Capítulo 23

Thomas

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Eu costumava recorrer a carros velozes e ao som dos motores rugindo para esquecer do mundo. Era minha válvula de escape, um pedaço de liberdade crua que fazia todo o resto parecer suportável. Tudo parecia mais simples antes — antes da presidência, antes de ser forçado a sustentar essa maldita máscara de homem “mudado”, antes de me tornar o rosto e as garras da Black Corporation.

Não me arrependo das minhas escolhas, nem por um segundo. Cada uma delas me moldou no homem que sou hoje, um homem que aprendeu a endurecer o coração e calar a consciência. Mas, por Deus, eu lamento ter confiado nas pessoas erradas. Lamento as consequências dessas escolhas. Lamento cada rosto que carrego na memória. Só que uma coisa é certa: jamais, jamais vou me arrepender das corridas ilegais, da adrenalina queimando como um vício nas minhas veias, da sensação inigualável de controle enquanto eu dominava o asfalto como se fosse minha própria arena.

Sim, eu lamento aquelas mortes. Lamento não
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