Amanda não acreditou. Ela estava tendo um pesadelo. Era isso. Em breve iria acordar e rir de tudo aquilo.
- Como assim você mora aqui?- É a minha casa. - Christian apontou para o quarto ao lado da cozinha. - Meu quarto.
Mike fez uma careta.
- Você está dizendo que "vive" aqui?Christian enfiou as mãos nos bolsos da frente da bermuda jeans.
- Há dois meses. O chalé era do meu pai, mas ele ficou doente e foi morar comigo em Ventura. Ele tinha que ficar na cidade por causa da quimio. Com a morte dele, eu resolvi vir para cá.Amanda percebeu o semblante triste de Christian ao falar do pai. Ela se sentia lesada, mas tentou ser razoável.
- Então, você teve a brilhante ideia de alugar.Christian sorriu.
- Sim. Vocês são os primeiros hóspedes.- As primeiras vítimas você quer dizer? - Amanda perguntou secamente.
Christian sorriu malicioso.
- É tudo uma questão de ponto de vista. Mike, por que você e eu não pegamos as malas no carro e levamos lá para cima?Mike se animou.
- É uma boa ideia.Christian colocou a mão no ombro de Mike e eles foram em direção a porta.
- Vocês devem estar cansados, Amanda. Podem tomar banho e descansar. Eu vou fazer a janta. A louça é sua.Petrificada, Amanda não saiu do lugar.
Mike colocou a última mala no chão do quarto e secou o suor da testa com a camiseta que ele já tinha tirado. Ele sorriu.
- Eu gostei dele.Amanda passava álcool gel nos colchões. Estavam empoeirados, mas eram novos. Os travesseiros mais ou menos. Ela deu uma olhada para o filho e continuou batendo o pó. Espirrou.
- Ele é um cretino, um mau caráter. Eu quero você longe dele.Mike viu a mãe juntar os dois colchões de solteiro lado a lado.
- Nós vamos dormir juntos?- Sim.
- Mãe...
- Eu já estou muito furiosa, Michael. Não me faça passar mais raiva. Vai tomar banho. Daqui a pouco eu levo a toalha.
Mike achou melhor obedecer. Quando a mãe o chama pelo nome, é por que ela está realmente brava.
Por sorte, Amanda levou a sua própria roupa de cama; edredom, lençóis, toalhas e fronhas. Ajoelhada no chão estendendo a cama improvisada ela agradeceu aos céus pela roupa de cama limpa.
- Obrigada, senhor.- Pelo quê?
Amanda deu um pulo e caiu sentada no chão. Christian, com o ombro encostado no portal olhava para ela com um sorriso divertido.
Amanda ficou ainda mais estressada. Porém, do nada, a boca secou. O que tem de cretino, tem de bonito.
Christian se aproximou e estendeu a mão.
- Desculpa, eu não quis assusta-la.Amanda pegou a mão estendida.
- Você tem que fazer um curso intensivo antes de sair por ai alugando...Amanda não terminou a frase. Foi puxada do chão com força e só parou quando bateu no peito nu e musculoso de Christian.
Ele ainda segurava a sua mão agora em cima do peito dele. Christian colocou a outra mão nas costas dela e Amanda sentiu o braço forte em volta da sua cintura.
Christian fez de propósito. Puxou Amanda com força e a jogou em cima dele. Não que tenha o hábito de fazer tal coisa. Mas Amanda o intrigou. Bela, gostosa, brava e com um filho adolescente a tira colo. Tudo o que ele não precisa.
Ficaram assim por alguns minutos. Sim, minutos. Ela com as duas mãos no peito dele, e ele a segurando pela cintura. Christian admirou a beleza da pele negra, a maciez dos cabelos sedosos, a respiração quente e ofegante, os lábios rosados e carnudos estavam entreabertos, o corpo delicado e quente contra o dele, e por fim o perfume feminino estonteante.
Amanda passou a língua pelos lábios ressecados e olhou para o peito dele. Ela pediu baixinho.
- Me solta.Christian hesitou por alguns segundos. Devagar e de má vontade, ele abaixou os braços. Amanda se afastou e colocou as mãos na cintura. Ela tremia.
