A senhora Clarke é inocente

Aurora procurava restaurar seu folêgo, se segurando no sófa para não cair, e tossia. Em seu pescoço ficaram as marcas vermelhas que ele deixou nela, a aportando junto com o colar que ainda estava em seu pescoço.

"Irmão? Que irmão, do que ele está falando" pensou.

Luca saiu sem dizer mais nada, estava indo trabalhar após o seu casamento. E se possível dormiria lá.

Susan, a goverante da casa que foi orientada por Vanessa, e logo após a saída de Luca foi receber a sua senhora.

— Senhora Clarke- Aurora se virou assustada- senha bem- vinda, eu sou Susan, govemanta da casa.

Ela não respondeu, apenas a saudou com uma curta vénia com a cabeça.

— Siga-me senhora, vou mostrar-lhe o seu quarto. Aurora foi atrás dela e subiram as escadas, era muito grande.

Chegaram no quarto principal, era enorme com uma, cama grande no centro, ao contrario da casa, o quarto tinha poucas luzes, mais isso só o deixava mais atraente e confortável, tinham muitos outros quartos, mas ela tinha certeza que esse era o melhor e mais lindo, um closeth enorme e bem iluminado, um banheiro preto com detalhes de madeira, ela não conhecia o Luca, mas sabia que era bem a cara dele.

— Vejo que a senhora gostou do quarto- falou a Susan.

Ela acenou e sorriu, encantanda com o sorriso da sua patroa. Susan conhecia Luca faz mais de 20 anos, então ela sabia como ele era, seus gostos e parte do seu passado.

Susan olhou para a marca em seu pescoço e saiu em defesa do seu patrão.

— Ele não costuma ser assim, o patrão sempre foi gentil e carinhoso com todos mas há alguns anos quando voltou da Inglaterra onde estudava, ficou totalmente diferente - Susan esporou que Aurora falasse qualquer coisa, bem ou mal, mas que dissesse alguma coisa, mas não ouviu, ela permaneceu calada e com um sorriso que indicava que ela entendia.

No escritorio, Luca estava revisando alguns papeis quando reparou na aliança em seu dedo, quis tirar, mas logo seu assistente entrou.

— Me diz que conseguiu o que eu precisava? — perguntou Luca, ao sentir uma presença familia.

— Sim senhor. A senhorita...

— Não diga o nome dela por favor, não quero ficar mais irritado do que já estou.

— A senhora Clarke é inocente, ela foi drogada juntamente com o senhor- Luca não esperava essa resposta, ele queria algum motivo para se livrar dela.

— Como assim? Mostra isso - nas cameras de vigilancia da festa, mostravam o garçon colocando a droga em um dos copos e quando ele passou perto de Luca, que simplesmente tirou o copo, o garçom sem outra escolha voltou a preparar outro copo, mas dessa vez chegou ao destino.

— A princípio era só para a senhora ser drogada, mas por acidente, copo que seria para senhora Clarke o senhor acabou bebendo.

— E como ela foi parar no meu quarto?

— Se o senhor arrastar o para o lado, pode ver as câmeras do corredor, quando esbarrou no garçom, acabaram trocando os cartões. o quarto do senhor ficava ao lado de onde a senhora estava, quando pediu uma chave não deve ter percebido o número e só viu quando já o tinham trocado.

— Quer dizer que eu é que fui parar ao quarto errado e tirei a inocencia da moça? - ele perguntou incrédulo, começando a se sentir mal por ter apertado o pescoço dela - ela bem que parecia assustada quando me viu no altar e suas mãos suavam muito, será que ela estava com medo?

— Tem mais uma coisa senhor! — falou Kim.

— O que é?

— Foi a senhora Ana Cambidge que mandou drogar a sua irmã.

— Sim, agora me lembrei aonde eu vi aquela mulher pela primeira vez, ela estava noiva de um cara dos Smith, ela sabia que a sua irmã dormia com seu noivo e não fez nada.

— Por isso o senhor me fez aquela pegunta? Logo eu achei estranho — falou ele, coçando a cabeça — mas o senhor não deveria estar em casa?

Luca olhou para ele e se levantou.

— Vamos! - disse Luca.

— Para onde senhor?

— Beber tudo que encontrar pela frente.

PJ e Rui eram donos de um bar, e Luca raramente ía para lá. E quando ele chegou, deixou os amigos surpresos, como também algumas pessoas que o conheciam.

— O que você faz aqui? Não deveria estar na noite de nupcias com sua esposa? — perguntou PJ.

— Eles já adiantaram os procedimentos esqueceu - Rui falou. E Luca olhou torto para

— Eu quero e preciso beber, não vou suportar ficar naquela casa com aquela mulher - falou Luca, bebendo o copo de uisque do amigo sem deixar nenhuma gota no como.

— com calma - falou PJ.

— Me deixa, não es tu que teve que se casar com a irmã do homem que você mais odeia.

— Ainda por causa de Mia?- Perguntou Rui. Sabia o motivo pelo qual ele não suportava

Amaldo, mas odiar? Essa é nova.

— Não fala dela — falou, bebendo outro copo da mesma forma.

— como eu vou conseguir viver com a irmã dele? Eles se parecem, eu não vou conseguir olhar para ela sem pensar nele, como eu me odeio.

— Ela é adotada, não tem o mesmo sangue que eles, se calhar ela é bem diferente do irmão — falou PJ.

