Capítulo 12

Ri do argumento usado por Arti mas fiz isso sem muita emoção, visto que, se alguma coisa saísse fora dos eixos, eu realmente seria uma sem teto.

E pior, teria que tirar o sustento de não sei aonde para me manter estável e também, manter minha mãe o mais longe possível.

Não tinha o direito de sequer me dar ao luxo de perder o emprego.

— Podemos marcar alguma coisa para depois da exposição? — perguntei já saindo à procura da minha bolsa.

— Só se você me der um convite especial para a degustação — disse referindo-se ao evento próximo.

— Está reservado desde o início — informei o óbvio. Era claro que eu não deixaria minha amiga de fora do evento que eu ajudei cinquenta por cento a realizar. — Nos vemos em breve!

Capturei a bolsa em cima da mesa e sem muita enrolação, voltei até Arti, dei um beijo em sua testa e me apressei para sair.

Tinha pouco tempo e muita coisa para pensar.

Os saltos voltaram a torturar meus pés, o batom voltou a pintar meus lábios, e o beijo que minha amiga jogo
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