- O que você quer?Christian limpou a garganta.
- Vocês comem peixe? É só o que tem.- Eu nunca comeria algo feito por você. Saia e não volte a aparecer no "meu" quarto.
Christian engoliu em seco. Amanda desviou o olhar. Ele olhou para a cama improvisada, deu uma última olhada na sua hóspede atraente e saiu do quarto.
Amanda soltou a respiração. Precisava se apoiar em alguma coisa. Mas em quê? Se no quarto só tinha os colchões e as malas. Ela foi até a janela, se apoiou no parapeito e respirou fundo.
Ainda podia sentir o corpo quente e musculoso colado ao dela, a mão firme na sua cintura, os olhos azuis, os lábios rosados e úmidos...
Amanda ergueu o rosto e deixou a brisa fresca do fim de tarde acariciar a sua pele. Ela estava em chamas. Maldito Christian!
- Mãe! A toalha!Mike estava morrendo de fome. A mãe estava no banho. Antes ela deu sérios avisos para ele não sair do quarto. Mas o cheiro de comida fresca fez o seu estômago roncar. Eles tinham almoçado na estrada, mas agora já era quase 19:00h.Mike foi até a porta do quarto e olhou em direção ao banheiro, o chuveiro ainda estava ligado. Nas pontas dos pés, Mike saiu para o corredor e desceu a escada.Christian estava de costas na pia lavando folhas de alface. Deitado aos pés dele, um Husky Siberiano branco e marrom. O cachorro levantou a cabeça ao ver Mike e isso chamou a atenção de Christian.Ele olhou para trás e viu Mike parado, de olhos arregalados. Christian sorriu.- Não precisa ter medo. Ele só tem tamanho.- Isso não é um cachorro, é um cavalo.Mike estava com medo, e ao mesmo tempo, fascinado com a beleza do animal. Só tinha visto Huskys Siberianos em filmes.Christian riu e fech
Christian viu o olhar de preocupação de Amanda. Ele colocou o peixe de volta no forno e ergueu o corpo. Mike, se sentindo culpado como se tivesse feito algo terrível, já estava em pé e de cabeça baixa com Bryan ao lado dele.- O que eu disse sobre você não sair do quarto? - Amanda estava furiosa. - Sai de perto desse cachorro agora!- Mãe eu...- Me obedeça!Mike foi para perto da mãe. Bryan foi atrás dele. Amanda entrou em pânico. Puxou o filho para trás dela e o protegeu com o próprio corpo.- Sai!Bryan latiu ameaçador. Mike olhou para Christian.- Você disse que ele está morto em pé.- E está. - Christian lançou um olhar duro para Amanda. - Bryan acha que você pode machucar, Mike. Ele só está tentando protegê-lo.- Isso é ridículo!Bryan latiu e rosnou. Amanda gritou.Christian não perdeu o controle.- Vem pra cá, Mike. Mostre ao Bryan que você
Christian gosta de acordar cedo, preparar o seu café e sentar na varanda para contemplar a imensidão do céu azul, o mar cristalino, a areia branca e o sol quente. Porém, nessa manhã em especial, Christian não estava contemplativo.O café já havia esfriado na xícara e Bryan o ignorava completamente. Ele olhava esperançoso para a porta, a espera de Mike.- Você é um cachorro traidor, sabia?Bryan olhou com descaso para o dono e voltou a olhar para a porta. Christian bufou e bebeu um gole do café frio.Na noite anterior, quando Mike voltou do passeio noturno pela praia, eles comeram sanduíche, beberam suco e Mike foi dormir. Não sem antes dar boa noite para Bryan e encher o cachorro de beijos e abraços.Mike também se desculpou pela mãe.- Ela pode parecer uma má pessoa, mas não é. Minha mãe gosta de ter o controle das coisas. Quando alguma coisa acontece fora dos planos dela, ela surta. Espero que você não