— O sangue não importa, ela conviveu com ele, mesma casa mesma mesa, mesma mãe e mesmo pai, tudo neles é o mesmo, o caractér também de ser o mesmo - falou, com o álcool já começando a fazer efeito.

— Isso não é verdade, Tu e a Martina são muito diferentes, e são irmãos — Rui disse,

— Isso é diferente — falou. Luca depois de meia garrafa, já estava alcolizado, então os amigos e Kim decidiram levar ele para casa, por mais que reclamasse.

Na porta, Kim usou o codigo para conseguir abrir a porta, Aurora esperava na sala o Marido chegar, aprendeu a nunca dormir sem antes os donos de casa chegarem, ela levanta do sófa ao ver Luca a ser carredo por dois homens que não conhecia, eles colocaram ele no sófa enquanto ele não parava de falar sobre o passado.

Tentando tirar as o seu paletó, mas ele percebe que ela estava a tocar nele e a empurra.

- Oh - falou o PJ.

- O que pensa que está fazendo Luca?- perguntou o Rui.

- Tirem essa mulher daqui, ela me mete noje - falou.

Aurora bateu com as coisas na mesa de vidro que estava na sala de estar. Ela se contorceu de a dor, o assistente Kim tentou ajuda-lá a se levantar.

- Eu odeio você - falou Luca- Odeio o facto de ter me casado com você.

-Tudo bem, mas antes deixa cuidar de você, e pode voltar a me odiar - falou Aurora de forma carinhora,ignorando a ajuda de Kim e a dor que sentia.

Os amigos de Lucas e o assistente Kim, olhavam para ela, não acreditando no que ela tinha acabado de responder.

- A senhora está bem- perguntou o assistente Kim, afinal, a pandaca foi forte.

- Sim, estou bem. Podem me ajudar a leva-ló para o quarto por favor?- pediugentilmente.

- Sim é claro! — falou o PJ. Eles pegaram e o levaram para o andar de cima. Aurora passava a mão nas costas, no lugar da dor, mas ninguém viu, afinal ela estava atrás deles, eles conheciam bem a casa.

No quarto, eles colocaram-no na cama ela saiu de trás deles, começou a tirar a sua roupa, e ajeitando ele para que dormisse confortável, mas então ele segura no seu pulso e diz em meio a um sussurro.

— Mia, Mia! Não vai embora por favor — ainda desacordado Luca chamava pela sua ex, a frente da sua esposa e seus amigos ficaram com vergonha alheia dele. Ela percebeu que ficou um clima bem pesado então quebrou o silêncio.

— Tudo bem! Eu não me vou embora- ela respondeu, dando leves palpadas em seu peito, cantando uma canção de ninar e então ele finalmente dormiu. Ela tirou o lençol e cubriu ele.

Todos sairam do quarto deixando ele dormir. Aurora se sentia culpada por ter separado casal apaixonado, e os olhares envergonhados de seus amigos a deixavam constrangida.

— Vocês podem ligar para ela? - perguntou.

Eles não sabiam de quem ela estava falando.

— Ligar para quem - perguntou o Rui.

— Para namorada dele, para que ela possa ficar no quarto com ele eu não vou incomodar — falou ela.

Dando a entender que não dormiriam no mesmo quarto.

— Não! Não é nada disso que está pensando, eles terminaram a mais de 8 anos e não se vêm desde então— falou Rui.

— Posso oferecer-vos alguma coisa já que tiveram a amabilidade de trazer o meu marido para casa!

— Não precisa se incomodar, nós estamos ótimos e já vamos— falou o PJ.

— E já agora eu sou a Aurora - se apresentou.

Eles sentira-se envergonhados por não terem se apresentado antes.

— Desculpa, eu sou o PJ- falou o homem, de 1.78 de altura, cabelos loiros e olhos

pretos, com um rosto simétrico e bem desenhado.

— E eu sou Rui - o único ruivo entre os amigos, com sardas no rosto, mas que ainda assim não o deixavam menos bonito, ainda era atraente, ele e PJ tinham a mesma altura e todos pareciam frequentar alguma academia.

— Eu sou o Kim, assistente do senhor Clarke - se apresentou por último, aparentemente mais novo dos três, mas devia ser mais velho de Aurora, entre os 27 ou 28 nos.

— somos amigos de Luca desde que usamos fraldas - falou PJ.

E era verdade, seus pais não eram amigos, mas eles sim, estudaram na mesma escola particular até que foram para mesma universidade juntos. Estavam semprejuntos, mas Amaldo, e eles, se conheceram no últmo ano do ensino médio e se juntou a eles.

Aquela toda confusão aconteceu quando ambos estavam fazendo o Mestrado, mas lucas não quis voltar naquele momento então deu continuidade com os estudos fazendo o Doutoramento e especialidades, aos 25 anos, ele voltou para casa e se tomou vice-presidente da empresa de seu pai, 2 anos depois seu pai se aposentou dando lugar ao seu filho Luca Clarke.

— Temos muito prazer em conhecer-te — falou Rui — a partir de agoram somos teus amigos também, podemos trocar contacto?

Aurora não usava celular, não que, não precisasse, mas por que lhe não lhe permitiam usar.

— Sinto muito, eu não uso celular - falou com a maior educação e delicadeza possível para não ser rude.

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