Saulo já havia terminado de se arrumar no banheiro e adentrou o quarto.— Já está pronta? — Perguntava a amada, enquanto terminava de passar seu perfume. — Ainda não. — Ela respondeu, enquanto começava a passar a base no rosto. — Começarei a me maquiar agora.— Meu Deus, por que mulheres demoram tanto para se arrumar? — Levantava as mãos para o céu, em busca de respostas.— Não seja chato, se quiser pode ir à frente, tudo bem? Não fica me dando pressão não, quando estiver pronta, irei descer, vai ver se seus amigos já chegaram, olha se a decoração está de acordo com seu gosto, vê se há comida o suficiente para todos, sei lá, faça alguma coisa! E me deixa aqui, só vou sair, quando minha maquiagem estiver perfeita, e quero arrasar no delineado, se você estiver aqui dentro me dando pressão, irei ficar parecendo a Cleópatra.— Você é linda de qualquer jeito, morena, nem sei para quê todo esse reboco na cara. — Ria, sabendo que ela iria se estressar.— Mas já que gosta, tudo bem! Vou desce
O salão de festa já estava cheio, várias pessoas elegantes estavam conversando, enquanto o som de um violino, ecoava pela grande sala.Betty Taylor sorria, ao conversar com Arya sobre algo que havia feito há alguns minutos.— Tinha que ter visto a cara dela, ficou sem reação, aposto que quando saí e fechei a porta, começou a chorar feito uma criança. — Ria, tentando não chamar muito a atenção.— Acha que vai dar certo tia? — Arya estava ansiosa. — Será que apenas isso, vai poder pará-la.— Ela não terá outra coisa elegante para vestir, e com certeza, não irá descer com qualquer roupa, não acredito que ela tenha coragem de querer envergonhar meu filho, ainda mais na frente dos amigos. — Explicou.— Tia, sabia que faria algo, mas não imaginava que chegaria a esse extremo.— Tem coisas que é melhor falar na língua desse povo mesmo! Para aprenderem, essa selvagem não terá coragem de envergonhar o Saulo, com certeza, irá se trancar naquele quarto e chorar a noite inteira, lamentando e quer
Enquanto o casal andava de mãos dadas, pelo salão, sendo observados por todos. Arya procurava por Betty, que havia saído dali, muito nervosa. Pensou que a mulher havia subido para o quarto, mas ao encontrar a governanta da casa, descobriu que Betty estava no jardim.Chegando ao local, viu que a tia não estava nada bem, suas mãos tremiam e ela suava frio.— Tia, você está bem, por que saiu daquele jeito? — Perguntou preocupada.— Como posso estar bem, se essa selvagem ousou me desafiar?— Calma tia, vamos tentar outra coisa, não podemos nos dar por vencidas, na primeira batalha perdida.— Eu sei, estou tentando pensar em algo, mas nada me vem à cabeça agora, só consigo pensar que neste momento, ela está desfilando por aquele salão, sorrindo, como se fosse uma de nós.— Fica calma, eu tenho uma ideia. — Sorriu diabólica olhando para a tia, que ao ver a empolgação da moça, se recompôs, sorrindo igualmente.— Diga Arya, eu quero muito ouvir você, minha querida.[...]No salão, Saulo parou
Denise correu imediatamente para onde o noivo havia ido e viu Saulo tentando levantar o pai desacordado.— Pai, acorda, pai! — Saulo gritava desesperadamente. — Chamem um médico imediatamente! — Pediu. Era nítido seu desespero, seu pai não acordava de modo algum, ele não podia acreditar que o homem que conhecia por ter a saúde de ferro, estava em seus braços, tão desfalecido.— Chamamos uma ambulância, mas vai demorar demais, é melhor o levarmos no carro, para o hospital. — Disse um dos homens, que tentava ajudar.Depressa, Saulo, com ajuda de alguns dos amigos, carregou o pai no colo, até um carro que já estava à espera deles, saindo dali apressados, sob os olhares das pessoas que estavam no salão.Angelina, ficou com Denise, já que era o marido que estava dirigindo o carro que levava George Taylor para o hospital.— Vai ficar tudo bem, Denise, não se preocupe. — Abraçou a moça, que estava com olhar desesperado.— Você viu como o Saulo estava preocupado? Quero ir com ele também, Ang
