Mãe e filho trocaram um olhar incrêdulo. Amanda olhou novamente para a foto no celular que mostrava um maravilhoso chalé de frente para a praia. O anúncio dizia: "Alugo chalé para férias. Pagamento adiantado por depósito em conta".
Amanda achou o lugar paradisíaco. Sol, mar, piscina e um aconchegante chalé de madeira. Ligou, conversou com o proprietário, fez o depósito e fecharam um contrato de trinta dias.
Depois de trabalhar por dois anos seguidos como Promotora de Eventos, Amanda enfim juntou dinheiro para as suas merecidas férias. O anúncio apareceu do nada na tela do seu celular e ela se encantou pelo lugar.
Sim, estava a procura de um lugar calmo e tranquilo para descansar de toda correria e agitação dos eventos que organiza e promove. Mike, seu filho de 17 anos, também achou o lugar lindo.
Estavam animados, mas agora diante do que via, Amanda começou a ter a leve sensação de que foi enganada. Isso a irritou profundamente.
Amanda desceu do carro, subiu os três degraus da decadente propriedade e procurou pela campanhia. Não tinha! Ela bateu na porta.
Mike, mais contido do que a mãe, desceu do carro e contemplou a praia. Areia branca, água cristalina, ondas que iam de encontro as pedras, sol, vento, maresia. Mike respirou fundo e deixou o ar puro, livre de poluição, penetrar em seus pulmões.
Por fora, a casa de madeira não era grande coisa. Mas sua estrutura mostrava que em algum passado distante, ela já tinha sido imponente e majestosa. Sorrindo, Mike foi atrás da mãe. O proprietário ia se ver com ela.
Ele olhou para a mulher negra, ao lado dela um garoto, com certeza o filho. Era a cara de um e o focinho do outro.
Christian deu o seu melhor sorriso.
- Olá, você deve ser a Amanda. Eu sou o Christian. Nós nos falamos por telefone.Amanda olhou para o homem alto, forte, loiro, cheio de tatuagens, um sorriso branco e perfeito, e vestindo apenas uma bermuda azul. Por um segundo, apenas isso, ela se intimidou com a beleza do homem.
Os olhos azuis eram da cor do mar. O cabelo loiro e ondulado era uma mistura de praia e sol. Não, Amanda se recuperou do baque.
- Sim, nós nos falamos. - Por que ele ainda sorria? - Cadê o chalé?- Você está olhando para ele.
- Não. - Amanda balançou a cabeça negativamente e mostrou a tela do celular para Christian. - Eu estou falando deste chalé, o do anúncio.
Christian olhou para a foto.
- É o mesmo. Essa foto foi antes do meu pai morrer e me deixar esse abacaxi.Amanda não acreditou no que escutou. Mike riu e ganhou um olhar de puro ódio da mãe.
- Isso não é um chalé! É uma casa na árvore!- Mas ela tem potencial. Vamos entrando.
Christian deu passagem para Amanda e Mike. Os dois entraram. Amanda olhou ao redor. A casa por dentro é de madeira na cor mogno. Em baixo uma sala espaçosa junto com a cozinha americana, uma porta aberta para um quarto, um banheiro no final do corredor e subindo a escada de madeira, dois quartos e outro banheiro.
A casa tem um sofá na sala, geladeira, fogão e mesa na cozinha, colchões de solteiro nos quartos, paredes caindo e tacos soltos.
- Não tem cama? - Amanda perguntou em estado de choque.Christian sorriu.
- É uma casa de praia. Cadê o seu espírito aventureiro?Amanda perguntou mais para si mesma do que para Christian.
- Que tipo de pessoa aluga uma casa caindo aos pedaços e sem cama?- Deve ter havido algum mal entendido.
Christian ainda sorria. Um sorriso inocente. Amanda o fuzilou com os olhos negros.
- Eu quero o meu dinheiro de volta!- Nós temos um contrato assinado.
- Não me interessa! Eu quero o meu dinheiro! Eu fui enganada!
- Não se pode acreditar em tudo que se vê na internet. E além do mais, eu já gastei o dinheiro. - Christian sorria divertido. - Eu espero que você tenha trago as roupas de cama.
O homem se divertia com a situação.
- Você é um ladrão! Eu vou chamar a polícia!- Não temos polícia por aqui. Eu não sei se você percebeu, mas estamos isolados. É praticamente uma praia deserta.
