ANASTASIAMinha mente voltou para o momento em que as preparações estavam em andamento e cada equipe ia e voltava para pegar seus ingredientes.Embora eu estivesse profundamente concentrada sobre quais ingredientes eu precisava pegar e em qual quantidade, ouvi uma sugestão rápida de um dos membros da equipe ao lado da minha. — Por que não adicionamos gergelim?A colega dele respondeu, mas eu não consegui entender exatamente o que ela disse.Mais tarde, ouvi outro membro da mesma equipe perguntar: — Quanto de pó de gergelim seria suficiente?A colega respondeu com um leve encolher de ombros, sua atenção voltada para as cenouras que ela estava esculpindo em um formato específico. — Não sei. Coloque o suficiente. Só precisamos do gosto lá.Na hora, esses pensamentos ficaram registrados em minha mente, mas eu não dei muita importância e simplesmente imaginei que não fosse da minha conta, já que todos leriam seus ingredientes antes que os juízes provassem os petiscos. Mas quando eles listar
Perdida por palavras, eu apenas sorri e fiz um aceno com a cabeça para reconhecer sua gratidão.Ao refletir mais profundamente sobre toda a situação, percebi que eu não estava realmente pensando quando gritei para ele parar.Argh, o que há de errado comigo? Agora, todo mundo aqui está me observando com olhares furtivos.— Como você soube que ele era alérgico? — Uma das minhas colegas aproveitou a proximidade e perguntou.Só havia uma maneira de desviar essa pergunta.Eu simplesmente ignorei ela e fiz de conta que não ouvi, focando totalmente nos jurados que estavam degustando os alimentos, como se estivessem fazendo algo além de abrir a boca, molhar as colheres ou garfos com comida e mastigar conscientemente enquanto avaliavam os sabores.Por conta própria, meus olhos se dirigiram para Aiden, mas eu rapidamente os desviei, embora isso não o tivesse retirado dos meus pensamentos.Eu estremeci ao pensar no que teria acontecido se eu não tivesse ouvido a conversa sobre a adição de sesame
DENNIS— Ela esteve aqui no Eclipse? — Perguntei. — Sem ofensa, mas você tem certeza de que está com os fatos certos?O detetive sorriu. — Sim, Sr. Dennis. Não estaríamos aqui se não tivéssemos certeza.— Você pode me dizer quem é essa pessoa? Talvez eu a conheça se ela costuma vir aqui.Ele balançou a cabeça, pedindo desculpas, e colocou as mãos sobre a mesa. — Não posso te dizer mais do que já falei. Mas te asseguro que você não tem nada com o que se preocupar. Você não está em nenhum tipo de problema. E nossa presença aqui não é um erro, isso nós garantimos. Embora não haja provas de que o assassino tenha estado exatamente neste clube, as chances são altas.Enquanto eu ouvia o detetive, estava dividido entre o alívio e a preocupação. Ele acabou de dizer que não havia provas, mas depois falou que as chances eram altas.— O que exatamente vocês querem?Ele desfez as mãos e as espalhou sobre a mesa. — Por enquanto, precisamos de uma filmagem de seis anos atrás.Ele tirou um pequeno blo
Então, o líder da equipe se aproximou. — Ainda é possível obter a gravação, senhor. — Ele me tranquilizou. — Não vai ser fácil, mas não é impossível. Temos um plano para rastrear a gravação, vasculhar os arquivos e reconstruir os pedaços. Vai levar tempo e esforço, mas estamos confiantes de que podemos conseguir.Eu acenei com a cabeça.— É possível conseguir ainda hoje? — O detetive perguntou enquanto olhava ao redor da sala.O líder da equipe olhou brevemente para sua equipe, que ainda estava trabalhando na recuperação da gravação, e então se virou para o detetive e acenou com firmeza. — Vai levar cerca de uma ou duas horas, mas é possível conseguir ainda hoje.Embora eu me perguntasse o que a polícia estaria fazendo aqui por horas, caso se recusassem a sair até conseguirem o arquivo, uma sensação de alívio me envolveu. Pelo menos, não parecia mais que eu estava escondendo o arquivo.— Certo, vamos fazer isso. — Eu disse, grato pelo comprometimento deles.Enquanto mergulhavam no trab
