Três taças de champanhe e eu já estava sorrindo mais que o normal. Deveria estar bebendo? Não. Pretendia parar na terceira taça? Também não.Inquieta, observei todo o ambiente à minha volta. A galeria era terrivelmente charmosa. A decoração estava impecável, e a quantidade de pessoas tinha ultrapassado o esperado.Bom, o que eu estava fazendo em uma galeria de arte? Nem eu sabia dizer ao certo.Desde o divórcio com Tyler precisei me virar. Tínhamos um acordo, eu e ele, mas agora não envolvia um contrato e nenhum outro tipo de documento. Agora éramos só pessoas normais que desejavam viver uma vida dentro do limite do normal.Pedi um tempo para que eu pudesse me situar e resolver a minha vida. Tentei falar com Benedict na noite em que brigaram e a verdade é que não obtive sucesso algum nessa tentativa. Ele estava odiando eu e seu irmão por saber que nosso casamento tinha sido uma mentira, e todo o progresso que tiveram com o tempo foi por ralo abaixo com essa revelação. Nossa sor
Deixei de sorrir porque minhas vontades eram várias. Queria chorar talvez porque estava de TPM, mas também queria gritar com ele por ter demorado tanto, e também desejava o abraçar muito e depois disso queria arrancar toda sua roupa, o jogar em uma cama e depois passaria os meus dedos por toda a extensão de sua pele, tocando cada tatuagem perfeita que me deixava ainda mais bobinha.— Hope? — Estalou os dedos na frente do meu rosto e então acordei.Engoli em seco e sorri sem graça para o homem.— Me desculpe, preciso resolver uma coisa. — Apontei em direção a qualquer outra coisa e saí deixando ele parado ali sem entender.Desviando de um e outro corpo, fui me aproximando lentamente de onde eu tinha visto o homem. Aquele desgraçado planejou ir até a exposição e não me disse nada? Bom, nós não estávamos nos falando muito, e talvez isso até tivesse dedo de Sophie, que devia proclamar minha vida para todos os seus familiares a fim de não deixar nenhum deles se esquecer de mim.No meu p
A chuva fraca caía do lado de fora enquanto meu corpo era aquecido pelo de Tyler. Tentei puxar na memória um dia em que já havia me sentido tão em paz quanto estava me sentindo… não me lembrava de nenhum. Eu gostava da bagunça que era a minha vida quando trabalhava para Benedict, mas não podia negar que estar longe dele tinha me feito um certo bem. Passei tempo demais querendo provar para mim mesma que tinha um valor alto, e no fim, acabei me desgastando nesse processo. Eu era boa. Era forte e decidida, contudo, não precisava tentar provar isso para mais ninguém. Estava bem comigo mesma, sabendo de todo o potencial que existia dentro de mim, afinal, suportei Tyler Legard por pouco mais de um ano.Não tinha como ser "fraca". — Posso saber o que se passa dentro dessa cabecinha linda? — O hálito quente se chocou na minha nuca e meu conforto se intensificou. Suspirei sorrindo de canto mesmo que Tyler não pudesse ver, e me remexi deixando que seus braços fortes me puxassem ainda ma
Minha bunda deslizou sobre a mesa de vidro grosso e a possibilidade de alguém chegar me deixou ainda mais instigada. Ofegante, agarrei os ombros de Tyler que tinha o corpo vestido em um terno azul petróleo, e mordi o lábio inferior para não gemer.Eu tinha ido na Hayans apenas para entregar documentos antigos que já não eram mais do meu interesse nem da minha conta, no entanto, depois de uma semana que havíamos nos encontrado em Boston, Tyler Legard parecia estar mais sedento do que antes. Seus lábios macios continuaram beijando meu pescoço e eu fechei os olhos, sentindo suas mãos deslizando pelas minhas pernas, erguendo a saia lápis que delineava minhas curvas.— Você não deveria vir até aqui com essa sua bunda gostosa marcada em um tecido tão fino — sussurrou em meu ouvido com um tom bravo. Tentei fechar as pernas para que ele não continuasse com seus toques, mas foi impossível já que seu quadril estava no meio delas. — Ty, por favor, sua secretária pode entrar a qualquer moment
>TYLER
Caminhando com rapidez pelo andar principal da Hayans, senti os olhares queimando em mim com curiosidade, e também senti que todos eles estavam me julgando. Não queria fazer aquilo, não queria nem mesmo pensar daquela forma mas… eu era uma Legard, mesmo que o sobrenome não fosse mais meu, eu ainda era a mulher do CEO da Hayans e era a dona daquela porra toda. Pensando em porra, soltei um risinho quando parei na frente do elevador e senti minha boceta encharcada. Tyler não deixou eu me limpar antes de sair da sua sala, e agora eu tinha esperma escorrendo pelas minhas pernas e me deixando marcada, como ele mesmo gostava de dizer.E eu estava amando… estava realmente adorando me sentir sua, de verdade.Apertei o botão para que a porta de metal se abrisse e com a postura altiva, entrei no elevador vazio. Quando girei os calcanhares e vi todas as pessoas que trabalhavam ali me olhando, sorri gentil. Se qualquer um pensou que eu sairia da vida de Tyler tão fácil, se enganou. Apressada
Eu sempre fui o tipo de pessoa que não acredita com veemência no amor verdadeiro. Meus pais e o mundo ao meu redor me fizeram desacreditar desse sentimento. Vivi sempre me satisfazendo com o raso, com coisas simples, supérfluas, que não eram nunca tão intensas… Até Tyler acontecer.É, ele aconteceu. Tyler Legard aconteceu na minha vida e eu me vi sentindo um turbilhão de emoções e sensações que desafiaram até as minhas próprias convicções. Ele me ensinou muita coisa, e eu tinha uma leve certeza de que continuaria ensinando, e no momento, naquele exato momento, Tyler acabava de me mostrar que um homem era capaz, sim, de me deixar sem reação e sem saber o que dizer. Engoli em seco sentindo as lágrimas queimando nos meus olhos e não soube como reagir. Sobre a mesa do restaurante italiano estava uma caixinha forrada em veludo. Dentro dela? Um anel com uma enorme pedra de diamante. Elevei o olhar para Tyler e continuei sem saber o que dizer. — Isso é sério? — sussurrei completamen
O nosso "para sempre" foi marcado meses após o pedido informal.Bom, "informal" porque Tyler fez um super pedido na ceia de Natal, quando nossas famílias estavam reunidas. Após pedir minha mão ao meu pai, começamos a organizar uma festa digna de um casamento verdadeiro. Nada mais era uma farsa.Não havia um contrato. Éramos eu e Tyler vivendo a nossa verdade, e eu aceitei que ela fosse linda. Sophie me ajudou com muitas coisas, e Chloe, assim como meu pai, não ficaram fora disso. Tudo foi projetado com muito carinho, e agora faltava bem pouco para "o grande dia" e eu me via cada vez mais ansiosa para me casar com o homem mais incrível que eu havia conhecido. Ajeitei o vestido branco em meu corpo e me avaliei no espelho outra vez. Era a vigésima vez que eu o experimentava.Passei os dedos no tecido leve, enquanto os olhos acompanhavam o percurso através do reflexo. Tudo estava fluindo de uma forma tão maravilhosa que parecia nem ser verdade. Bom, tudo, tudo, não. Mas noventa p