Mike viu a mãe espumar de ódio. Era melhor ele assumir o controle da situação.
- Olha só cara...- É Christian.
- Eu sou Mike.
- Prazer.
- Eu gostaria de poder falar igualmente, mas você enganou a minha mãe. Como você espera que alguém passe trinta dias nesse buraco?
Christian gostou do garoto.
- Não é tão ruim assim, Mike. Tem água, luz...- Tem internet? - Amanda perguntou desconfiada.
- Não. Eu pego wi-fi emprestado quando vou a cidade. Foi assim que coloquei o anúncio.
Amanda olhou alguns segundos para Christian. Estava diante de um homem cínico, dissimulado e golpista. Ela pegou o filho pela mão e começou a descer a escada.
- Vamos embora, Mike.Christian desceu atrás deles.
- Amanda você está exagerando. Não é tão ruim quanto parece.- Não, é bem pior. Você acha mesmo que eu sai da minha casa para passar férias nesse chiqueiro de porco?
- Logo vai escurecer. Você não pode voltar para a estrada. - Christian disse preocupado. - É perigoso.
Mike concordou.
- Você dirigiu por seis horas, mãe. Vamos passar a noite aqui e amanhã a gente vê o que faz.Amanda encarou Christian.
- Isso não vai ficar assim. Me dá a chave e vai embora.- Eu moro aqui. Ficaremos juntos pelos próximos trinta dias.
Amanda não acreditou. Ela estava tendo um pesadelo. Era isso. Em breve iria acordar e rir de tudo aquilo.- Como assim você mora aqui?- É a minha casa. - Christian apontou para o quarto ao lado da cozinha. - Meu quarto.Mike fez uma careta.- Você está dizendo que "vive" aqui?Christian enfiou as mãos nos bolsos da frente da bermuda jeans.- Há dois meses. O chalé era do meu pai, mas ele ficou doente e foi morar comigo em Ventura. Ele tinha que ficar na cidade por causa da quimio. Com a morte dele, eu resolvi vir para cá.Amanda percebeu o semblante triste de Christian ao falar do pai. Ela se sentia lesada, mas tentou ser razoável.- Então, você teve a brilhante ideia de alugar.Christian sorriu.- Sim. Vocês são os primeiros hóspedes.- As primeir
Mike estava morrendo de fome. A mãe estava no banho. Antes ela deu sérios avisos para ele não sair do quarto. Mas o cheiro de comida fresca fez o seu estômago roncar. Eles tinham almoçado na estrada, mas agora já era quase 19:00h.Mike foi até a porta do quarto e olhou em direção ao banheiro, o chuveiro ainda estava ligado. Nas pontas dos pés, Mike saiu para o corredor e desceu a escada.Christian estava de costas na pia lavando folhas de alface. Deitado aos pés dele, um Husky Siberiano branco e marrom. O cachorro levantou a cabeça ao ver Mike e isso chamou a atenção de Christian.Ele olhou para trás e viu Mike parado, de olhos arregalados. Christian sorriu.- Não precisa ter medo. Ele só tem tamanho.- Isso não é um cachorro, é um cavalo.Mike estava com medo, e ao mesmo tempo, fascinado com a beleza do animal. Só tinha visto Huskys Siberianos em filmes.Christian riu e fech
Christian viu o olhar de preocupação de Amanda. Ele colocou o peixe de volta no forno e ergueu o corpo. Mike, se sentindo culpado como se tivesse feito algo terrível, já estava em pé e de cabeça baixa com Bryan ao lado dele.- O que eu disse sobre você não sair do quarto? - Amanda estava furiosa. - Sai de perto desse cachorro agora!- Mãe eu...- Me obedeça!Mike foi para perto da mãe. Bryan foi atrás dele. Amanda entrou em pânico. Puxou o filho para trás dela e o protegeu com o próprio corpo.- Sai!Bryan latiu ameaçador. Mike olhou para Christian.- Você disse que ele está morto em pé.- E está. - Christian lançou um olhar duro para Amanda. - Bryan acha que você pode machucar, Mike. Ele só está tentando protegê-lo.- Isso é ridículo!Bryan latiu e rosnou. Amanda gritou.Christian não perdeu o controle.- Vem pra cá, Mike. Mostre ao Bryan que você
