Muitos séculos antes do novo continente...
A linhagem que nos precede é ligada pelo sangue, mas, em algumas poucas ocasiões, o sangue é meramente sangue e uma pessoa é simplesmente uma pessoa, não ligada pelos títulos de seus antepassados, nem por sua vaga sorte de ter nascido com “sangue azul”, e sim por ter nascido em uma família de verdade constituída por afeto e amor. Era assim na família Hampiert, cujo patriarca Thomas, regozijava do amor da mulher e de seus filhos.
Eram anos difíceis desde o grande desastre que havia destruído o mundo antes daquele em que eles viviam. Por séculos afins o restante do grupo que sobrevivera a grande calamidade que ocorrera durante o século XXV, cuja as guerras entre as nações corrompeu e destruiu grande parte do mundo. Os cidadãos que vieram depois desta tiveram que retroceder aos tempos passados onde viviam a realeza, e com isso os séculos predominantes do passado se ressaltaram na cultura em que o mundo vivia atualmente.
Co
(...)— Minha mãe, meu pai... — Maria corre instantaneamente para abraçá-los. — Por Deus! Quantas saudades...Thomas ainda tinha os olhos arregalados, mas, Catarina logo abraçou a sua tão amada filha caçula enquanto chorava. — Está tão crescida meu amor. — A condessa distribui milhares de beijinhos na face rubra da jovem. — Tão linda!Amily continuava impassível em frente a carruagem avaliando a cena, logo sentiu braços a rodearem para perceber que Conrad a abraçava.— Continua esquisita Amily.Ela não pôde deixar de sorrir.Estava em casa e aquilo era assustador.— Como vai irmão?— Não melhor que você pelo visto. — Ele a rodopia a contra gosto dela. — Vocês duas parecem ter saído da realeza, não de um colégio interno.Amily sorri sem mostrar os dentes.— Acredite meu irmão, não era tão ruim quanto parece. — Ela pisca cúmplice ao mesmo.Amily, diferente de Maria, caminha graciosamente em direção a família.
O sol adentrou fortemente o quarto do sobrinho mais novo do rei, Ethan Briene.O jovem espreguiça-se lentamente enquanto tenta inutilmente deixar os olhos abertos. Ele força mais um pouco as vistas para pôr fim ficar de pé.Era cedo ainda, nem oito da manhã, mas tinha coisas a fazer, papéis para carimbar, conversas a ter, enfim... Coisas que certamente lhe tomariam a manhã inteira, e se tivesse o mínimo de sorte, nem seu irmão, nem o primo o perturbariam durante o dia. Mas, como era um ser provido de azar, quem aparece em suas vistas assim que abri as portas do quarto, foi seu querido irmão James.— Está atrasado! — James diz já impaciente.Ethan revira os olhos. — Bom dia para você também meu honroso irmão.James lhe olha apático.— Vamos, o rei está a nossa espera no salão real. — Dito isto, ele Nicholai na frente enquanto Ethan arrastava-se atrás.James andava como um perfeito diplomata a mando da coroa espanhola, ele certamente tinha puxado o pai. Já Ethan,
Terras do conde HampiertMaria sentia a brisa de o campo abraçar seus cabelos ferozmente, de um jeito delicioso. Saíra de casa há quase três horas, Amily havia se despedido dela antes mesmo de descer, ela parecia estranhamente calada e melancólica, mas pediu carinhosamente a mais nova que se divertisse e não fizesse besteiras. Catarina por incrível que pareça chorou como se nunca mais sua filha fosse voltar para casa, fazendo com que Thomas gargalhasse da mesma.— Senhorita Hampiert, estamos a chegar. — O cocheiro comunicou alegremente a ela.Maria pôs a cabeça para fora de sua carruagem e passou a admirar a magnitude das terras da irmã. A casa era enorme, perdendo apenas para a casa maior, os jardins da frente eram carregados de flores e arbustos límpidos, era tudo esplendidamente bem organizado e belo aos olhos da loira. Quando deram a curva em direção a porta principal, pôde ver os belos cabelos da irmã a distância sorrindo animadamente.O coc
