— Aconteça o que acontecer, não me deixe sozinha por favor, não quero ter que voltar naquela casa — falou, se virando para olhar para Luca. Seus olhos estavam brilhando com as lágrimas que se formavam. — Eu nunca deixaria você voltar para lá e não estás sozinha, tens a mim e o seu pai— falou o Luca, limpando as lágrimas que caíram em sua bochecha. Aurora abraçou ele, e ele a beijou docilmente. Depois do jantar, Aurora ainda tinha energia, a gastar, os dois no quarto, ela foi até ao clouset e organizou as roupas por cores, dela e do Luca, depois as meias e os calçados. Ele simplesmente olhava para ela desestressando. — Já não tem nada para arrumar, agora vem, vamos dormir— falou ele apoiado na parede, com os braços e pernas cruzados. — Ainda não, deve ter alguma coisa para arrumar, tem que ter alguma coisa para fazer— falou , olhando a volta. Os olhares dos dois se cruzaram, ela tinha uma ideia diferente de Luca, que queria fazer amor com sua esposa. Mas Aurora,
Dias atrás — Não seremos convidados para jantar? — perguntou Luca, olhando para Joel. — É claro que sim! Estejamos a vontade. Os empregados trouxeram mais prantos e serviram-nos. Luca sussurrou algo no ouvido de Aurora após ela dizer que era a primeira vez que ela se sentava nessa mesa. Eles levantaram e foram comer onde ela normalmente fazia as refeições. — Senhorita Aurora? — uma das empregadas quando a viu ficou surpresa. — vamos jantar aqui com vocês se não se importarem — falou o Luca. Eles sorriram e prepararam dois lugares para ambos se sentarem junto a ilha da cozinha com eles. — O que os senhores fazer aqui? Não me digam que vai voltar para casa — Perguntou o jardineiro com um tom desanimado. — Não! Ela não vai voltar, hoje viemos fazer uma visitas a vocês, eu queria agradecer por cuidarem tão bem dela! — falou Luca. Enquanto isso, na mesa de jantar a família Cambridge comiam despreocupado com a atitude de Luca. — O que ele pensa que está fazendo? —
Na caixa que Luca recebeu, continha uma calcinha preta, e brinquedos sexuais. — Que brincadeira é essa? — perguntou surpreso, olhando para caixa por cima da mesa. — Eu vou chamar os seguranças— Aurora saiu correndo para fora, pediu para que quem recebeu a encomenda entrasse. E foi Gilbert, um dos seus seguranças mais antigos. — O que significa isso? — Luca perguntou enojado, já em seu escritório com o seu segurança. Aurora esperava por ele na sala. — Eu não faço ideia senhor, depois de verificar se não havia perigo reencaminhei para o senhor, tinha um bilhete com o seu nome— falou o homem parado a sua frente. — Descubra a quem pertence isso, e a partir de hoje não quero receber encomendas sem remitente, que esse erro não volte acontecer — falou Luca, não estava irritado, mas intrigado. “Quem ousaria fazer esse tipo de brincadeira com ele”pensou. Aurora subiu para o quarto e Luca foi a seguir, pela primeira vez ela dormiu sem esperar por ele. Na manhã seguinte, Luca ainda
Luca estava indo até as terras que foi oferecido por John, não falou nada a ninguém porque quis ficar sozinho. Estava pensando em Aurora e na vida que tinham nos últimos meses, ele nem acreditava que 4 meses já se passaram desde o ocorrido daquela noite. Estava feliz, e pensando também como dizer que ela será herdeira de John White, ele estava apreensivo, talvez com tanta liberdade ela não queira mais continuar o casamento, talvez já não precise dele quando lidar com os Cambridge por ela, essas incertezas o faziam querer continuar como estão, não sabia a respostas para essas perguntas, mas tinha a certeza de uma coisa, “Eu quero fazê-la minha para todo sempre” pensou. Enquanto que Aurora no escritório não suportava a ideia que Luca tivesse forçado uma outra mulher a dormir com ele, não parecia esse tipo de pessoa. Estava perdida nos pensamentos que não percebeu quando o assistente Kim ligou para ela. Já estava tarde e ela ainda não tinha chegado em casa e Susan esperava por ela pa
