POV: ARCHER
— Stone. — Viktor rosnou, sua voz carregada de um veneno palpável. — Vocês nos roubaram, e isso não vai passar impune. Ou devolve o que é nosso, ou vamos destruir você e tudo o que construiu!
A acusação me atingiu com força, mas eu já esperava. Contrai a mandíbula, sentindo o peso da traição de Ethan se aprofundar ainda mais. O homem que deveria ser meu pai havia me arrastado para um abismo de desconfiança, e agora eu estava pagando o preço por suas ações. O gosto amargo da raiva queimava na minha garganta, mas mantive a compostura. Este jogo não era novo para mim.
— Nós não os roubamos. — Minha voz saiu firme, cada palavra cuidadosamente pesada. — Meu pai os roubou, assim como fez comigo. Ethan Stone desapareceu levando uma quantia absurda, manipulando todos
POV: ARCHER— Estou? — Com um gesto frio, retirei o charuto de sua boca e, sem hesitar, pressionei a ponta acesa contra sua bochecha. O cheiro de carne queimada e o gemido de dor dele preencheram a sala. Ele se debateu na cadeira, enquanto seus homens sacavam as armas prontamente. Jasper, sempre atento, riu baixinho ao bater na porta de vidro, revelando Briston e seus homens do outro lado, com as armas prontas, apontadas para o interior da sala.— Não me teste! — Sibilei, o segurando com mais força.Viktor, suando frio e visivelmente abalado, ergueu a mão, tentando manter o controle da situação.— Tudo bem, abaixem as armas! — Ordenou com a voz trêmula, seus olhos se voltando para mim com ódio contido. — Duas semanas, Stone... ou teremos uma guerra.— Excelente! — Soltei o colarinho dele com desdém, ajustando sua gravata como se fosse um favor. — Agora saiam da minha empresa. E quando eu devolver o que seu dinheiro, nossos negócios estarão oficialmente encerrados.Viktor, claramente f
POV: AVRILA mansão havia mergulhado em um silêncio depois da saída de Archer. Mais tarde, ouvi os passos de Neandra ecoando pelos corredores antes de também partir, como sempre, no mesmo horário pontual de todos os dias. Era estranho como ela tinha essa rotina inflexível, sempre escapando de algo, talvez de si mesma.Sentei-me em frente ao piano, permitindo que os dedos brincassem suavemente nas teclas. A música fluía, acompanhando meus pensamentos enquanto uma canção suave saía dos meus lábios. Como eu poderia ter um filho no meio de toda essa confusão? Um filho que já estava marcado por um cenário cheio de segredos, traições e disputas? Será que a vida sempre seria assim, cheia de caos e incertezas?Fechei os olhos, permitindo que as notas guiassem minhas emoções, aflorando pela música que eu deixava tomar conta da sala. A intensidade dos últimos dias parecia fluir de dentro de mim, se transformando em melodia, se espalhando no ar.— Sua voz é linda.A voz suave me surpreendeu, vin
POV: AVRIL— De certa forma... ela partiu há algum tempo, — murmurei com tristeza, minha voz falhando um pouco. — Eu só não consigo aceitar isso.— Não entendo, — Willow respondeu, sua confusão evidente. Soltei um suspiro pesado, tentando organizar meus pensamentos, e sorri de canto, chateada com o peso do que estava prestes a compartilhar.— Minha mãe está em coma há alguns anos. — Minha voz saiu mais baixa, quase como um segredo que eu mal conseguia admitir em voz alta. — Ela já vinha ficando muito doente, e os médicos nunca conseguiram descobrir o que de fato a levou a esse estado. — Fiz uma pausa, engolindo o nó que apertava minha garganta. — Ela sempre soube que acabaria no hospital. Costumava dizer que sentia que seu desfecho seria assim, e que não queria ficar presa às máquinas. Mas eu... — minha voz quebrou enquanto apertava o caule de uma das flores com tanta força que o espinho perfurou a palma da minha mão, um pequeno fio de sangue escorrendo.Willow, percebendo meu sofrime
