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Giverny, França - 1991*****Bem cedinho, Murillo acordou e decidiu ir até a cozinha preparar o desjejum. Anytha continuava dormindo como um Anjo e Murillo preferiu não acordá-la. Então, passou um café, ferveu um pouco de leite e colocou um bolo no forno. Às oito e meia, Anytha acordou restaurada do dia de ontem, se lembrando de Murillo. Na madrugada anterior, parecia ter sido um sonho. Porém, não era assim, pois constatou pelo seu casaco no quarto.
Com aquilo, se levantou de um pulo e resolveu tomar um banho, precisando se refrescar para um novo dia. Após se banhar, caminhou para a cozinha, sentindo um cheirinho de café fresco e ouvindo Murillo conversar banalidades com Alanis. Parou de frente à porta e nenhum dos dois notou-a, apreciando Murillo em todos os sentidos. Se estivesse com Murillo desde os tempos de namoro, estariam casados e felizes, mas j&aacut*****Giverny, França - 1991*****— Jesus Cristo! Não! Isso não! — Anytha se adiantou até Alanis, que estava desmaiada e com uma mancha de sangue que corria pelo seu ombro, seu pescoço e seu peito. — Murillo, me socorra! Pelo Amor de Deus! Minha irmã Alanis! Não, meu Jesus!Murillo viu como Alanis estava caída e nada poderia complicar ainda mais toda situação. Os dois se olharam com desalento e Murillo se lembrou que havia um pequeno hospital particular no centro de Giverny chamado Saint Marie. Sendo assim, pegou Alanis no colo e pediu para Anytha apanhar os documentos de ambas. Enquanto Anytha trazia as coisas, além de levar um pano branco para estancar o sangramento, Murillo estendeu Alanis no sofá branco e procurou os batimentos cardíacos. Deu graças a Deus ao sentir uma leve pulsação. Apesar do perigo, Murillo abri
*****Giverny, França - 1991*****E na pousada do centro de Giverny agora, Murillo parou no balcão com Anytha e Alanis para pedir mais um quarto de hóspedes enquanto ambas esperaram saber em quais cômodos se instalariam. Assim que tudo veio a ser resolvido, Murillo pediu as chaves de todos e subiram as escadas até Anytha perceber que apenas Alanis dormiria no dormitório pedido.— Mas Murillo, onde pensa que eu permanecerei durante esse tempo? — Anytha cobrou-lhe uma explicação plausível. — Onde dormirei?— Bem, enquanto seu marido Mark não chega, no meu quarto! Lógico! — Murillo sorriu de modo ingênuo, como quem nada devia. — E Alanis, seu quarto é esse do lado! Pode entrar!— Murillo, isso é um disparate! — Anytha bufou de frustração. — Não mesmo! Estou indo dormir co
*****Giverny, França - 1991*****E em Giverny, pairava o helicóptero de Mark, que acabara de chegar da Inglaterra, sobrevoando o local, procurando pousar, mas desistiu no momento que avistou do alto sua casa assustadoramente destruída. Nervoso, pensou no pior e para não perder toda calma, resolveu contatar Anytha como fez anteriormente com seu dispositivo. Logo levantou voo ao perceber que Anytha não se encontrava muito longe dali. Assim partiu direto para o aeroporto da Marinha, deixando seu helicóptero e pegando um táxi, resolvendo ir atrás de Anytha e Alanis. Naquela altura Murillo, que já procurava Mark, chegou um pouco tarde e voltando à pousada, um dos recepcionistas avisou.— Senhor Murillo Andrade! — o rapaz apontou com o dedo. — Esse homem diz conhecer suas hóspedes convidadas e insiste em conversar com as duas!— Quem é voc&
*****Giverny, França - 1991*****— Anytha, saia um pouco desse quarto, pois quero conversar a sós com Mark! — exigiu enquanto os dois se olharam com medo. — Não inventarei dramas, apenas quero deixar algumas coisas claras para esse homem aqui!Assim Anytha, toda vencida, saiu e avisou que estaria no quarto de Murillo. Permaneceu em sua companhia por alguns minutos na medida que Alanis conversava com Mark. Antes do diálogo, Alanis pediu que quando terminassem, Anytha poderia procurá-la.