obrigado amigo, você pode deixá-la com a Fernanda lá em casa, tudo bem?— Quem é Fernanda? — Perguntou confuso.— É a nova babá que contratamos, é muito difícil dar conta desse tanto de criança sozinhos.— Tudo bem, eu a levarei para casa.Saulo saiu do escritório e dirigiu até a escolinha da vila, logo que d
Uma semana após a visita de Alice naquela casa, Denise não parava de olhar para aquele desenho.Seu coração estava pesaroso, como se fosse morrer a qualquer momento, com um sentimento que não conseguia explicar, sabia que não poderia ficar daquele jeito, mas não conseguia fazer nada para mudar os sentimentos e pensamentos em sua mente. Olhando para a vista que tinha de sua janela, decidiu tomar um banho bem demorado. Colocou uma roupa fresca, calçou um chinelo e foi andar pela casa.Tereza, a funcionária que Saulo havia contratado para cuidar da casa, ainda não havia chegado, então, por ser cedo demais, ela ainda estava sozinha, já que Saulo havia retornado a sua vida normal, tendo que sair mais no dia de hoje.Ela saiu no quintal de casa e observava o lugar, em sua mente, se perguntava se conseguiria voltar a ter uma vida normal novamente.Caminhou pelo vasto terreno e logo se viu na estrada que levava para uma das grandes plantações, lembrou-se que amava aquele caminho, foi ali que