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Já fazia três meses que estava trabalhando no consultório. Rafaela, sempre que podia, aparecia para conversarmos, ficamos amigas e começamos a sair nos fins de semana.

O doutor Tácio sempre tomava café na copa e não voltou a ser ignorante ou falar algo que me deixasse desconcertada. Na verdade, ele era bem-educado e sempre perguntava como eu estava.

Acabei alugando uma pequena casa, na verdade, eram 3 cômodos que ficavam aos fundos da casa de uma mulher, tia de Rafaela, que se chamava Telma.

Ela era uma mulher de 40 e poucos anos, vivia com o marido, que era motorista de ônibus, tinha uma filha de 13 anos, inteligente que só, sempre ficava conversando comigo a noite.

Todos da família da Rafa eram pessoas boas, eu tive muita sorte de encontrá-los de primeira. Eu não havia comprado muitos móveis, pois estava poupando o máximo de dinheiro possível, comprei apenas uma cama de solteiro, um guarda-roupa, um fogão bem simples e uma pequena geladeira usada. A casa onde morava tinha uma sal
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