Grande, forte, cheiroso e atrevido. Amanda sentiu a cabeça rodar. Christian a segurou em seus braços. Ele não estava dando tempo para ela respirar.Amanda hesitante, quase tímida, colocou a língua dentro da boca de Christian e encaixou seus lábios nos dele. Ele deu um gemido abafado.O beijo voraz, intenso, quente, molhado e salgado, deixou os dois em chamas. Os dois se tocavam em todos os lugares. Christian afoito, Amanda mais contida. Quando afastavam os lábios para respirar, trocavam olhares e sorrisos.Amanda fez carinho na nuca de Christian e chupou o seu lábio inferior. Ele estava tão entregue ao beijo que estremeceu ao ser levemente mordido.- Gosta disso? - Amanda perguntou provocante. Ela colocou a coxa grossa entre as pernas de Christian e sentiu os testículos dele. O pau grande e duro friccionava a barriga dela. - Gosta?Christian gemeu desesperado, deu um último selinho molhado em Amanda e olhou
Amanda e Mike ficaram encantados por Ventura. Christian com seu jeito divertido e descontraído mostrou para eles os pontos turísticos da pequena cidade. Por onde passavam, as pessoas cumprimentavam Christian.- Parece que a cidade inteira te conhece.Amanda disse enquanto saboreava um cascão de pistache. O sorvete estava divino.- Eu nasci e cresci aqui. Estudei, fiz faculdade de Medicina Veterinária, me formei e comecei a trabalhar.Amanda olhou para Christian. De repente ele se calou e abaixou a cabeça.- E o que mais?Christian balançou a cabeça negativamente.- É só.- Você ainda trabalha como veterinário?
Christian e Amanda tiveram uma pequena discussão no supermercado porque ele não deixou ela pagar nada. Agora, enquanto ele e Mike descarregavam a Hilux, Amanda estava furiosa na cozinha higienizando frutas e verduras.Christian pegou uma sacola pesada e deu a mais leve para Mike.- Você disse que ela não era uma má pessoa.Mike riu.- Ela é independente. Não gosta de dever nada para ninguém.- Eu só fiz a coisa certa.Em silêncio, Christian e Mike colocaram as sacolas em cima da mesa da cozinha. Christian sorriu para Amanda. Ela fez uma careta e mostrou a língua para ele.No caminho de volta para o carro, Mike zombou.- Eu não estava brincando sobre o pé de cabra.Christian lançou um olhar ressentido para Mike.- Quando eu consegui avançar o sinal voc&
Apesar das investidas de Christian, Amanda não cedeu. Ainda não. Ela não é uma mulher fácil. Mas resistir a Christian está cada vez mais difícil. Ele é lindo sem esforço algum, é natural dele. E isso o torna irresistível.Christian não acordou de bom humor. Dormiu mal a noite, tinha duas cuecas sujas e o pau não queria abaixar. Ele teve medo de estar com uma ereção permanente. Latejava, doía e escorria.Em pé na praia, observava o sol nascer. Christian se virou ao ouvir um carro se aproximar.- Era só o que faltava.David desceu da caminhonete Ford e foi até Christian.- Bom dia, primo.- O que faz aqui?David riu.- Parece que a noite não saiu como você esperava. Você está horrível, Chris. Por que está de "mala pronta"? Vai viajar?David Mackenzie, 20 anos. Seu primo de primeiro grau, problemático, desajustado e gay assumido. Apesar de se vestir e se comportar como hom
Christian e David foram em direção ao chalé. Christian precisava trocar de roupa e avisar a Amanda que ele iria até a cidade resolver algumas coisas. Christian não pode mais adiar a reforma do chalé. Precisa resolver isso agora antes que o teto desabe sobre suas cabeças. O motivo de Christian ter resistido por tanto tempo é que precisa passar por Oliver para conseguir o dinheiro da reforma. Enfrentar o irmão significa desenterrar o passado. Mas agora ele tem a chance de um futuro. Um futuro com Amanda e Mike.E Christian também teve um belo empurrão. Ele olhou para o lado. David brincava com Bryan.- Eu ainda não sei se devo deixar você entrar na casa. Você pode estar querendo me fazer uma limpa.David olhou para Christian dos pés a cabeça. Ele disse com desdé