Christian gosta de acordar cedo, preparar o seu café e sentar na varanda para contemplar a imensidão do céu azul, o mar cristalino, a areia branca e o sol quente. Porém, nessa manhã em especial, Christian não estava contemplativo.O café já havia esfriado na xícara e Bryan o ignorava completamente. Ele olhava esperançoso para a porta, a espera de Mike.- Você é um cachorro traidor, sabia?Bryan olhou com descaso para o dono e voltou a olhar para a porta. Christian bufou e bebeu um gole do café frio.Na noite anterior, quando Mike voltou do passeio noturno pela praia, eles comeram sanduíche, beberam suco e Mike foi dormir. Não sem antes dar boa noite para Bryan e encher o cachorro de beijos e abraços.Mike também se desculpou pela mãe.- Ela pode parecer uma má pessoa, mas não é. Minha mãe gosta de ter o controle das coisas. Quando alguma coisa acontece fora dos planos dela, ela surta. Espero que você não
Grande, forte, cheiroso e atrevido. Amanda sentiu a cabeça rodar. Christian a segurou em seus braços. Ele não estava dando tempo para ela respirar.Amanda hesitante, quase tímida, colocou a língua dentro da boca de Christian e encaixou seus lábios nos dele. Ele deu um gemido abafado.O beijo voraz, intenso, quente, molhado e salgado, deixou os dois em chamas. Os dois se tocavam em todos os lugares. Christian afoito, Amanda mais contida. Quando afastavam os lábios para respirar, trocavam olhares e sorrisos.Amanda fez carinho na nuca de Christian e chupou o seu lábio inferior. Ele estava tão entregue ao beijo que estremeceu ao ser levemente mordido.- Gosta disso? - Amanda perguntou provocante. Ela colocou a coxa grossa entre as pernas de Christian e sentiu os testículos dele. O pau grande e duro friccionava a barriga dela. - Gosta?Christian gemeu desesperado, deu um último selinho molhado em Amanda e olhou
Amanda e Mike ficaram encantados por Ventura. Christian com seu jeito divertido e descontraído mostrou para eles os pontos turísticos da pequena cidade. Por onde passavam, as pessoas cumprimentavam Christian.- Parece que a cidade inteira te conhece.Amanda disse enquanto saboreava um cascão de pistache. O sorvete estava divino.- Eu nasci e cresci aqui. Estudei, fiz faculdade de Medicina Veterinária, me formei e comecei a trabalhar.Amanda olhou para Christian. De repente ele se calou e abaixou a cabeça.- E o que mais?Christian balançou a cabeça negativamente.- É só.- Você ainda trabalha como veterinário?
Christian e Amanda tiveram uma pequena discussão no supermercado porque ele não deixou ela pagar nada. Agora, enquanto ele e Mike descarregavam a Hilux, Amanda estava furiosa na cozinha higienizando frutas e verduras.Christian pegou uma sacola pesada e deu a mais leve para Mike.- Você disse que ela não era uma má pessoa.Mike riu.- Ela é independente. Não gosta de dever nada para ninguém.- Eu só fiz a coisa certa.Em silêncio, Christian e Mike colocaram as sacolas em cima da mesa da cozinha. Christian sorriu para Amanda. Ela fez uma careta e mostrou a língua para ele.No caminho de volta para o carro, Mike zombou.- Eu não estava brincando sobre o pé de cabra.Christian lançou um olhar ressentido para Mike.- Quando eu consegui avançar o sinal voc&
Apesar das investidas de Christian, Amanda não cedeu. Ainda não. Ela não é uma mulher fácil. Mas resistir a Christian está cada vez mais difícil. Ele é lindo sem esforço algum, é natural dele. E isso o torna irresistível.Christian não acordou de bom humor. Dormiu mal a noite, tinha duas cuecas sujas e o pau não queria abaixar. Ele teve medo de estar com uma ereção permanente. Latejava, doía e escorria.Em pé na praia, observava o sol nascer. Christian se virou ao ouvir um carro se aproximar.- Era só o que faltava.David desceu da caminhonete Ford e foi até Christian.- Bom dia, primo.- O que faz aqui?David riu.- Parece que a noite não saiu como você esperava. Você está horrível, Chris. Por que está de "mala pronta"? Vai viajar?David Mackenzie, 20 anos. Seu primo de primeiro grau, problemático, desajustado e gay assumido. Apesar de se vestir e se comportar como hom