AIDENOlhei para o donut com vegetais por cima e assenti, um pouco impressionado.Os juízes se revezaram para dar uma mordida no lanche. Então chegou a minha vez.Peguei o donut, pronto para dar uma mordida, mas parei abruptamente quando ouvi um sonoro “Não!”Reconheci a voz e então olhei em sua direção, meu coração acelerando na garganta.Algo aconteceu com ela?Ela se desequilibrou e caiu?Ela se machucou?Vários pensamentos e imagens dolorosas de Ana se machucando passaram pela minha cabeça antes mesmo de eu conseguir focar o olhar nela.Encontrei seu olhar arregalado e aterrorizado sobre mim, e meu reflexivo “Você está bem?” morreu na minha garganta.Ela me olhava como se tivesse visto um fantasma, e assim que nossos olhares se encontraram, ela abaixou os olhos, parecendo envergonhada.Ela olhou ao redor e então apontou para mim de forma desajeitada.— Ele é alérgico a gergelim.O pensamento que deveria ter surgido na minha mente era "onde está o gergelim?". Eu deveria perguntar on
Eu me virei para o homem, agora presumido como Martin. — Uhh...O gerente da pousada me deu um tapa firme nas costas. — Aiden, meu amigo, este é meu filho, Martin.Martin se virou para mim, o reconhecimento nos olhos agora mais evidente. — Ah. Você deve ser o Aiden. — Ele disse, esticando as mãos ocupadas para mais um aperto de mão.Eu aceitei. — Muito prazer, Martin. — Agora que olhava para ele novamente, entendi por que ele parecia familiar. Ele era a cara do pai.Depois de trocarmos algumas palavras amigáveis, continuei meu caminho até o quarto de Ana.Eu me certifiquei de que a planta estava bem segura em um dos meus braços antes de bater com os nós dos dedos na porta.Meu rosto estava marcado por uma careta enquanto batia pela terceira vez e ainda não havia resposta.— Ana! — Eu chamei, sem me importar com quem poderia me ouvir.— Anastasia! — Bati com o punho na porta. — Você está aí?Minha pergunta foi respondida com um silêncio absoluto.Quando ia abrir a boca para chamar o nom
ANASTASIANo quarto dele?!Eu fiquei boquiaberta olhando para ele. Ele tem noção do que está dizendo? Por que, de todos os quartos, eu escolheria o dele?— Não, obrigada. — Eu falei sem pensar direito.Vi algo que parecia dor nos olhos dele antes que ele escondesse com um sorriso, e me senti tomada pela culpa. Eu não deveria ter rejeitado a oferta dele assim tão diretamente, me repreendi.Abri a boca para suavizar a rejeição com algumas palavras, quando ele falou.— Eu entendo de onde você está vindo, mas eu realmente não me importo, e só para você saber. — Ele acrescentou com uma sobrancelha arqueada. — Eu não pretendo ficar no quarto enquanto você estiver lá.— Ah. — Minha boca se formou ao engolir as palavras. — Eu não sabia que você não estaria no quarto.— Claro que não. — As sobrancelhas dele se franziram como se aquilo fosse a coisa mais ridícula do mundo. — Eu não quero te fazer sentir desconfortável.Eu fiquei completamente tocada pelo sacrifício que ele queria fazer. Isso mos
Eu empalideci. De onde diabos veio isso?!Balancei a cabeça, tentando afastar todos os pensamentos relacionados a Aiden, mas quem eu estava tentando enganar? Eu estava no quarto dele.Finalmente, me sentei na cama e foi aí que percebi que, desde que Aiden me trouxe para o quarto e estava arrumando as coisas, eu ainda estava parada naquele único lugar.Fechei os olhos e gemei. Não é à toa que ele parecia não ver a hora de sair do quarto. Eu realmente devia tê-lo feito sentir-se desconfortável.Perdida na maciez do colchão enquanto me deitava nele, comecei a admirar o quarto a partir dali. Parecia que o design de todos os quartos era o mesmo.Depois, tirei a roupa e me arrastei até o banheiro, onde tomei um longo banho enquanto inspecionava alguns dos produtos de cuidados com a pele dele. Eles tinham um cheiro bom, como sempre, mas eram diferentes dos que ele costumava usar. Eu estava realmente tentada a tentar alguns deles. Ele sempre escolhia os melhores produtos para a pele. Mas fui i