Aurora estava arrumando suas coisas para ir embora, quando recebe uma mensagem de Letícia. SMS: Ele está aqui, por favor me ajude, eu não sei o que fazer. O coração de Aurora acelera, suas mãos ficam trêmulas e começam a suar. Sua pressão sobe. Ela se apoia na secretária para não cair, decidi ligar para Luca diversas vezes, mas ele não atendeu, Letícia via a chamar e apenas olhava com um sorriso maléfico no rosto. Então tenta ligar para Letícia, mas também não atende, ela pensou em todas as possibilidades. No elevador ela estava impaciente, à espera era longa, não sabia que era tão lento desse jeito. — Vamos para Pan Pacific, por favor seja rápido— falou ela ao taxista. Quando chegou não sabia o número do quarto, mas Letícia já deixou tudo planejado, acaso ela perguntasse, eles saberiam que tinham de dizer onde ficava. A porta do quarto não estava trancada, ela girou A maçaneta e ela abriu. Seu coração palpitava, não tinha coragem de ver, caso fosse como Letícia dizia. S
Ele andou com as mãos no bolso e foi até o carro, bateu no vidro e ela o baixou! — Posso entrar? — perguntou ele.— pode— falou ela, com um sorriso. Luca deu a volta e entrou. Ela o abraçou e os dois ficaram em silêncio, foi uma noite cheia de emoções. E não queriam que aquela mulher se tornasse um assunto deles. Ela passou a mão no peito dele, e foi até a sua intimidade. Fazendo movimentos de cima para baixo, ele percebeu o que ela queria. — Vamos para o nosso quarto? — Não! Eu quero aqui mesmo— falou ela a seguir de um beijo apaixonado. E os dois se amaram ali mesmo.Na manhã seguinte, eles dormiram até tarde, era um sábado, e Matilde iria visita-lós. Aurora levantou da cama e deixou ele dormindo, preparou tudo e deixou a mesa posta. Na hora do almoço, Matilde chegou e foi recebida por ela com animação por ter estado tanto tempo longe dela, estava ficando com saudades. Aurora estava feliz por ter ela lá e servi-lá com honras, e Luca também estava por ela estar radiante, ele
Luca e O assistente Kim esperavam na recepção pela madre superiora, que por coincidência era Madre Lupita. Já na sala Luca e Kim sentaram à frente da senhora vestida a madre, que exalava calmaria e simpatia em seu rosto pouco envelhecido, aparentemente já com 50 e poucos anos. — Senhor Clarke! É uma honra conhecê-lo. — O senhor White deve ter avido que eu viria. A Honra é todo minha. — Sim ele avisou. — Esse é o Kim, meu assistente, ele estará presente durante a conversa de não se importar. — Eu tive a primazia de fazer o levantamento de todos os dados dela, e a propósito como ela está? — perguntou, lembrando de como ela era na infância. — Ela se tornou uma mulher como a senhora disse que ela seria, linda e forte — falou Luca, orgulhoso de sua esposa. — Ainda bem! Quando puder encontrar os pais dela, traga-a para cá, gostaria de poder revê-lá. — Com toda honra eu venho com ela ver a senhora. — Na ficha dela tem o dia em que ela chegou e quem a trouxe, não diz muito sobr
— senhorita Ana! — ela olhou para o homem que já estava longe e pra Ana.— Ele só queria eu lhe desse a direção da saída, disse que ficou perdido. — E o que foi aquilo que deu pra ele? — Um endereço, era apenas isso! Posso me retirar senhora? — Claro! — falou, não muito convencida com a história da empregada. No quarto de Laura, Ana conversava com a Mãe, que penteava os seus cabelos. — A senhora não tem achado a Matilde estranha? — Estranha? Não! Ao contrário de você, não reparo nas empregadas. Tá com muito tempo livre não acha? — Não! Eu não quero ter que trabalhar, a senhora vai começar outra vez com isso? — perguntou aborrecida. — Não, não vamos brigar, estava falando de Matilde, o que foi que ela fez? — Tem estado muito estranha e quando me vê tem se assustado com facilidade. — Ela sempre foi assim, lerda como a menina que ela cuidava — se referia a Aurora. — Falando nela quando é que vem outra vez— perguntou Eufórica. <