Deixando o homem na recepção, Noah foi para o seu quarto, onde pegou o celular para ligar para o pai, que não parava de ligar e mandar mensagens, desde que ele saiu de casa.— Oi, pai. — Que bom que me ligou filho, eu já estava começando a ficar preocupado.— Mandei mensagem dizendo para não se preocuparem, eu sei me cuidar.— Sei que sabe, nunca duvidei disso, estou apenas preocupado porque você está num lugar desconhecido e esse seu carro pode chamar a atenção de pessoas com más intenções. — Sei. Realmente ele chama muito a atenção, mas estou atento.— A sua mãe está sentindo muito a sua falta, eu pedi que você conversasse com ela aquele dia, para que não ficasse nenhum mal-entendido entre vocês, por que não conversaram?— Vou conversar com ela não se preocupe, só preciso de um tempo para mim. O senhor me entende um pouco?— Quero entender… — A última coisa que queria era arrumar confusão com o filho. — Como estão as coisas por aí? Mesmo que não quisesse saber nada, sobre assunto
A mulher se admirou com a fala do rapaz, percebendo o quão maduro ele era.— Vejo que você foi muito bem-educado pelos seus pais. Estou muito feliz em saber que tenho um sobrinho, e que ele é um homem muito inteligente, integro e além de tudo, muito bonito. — Obrigado por me falar um pouco sobre a Liana, eu queria tirar as minhas próprias conclusões em relação a ela.— Você cogita ficar quanto tempo na cidade, Noah?— Bem, agora que nós já conversamos, acho que não tenho mais nada a fazer aqui.— Não fala assim! — Luana interrompeu. — Acabamos de conhecer, você não pode ir embora assim do nada.— É Verdade, você é meu sobrinho porque não fica mais um pouco na cidade? — Marta concluiu.— Essa viagem não foi panejada, então não posso ficar muito tempo aqui, eu deixei meu trabalho e preciso voltar às minhas obrigações.— Fica pelo menos esse fim de semana. — Luana pediu. — Está tendo uma vaquejada aqui perto, você disse que mora numa fazenda, não é mesmo? Deve gostar dessas coisas.— Go
Oliver percebeu que o que falou acabou sendo mal interpretado pelo filho.— Porque você é o meu filho! O sangue que corre em suas veias é o meu também, e aqui sempre foi e será o seu lugar.— Pai, só me escuta, estou gostando da minha experiência aqui, e já sou um adulto, me deixa tomar minhas próprias decisões, se não quiser que ela fique aí, eu posso deixá-la na casa de praia.Vendo que o rapaz estava decidido, resolveu ceder.— Você tem razão, já é um adulto, e essa casa também é sua. Você pode trazer quem quiser para cá. Conversarei com a sua mãe e avisarei que teremos visita em breve. É um erro querer colocar sobre os ombros de outra pessoa, uma culpa que não é dela.— Sabe o que mais gosto no senhor? O seu jeito de me entender. — Sou seu pai, é minha obrigação tentar compreender você. Tome cuidado na estrada, quando se cansar, pare para descansar, não tenha pressa em chegar.— Tudo bem, até mais pai.De madrugada, Noah e Luana pegaram a estrada. Foi a viagem mais divertida que
— Amor já cheguei!De longe, Oliver escutou a voz de Aurora, se aproximando de onde ele estava, sem entender aquela situação, viu Liana saindo dali depressa, então piscou mais algumas vezes, para ter certeza de que o que viu foi realmente verdade e não uma alucinação de sua cabeça.Liana estava ali parada, lhe observando, embora os anos tenham se passado, ela continuava jovem, do mesmo jeito de quando a conheceu.— O que está fazendo aqui? — Aurora entrou no galpão, encontrando o marido apenas de cueca.Ainda sem entender o que aconteceu, ele tentou se recompor, pensando que aquilo foi apenas coisa de sua imaginação. Já que desde que Noah saiu de casa, as lembranças em relação à Liana voltaram a tona. — Acabei de chegar da plantação e estava cheio de lama, não quis entrar sujo em casa.— E se alguém te visse assim? Não sabe que tenho ciúmes desse seu corpo? — Não precisa ter ciúmes do que é seu.— Vamos aproveitar que estamos sozinhos em casa, Oliver? Já faz tempo que isso não acont