POV: AVRIL— Conheço o medo e o desespero quando os vejo, Willow, — disse, minha voz suave enquanto terminava a trança. — Não foi certo a maneira como me tratou, mas não a odeio por isso. — Fiz uma pausa, refletindo sobre o que ela havia dito antes. — Ainda assim, não consigo compreender completamente esse tipo de poder que os Collens têm...Willow sorriu amargamente, seus olhos fixos nos meus, como se pudesse ver através da minha confusão.— Todo mundo tem rabo preso, — Willow soltou uma gargalhada que ecoou pelo quarto, sua voz carregada de cinismo. — Todo mundo tem algo a esconder, e nós, os Collens, sabemos como revelar. É por isso que somos fortes aliadas dos poderosos... e inimigas perigosas.Meus olhos se estreitaram com a confissão.— Não acha isso perigoso? Ninguém nunca tentou eliminá-las? — Arqueei uma sobrancelha, me sentando na beira da cama. A franqueza com a qual ela falava sobre esse jogo sujo me deixava intrigada, e também preocupada.Willow deu de ombros, como se a p
POV: AVRIL— Estou sendo brega e te levando aos meus aposentos. — Archer respondeu em um tom rouco, seus olhos brilhando com uma malícia divertida. Ele sussurrou em meu ouvido: — Vou te mostrar como é não se sentir só.— Archer, não... — Sussurrei quando ele me colocou no chão, diretamente em frente à porta do quarto, seu corpo prensando o meu contra a parede. — Suas investidas nos levaram a toda essa confusão mais cedo. Você ainda tem um contrato a resolver.— Fui claro quanto a isso, Avril. — Bufou ele, deslizando o dedo suavemente ao longo do desenho do meu nariz até alcançar meus lábios, contornando-os com um toque possessivo. — Não vou mais abrir mão de você por causa dos outros. Não me importo se ela acha que a estou traindo. Eu revoguei o contrato e quero você!
POV: AVRILO calor de seu aperto, o domínio implícito em cada palavra, me deixaram tonta. Não consegui evitar o gemido suave que escapou dos meus lábios, o desejo se espalhando por todo o meu corpo como fogo. Sua mão na minha nuca puxou-me com mais firmeza, sua respiração quente acariciando meus lábios enquanto ele mordiscava o meu lábio inferior, arrancando mais um suspiro.— Entendeu? — Sua voz, grave e carregada de urgência, exigia uma resposta.— Sim... — Sussurrei contra seus lábios, sentindo o calor de sua respiração acariciar minha pele. Quando passei a ponta da língua em seus lábios, Archer aproveitou a abertura, aprofundando o beijo com uma intensidade possessiva, um desejo que pulsava entre nós. O gosto dele era viciante, e meu corpo respondia ao toque de suas mãos, que subiam pela minha blusa e enc
POV: AVRILAntes que eu pudesse reagir, peguei o travesseiro mais próximo e joguei nele. Archer apenas riu, ágil como sempre, agarrando minhas pernas e me puxando com facilidade até que eu ficasse completamente debaixo dele, nossos rostos tão próximos que eu podia sentir o calor de sua respiração.— Não sou um homem casado. — Ele disse, com a voz baixa e profunda, o olhar cravado no meu.— Ainda... — Retruquei, o lembrando da situação complicada em que estávamos.Ele não pareceu se abalar. Pelo contrário, o brilho confiante em seus olhos só aumentou.— É você que está me empurrando para ela, não eu. — Archer murmurou, roçando o nariz no meu, em um gesto provocador e íntimo. — Darei um jeito no império sem precisar dessa un
POV: ARCHERO corpo de Avril estremeceu ao ouvir as palavras que sussurrei contra seu ouvido. Seus olhos, um misto de luxúria e relutância, me encaravam com uma intensidade que quase me desarmava. Mordendo os lábios, ela me observava fixamente, como se estivesse tentando decifrar cada movimento, cada intenção. A água do chuveiro continuava a escorrer por entre nossos corpos, entrelaçados de uma forma que parecia natural, quase inevitável.Ela tombou a cabeça para o lado, oferecendo o pescoço exposto. Não hesitei, afundei o nariz na curva macia de sua pele, mordiscando e sugando a água que escorria por ali, sentindo o gosto suave que só Avril tinha. Seu perfume, misturado ao vapor quente, me inebriava, me fazia querer mais, muito mais. Subi até seu queixo, mordendo-o de forma provocativa, enquanto minha mão acariciava sua bochecha com a leveza do dorso.