— Bem, pode me atravessar como um tanque de guerra! — Mark se entregou à culpa, já que sabia que estava cometendo os piores desacertos de sua vida. — Eu tenho discernimento que preciso consertar muito mais do que parece!— Você terá que se portar muito melhor do que isso! Canalha! — Alanis encarou-o com ódio. — Já que voc&ecir
*****Giverny, França - 1991*****E no restaurante, todos se encontraram e Mark pediu que Anytha escolhesse o menu com um prato especial para si mesma, pois pretendia conversar em separado com Murillo.— Mas Mark... — sentiu uma inquietude sem tamanho pela situação do momento. — Acho que...— Por favor, querida! Já te entreguei a chave de seu quarto! Você deve permanecer aqui! — Mark interrompeu Anytha, como quem não queria estender nenhum assunto mais delicado. — Está tudo bem! Fique aí, nessa mesa, porque tenho que discorrer em particular com Murillo!Estava tão calmo e decidido, que Anytha imaginou que Mark arrancaria Murillo da outra mesa. Só que enquanto analisava o cardápio, ambos iniciaram uma conversa estranha assim que selecionaram seus pratos, que seriam batatas gratinadas.— Qual é seu nome? &mdash
*****Giverny, França - 1991*****Enquanto Murillo tentava tirar alguma palavra positiva de Anytha, sem saberem, Mark subiu as escadas como um autômato, totalmente vencido, pretendendo ir conversar com Alanis, para dizer que obedeceu-lhe as ordens realmente. Assim que chegou na dianteira de sua porta, Mark bateu de leve, esperando que Alanis estivesse acordada, ouvindo sua linda voz do outro lado enquanto Hellen abria, sorrindo-lhe como uma criança.— Quem está aí? — Alanis perguntou antes de vê-lo, se arrumando contra os travesseiros. — É você, Anytha?— Sou eu! Mark! — respondeu, todo aturdido, olhando Hellen com desespero e entrando como um transtornado. — Preciso conversar com você, Alanis! Por favor, Hellen, saia por alguns minutos!— Tudo bem, então! — Alanis autorizou, estranhando por querer vê-la no quarto na m
*****Paris, França - 1991*****E numa outra extremidade da França, ou seja, no Aeroporto da Marinha Francesa, que estava localizada em Paris, se achava Eduardo. Como não havia desistido, aproveitou os números que pegara do helicóptero de Mark e descobriu onde a aeronave se encontrava. Assim pegou sua moto e partiu para aquele destino. Chegando ao local, começou a inspecionar o espaço à procura de algumas informações. Sendo Eduardo da Marinha também, achava que tinha esse direito igualmente. Como o aeroporto era grande, Eduardo saiu percorrendo os cercados, onde tudo era deserto. Até que mal esperando ao chegar na porta de entrada, recebeu uma pancada na nuca, que deixaria-o desmaiar na hora, se vendo lançado dentro de um carro escuro por dois homens.Quando Eduardo retornou da inconsciência, estava numa sala e amarrado vigorosamente a uma cadeira, al
*****Giverny, França - 1991*****À noite, Anytha acordou com algumas batidas na porta. Pensou até que seria Murillo, mas ao abrir os olhos devagar e olhando no relógio, notou que passavam das seis horas da tarde. Só poderia ser Mark e era realmente, sentindo uma sensação esquisita no peito ao analisar tudo cruamente.— Boa Noite, querida! Está tudo bem? — Mark olhou-a de modo carinhoso. — Estava dormindo?Os olhos de Anytha não negavam que estiveram chorando. Por isso, dissimilou um bocejo e responderia como quem nada queria.— Sim! — na medida que respondeu, Mark entrou e trancou a porta. — Estava muito cansada!— Bem... — Mark parecia inquieto com tudo aquilo. — Acho que você está melhor agora...— Eu estou melhor sim! — Anytha tentou sorrir, mas falhou miseravelmente. — S&oacut