O barulho da taça se quebrando assustou as pessoas que estavam na sala, fazendo com que todos olhassem para Saulo, que estava paralisado, olhando para um ponto fixo.— Que bom que estão todos aqui, quero que conheçam a minha prima, Luana.Todos olharam para a moça, como se estivessem vendo um fantasma. — Prima? Como assim? — Henri perguntou.— Sim… — Noah respondeu. — Nossos pais não contaram a vocês? — Do que você está falando? — Questionou Gael.— Diferente de vocês, a Aurora não é minha mãe biológica.— O quê? — Perguntaram em uníssono.Gael levantou-se assustado.— É isso aí. Achei que vocês já estavam sabendo.— Decidimos que contaríamos a eles quando estivéssemos todos juntos. — Aurora interrompeu a conversa. Já que percebeu que o marido estava em silêncio, aparentemente chocado com a moça que estava ali na sala. Ela também ficou, porém, não quis transparecer, já que estava mais preocupada em ter o filho de volta e por perto.— Luana, essa é a minha família. — Foi apresentan
— O que está acontecendo aqui? — Oliver perguntou, andando em direção à esposa a abraçando.— A Aurora não está nada bem com essa situação. Como foi que você deixou a cópia da Liana vir parar aqui? — Denise perguntou nervosa.— E eu lá sabia, que essa garota se pareceria tanto com a Liana? — Respondeu no mesmo tom que Denise havia usado.— Tem razão. — Aurora disse ainda chorando. — Não podíamos imaginar que ela se pareceria tanto coma tia.— Você precisa conversar imediatamente com o Noah e pedir que ele a mande de volta para o lugar de onde nunca deveria ter saído. — Denise continuou, sem se importar com o que os dois acabaram de falar.— Parem com isso! — Saulo interviu. — Somos os adultos aqui e devemos nos comportar com maturidade. Esta será uma semana difícil, mas devemos fazer de tudo para fingir que está tudo bem. O Noah ficará chateado se a mandarmos embora antes do tempo, proponho tentarmos ignorar a aparência dela e fingir que nada disso nos abala.— Saulo tem razão. — Auro
Estar à frente daquela mulher, estava sendo extremamente desconfortável para Oliver, que já estava completamente arrependido por concordar com aquela situação. No entanto, ao contrário dele, Luana estava montada no cavalo de trás, sorrindo, analisando Oliver de costas, o que a deixava ainda mais interessada. Com toda a certeza, aquele homem era extremamente viril.— Todas essas terras são suas, senhor Oliver? — Se aproximou dele, a fim de puxar conversa.— Sim, minha e de minha família. — Respondeu sem olhar para ela.— O senhor deve ser um homem muito influente, já que cuida de tudo isso sozinho desde muito cedo.— Eu cuidava com o meu pai, mas a sua tia arrumou um jeito de tirá-lo de mim. — A intenção de Oliver não era jogar a culpa dos crimes de Liana em cima da sobrinha e sim, apenas deixar Luana desconfortável o suficiente para não querer conversar com ele.— Sinto muito por sua perda, mas creio que quando isso aconteceu, eu ainda nem havia nascido. Eu não tenho culpa pelas coisa
A fala de Saulo acabou gerando mais desconforto em Oliver, que o olhou com um olhar mortal, desejando pular no pescoço do amigo, porém ele sabia que o que Saulo disse, era totalmente verdade, aquela situação estava saindo do controle.Estar sozinho dentro do carro com uma mulher desconhecida e bem mais jovem, não pegava nada bem para ele.— Vá direto para casa. — Saulo o alertou.— É claro, para onde iria? — Oliver, respondeu nervoso. Ajudando Luana a entrar no carro, sob o olhar de Saulo, ele dirigiu de volta a sua casa.— Vai para o seu quarto toma banho e descansa um pouco. — Disse a ela, quando entravam na residência.— Minhas costas deve está toda arranhada, dá uma olhada para mim. — Sem nem um pingo de pudor, ela levantou a blusa na frente do homem.— Abaixa isso! — Ordenou imediatamente, virando o rosto. — Se não estiver se sentindo bem, pedirei que alguém te leve ao hospital, eu não sou médico para te examinar.Dizendo isso Oliver saiu dali, deixando Luana sozinha, que ao con