— Não tenho o telefone dela, para falar a verdade, as coisas não estão sendo nada fáceis por aqui. — Sua voz ficou triste.— Como assim? — Aurora perguntou preocupada.— A mãe dele não gosta de mim, se você observasse o tipo de pessoa que ela é, ficaria chocada, do mesmo jeito que estou. Desde que cheguei, tivemos zero diálogo, e sempre que nos vemos, é desagradável! Me julga pela minha aparência, nacionalidade, condição social, e mais um milhão de coisas, me olha da cabeça aos pés, é altiva, soberba, desrespeitosa, se acha a rainha do país e dona da razão.— Denise, eu sinto muito, não sabia destas coisas, de tudo que me contou agora sobre ela, fico assustada, com o que pode passar por aí. — Preocupou-se.— Tudo bem, eu até sabia que ela não me aceitaria de primeira, mas não estava esperando por certos acontecimentos, pense numa pessoa preconceituosa, nem ao menos conversou comigo, no primeiro dia que me viu, já virou as costas, me julgando como se eu fosse alguém que não presta.— A
— Estados Unidos? Com assim, por quanto tempo? — Balbuciava, tentando assimilar o que ouvia.— Fiquei sabendo que tem um médico muito bom por lá, só agora que descobrir que meu pai estava tratando com ele, há algum tempo, como ele já o conhece, pode continuar a tratar do papai e conseguir que tenha o mínimo de sequelas possíveis, o tempo será de acordo a resposta que meu pai dará aos tratamentos, mas prometo que farei de tudo para ser o mais breve possível. Dê, eu não sabia que meu pai estava muito doente, agora que estou sabendo, não posso ignorar esta questão, ele escondeu isso tanto tempo de mim.— Mas… — Ela tentava assimilar. — Irei com você, não é? Não posso ficar aqui nesta casa sozinha.— Dê, eu estou indo para ficar com meu pai no hospital, não posso levá-la, não é uma viagem a passeio, não poderei ficar com você ou te dar atenção, estará sozinha do mesmo jeito se for e, além disso, queria te pedir um favor, do fundo do meu coração.— Favor, que favor? — Tinha medo do que pod
Pela manhã, Angelina havia mandado um carro buscar Denise, para saírem e tomarem café juntas. O local escolhido pela moça, foi um café ao ar livre, com vista para a grande London Eye. O lugar era muito requintado, mesmo que já estivesse acostumada a frequentar esses ambientes com Saulo, ainda não havia se acostumado com tanto luxo.— Que bom que pediu que alguém me buscasse, quero evitar pedir favores ou algo do tipo, aos funcionários daquela casa. — Denise Confessou.— Não deveria evitar, já que são seus funcionários também, você é a noiva do Saulo, e logo será a futura senhora Taylor, as pessoas devem se acostumar com isso querendo ou não, obedecer a suas ordens, é o mesmo que obedecer ao Saulo.— Eu não me importo com essas questões, na verdade, na altura do campeonato, nem queria que o Saulo fosse rico, assim evitaria muitas coisas, esse negócio de condição social e família tradicional, só está atrapalhando as coisas entre nós, às vezes queria que ele fosse uma pessoa comum, talve
Entendendo o que Denise acabara de falar, Angelina sorriu entusiasmada.— Eu sabia! — Exclamou. — Desde ontem que te conheci, notei que havia algo diferente em você.— Está tão na cara assim? — Denise perguntou tímida.— Não tão, confesso, mas algumas atitudes suas denunciaram, ontem você passou a mão na barriga umas duas vezes, desse mesmo jeito que fez agora, eu até ponderei perguntar antes, mas, aconteceu tudo aquilo tão rápido e foi aquele reboliço todo. Me diz, como o Saulo reagiu à notícia?— Ele ainda não sabe. — Denise fez uma cara triste. — Eu descobri dois dias antes de viajarmos para cá, não esperava, e confesso que fiquei surpresa, já que sempre me cuidei, mas como dizem por aí, nenhum método contraceptivo é cem por cento confiável, foi o que aconteceu comigo, porque sempre planejei um filho bem mais para frente, após o casamento para ser mais exata. Como já estava de viagem marcada para conhecer os pais dele, e nos casarmos em seguida, decidi que farei uma surpresa, no di