A casa maior estava a todo vapor com os preparativos para recepcionar a noiva de Conrad, Brenda Cathor. Havia se passado cinco dias desde que as irmãs Hampiert haviam voltado para casa, e ainda eram o assunto mais falado no condado. Maria havia voltado da casa da irmã ontem à tarde, e para seu desgosto o cunhado tinham vindo pessoalmente trazê-la. Islia acabou pegando uma virose e não poderia comparecer à recepção da futura cunhada, mas Victor fez questão de vir aproveitando para trazê-la.O trajeto de volta nunca lhe pareceu mais demorado, nenhum dos dois trocaram uma sequer uma palavra o caminho inteiro, mas ela sabia que não poderia esperar muito vindo daquele ser chamado Victor Graham.Amily ajudava a mãe com alguns doces na cozinha, enquanto Maria brincava com o sobrinho Leo nos jardins. Hayel e Heitor não haviam saído do quarto ainda e Amily não iria chamar ninguém daquela vez, uma vez já foi o bastante para seu ego machucado. Ela e Heitor não se falaram durante
Um mês depois...Havia se passado um mês desde que as filhas de Thomas haviam chegado. Foram a eventos, festas e bailes para apresenta-las a sociedade, lá conheceram várias pessoas influentes e reencontraram outras, como o príncipe Nicholai, o chanceler e o rei. No último baile em que foram, Islia as acompanhou junto com Victor e seu pai, o duque Theodore que era muito apegado à filha caçula de Thomas.Como era de praxe foram logo registrados seus noivados, mesmo sem conhecerem os noivos ainda. William tinha viajado para Normano por questões políticas e voltaria em dois dias, Ethan estava muito ocupado para Nicholair do palácio, e mesmo estando ansioso para conhecer a noiva, não tivera tempo algum para tal coisa.Ethan andava emburrado e irritado, seu irmão não o deixava respirar em momento algum desde que chegara, tinha ido Nicholair e beber, seu irmão lhe dera um sermão a semana inteira. Sua cabeça doía como nunca e estava cansado a um nível extremo, suas olheiras denunci
Victor descia do seu Faizão vagarosamente sem tirar os olhos da cunhada. Thomas estava irritado e era perceptível por todos. — Por que diabos suas irmãs estão aqui Conrad?Thomas viu Maria engolir a seco. — Desculpe meu pai, não deveríamos ter vindo tão longe.Amily desviou do olhar de Heitor e voltou-se rapidamente em defesa do irmão.— A culpa é minha pai, pedi a Maria que viéssemos até a extremidade da muralha, estava entediada. — Lorde Briene sorriu baixo. — Conrad estava tentando nos levar para casa, me perdoe.Thomas bufou irritado. — Quando chegarmos em casa conversaremos seriamente senhorita Amily. — Pegou a mão da filha. — Venha, seu cavalo já está bem longe para ir buscar agora. — Amily subiu receosa em frente ao pai. — Lorde Briene me perdoe por isso.Ethan riu. — Não se preocupe, vamos! — Ele e William voltaram para sua carruagem, e seguiram atrás e Thomas e Heitor. Conrad ajudou Maria a subir em seu cavalo e logo seguiu atrás.— Su
Vermelho, era só no que Maria conseguia pensar enquanto arrumava-se para o casamento da filha do chanceler.— Se continuar a suspirar desse jeito vão começar a achar que estás com alguma doença respiratória. — Amily comentou, enquanto penteava os longos e macios cabelos da irmã mais nova.— Ele é tão maravilhoso minha irmã.Amily fez uma careta engraçada.— Tudo bem! Se tu dizes quem sou eu pra duvidar.Maria sorriu animada.— E você com lorde Briene, ele era só sorrisos a você que eu vi.Amily deu de ombros sem vontade.— Ele foi gentil, somente isso. — Maria olhou para ela sorridente. — Ora não me olhe assim, ele só foi extremamente gentil e respeitoso. — Maria riu mais ainda pela face corada da irmã.— Se tu dizes, quem sou eu para duvidar.Amily puxou seu cabelo de leve.— Idiota!Ambas ficaram em silêncio por alguns minutos.Amily estava dividida entre pensar sobre o noivo, ou pensar
Verde, a mais pura e viva cor, Hayel nunca gostou muito de jardins ou campos com verde em excesso, mas estranhamente a estufa de lady Amélia lhe chamava bastante atenção. Talvez a predominância de flores, arbustos e ervas tivessem variadas colorações, tamanhos e cheiros, mas lá estava ele o magnífico verde presente em todas elas, dando contraste ao rosa, vermelho, amarelo e outras infinidades de cores chamativas.Hayel estava a mais de duas semanas no palácio real da Hermania com seu pai e seu noivo Heitor Graham. Estava sendo cortejada oficialmente a dois meses, mas estranhamente seu noivo não transbordava emoção alguma além de apatia para com aquele noivado. Hayel não pediu para casar-se, muito menos com o filho do duque, tentou deixar aquilo bem claro logo no primeiro encontro oficial de ambos, mas ele era tão empossado do próprio orgulho que não escutava aquilo que não lhe convinha.O pai e o noivo estavam a mando do rei Ivan para tratarem de assuntos do reino,