Hoje finalmente era o dia marcado para eu vê-lo. Olhei-me no espelho, sorrindo largamente para o meu reflexo, enquanto verificava se minha roupa e tudo mais estavam de acordo com as regras.Chamei um táxi e disse ao motorista o meu destino. Ele me analisou de cima a baixo, mas não disse nada.Quando cheguei, fui direcionada à sala de espera e pediram que aguardasse ali. Havia outras pessoas que também tinham vindo visitar algum dos detentos. Durante cerca de vinte minutos, observei enquanto esperava, sentindo-me gradualmente cansada, até que um policial apareceu e chamou o sobrenome de quem seria o próximo a ser atendido.Levantei-me num pulo quando ouvi o mesmo policial gritar o sobrenome de Isaac.Forcei um sorriso no rosto enquanto me aproximava da sala de visitas. No centro do cômodo, havia uma mesa pequena e duas cadeiras colocadas uma de cada lado.— Vinte minutos. — Murmurou o policial antes de se afastar alguns passos.Nos primeiros minutos, Isaac e eu apenas nos encaramos. Eu
Ele deu uma risada e as memórias de quando começamos a namorar passaram pela minha mente. Ele costumava rir de todas as piadas que eu fazia naquela época. Talvez recuperar isso não fosse uma ideia tão ruim ou... talvez fosse.— Estive pensando. — Disse eu, depois que ele se acalmou, meus dedos entrelaçando-se com os dele. — Eu vou retirar a ação que movi contra você.Ele ficou rígido e me olhou de boca aberta. — Você está falando sério? — Meu coração se encheu de alegria ao ver a esperança brilhar intensamente em seus olhos.Eu assenti.— Meu Deus, você está disposta a me dar uma segunda chance?Eu ri. — Sim, Isaac. Você me ama, não ama?— Amo, com todo o meu coração.— E você está pronto para mudar. Ser o homem de quem me apaixonei?Ele assentiu.— Podemos recomeçar do zero.Os olhos dele se arregalaram e seu sorriso se alargou. — Bella, juro que sempre vou te amar. Admito que te tratei mal e estava errado, estou disposto a me reformar, eu...— O tempo acabou. — Suas palavras foram in
Ponto de Vista de Sydney— Uau! — Finalmente soltei, desviando meu olhar do celular.Acabei de receber uma ligação do departamento de polícia. Eles têm Bella sob custódia por assassinar Isaac.Nas últimas semanas, muita coisa aconteceu. Desde Doris até Mark e os assuntos triviais que precisei resolver, seja no trabalho ou no hospital onde Mark estava internado. Era simplesmente um turbilhão, e eu vinha lidando com tudo como se fosse programada para isso. Então, quando ouvi a notícia, fiquei paralisada, incapaz de processar o que o policial havia dito.Agora que penso nisso, as palavras do oficial ecoavam na minha mente, e eu me perguntava por que tinham me ligado. Onde estavam nossos pais?Para minha surpresa, a notícia não me chocou como deveria. Talvez por isso tenha demorado tanto para reagir. Acho que nada mais consegue me surpreender agora.No entanto, lá no fundo, sendo honesta, admiro Bella. Deve ter exigido muita coragem e determinação para fazer o que ela fez. Mesmo que ela ti
— Olá, Srta. Sydney. — O médico sorriu enquanto me via entrar em seu escritório.— Veio perguntar sobre seu pa…— Não, não. — Balancei a cabeça. Eu já tinha adquirido o hábito de visitar o médico sempre que ia ver Mark. Perguntava como ele estava e quando poderia acordar, mas o tom do médico era sempre sombrio ao me responder.Sentei-me em frente a ele.— Estou aqui para perguntar sobre os outros pacientes.Ele parou por um momento e depois assentiu.— O que deseja saber?— Além do Mark e das outras duas pessoas que estavam no carro com ele, havia mais algum paciente trazido para cá naquela noite?Ele franziu o cenho enquanto balançava a cabeça.— Era para haver mais alguém?— Não sei, é por isso que estou aqui. Um carro bateu no carro do Mark e depois colidiu com um poste após perder o controle. Quero saber sobre o motorista daquele carro.— Ah. Os paramédicos que foram ao local relataram que não havia ninguém no outro carro quando chegaram.— O quê? — Franzi o cenho. Como assim? Eu t
A expressão de Mark ficou ainda mais séria, e seus olhos analisaram minha figura de cima a baixo por quase um minuto antes que ele explodisse:— Posso estar com amnésia, mas não sou burro. Como eu poderia ter uma mãe tão jovem? Quantos anos eu tenho?Eu não consegui conter a risada que escapou da minha garganta. Apesar de estar triste por ele ter perdido a memória, era bom, talvez bom até demais, tê-lo de volta. Ouvir as declarações diretas dele, sem qualquer filtro, era quase reconfortante.Afinal, parece que a memória foi a única coisa que ele perdeu. Graças a Deus. Acho que não saberia lidar com ele se, além de ter perdido a memória, ele também tivesse se tornado obtuso. Ele ainda era tão perspicaz quanto antes.Sentei-me ao lado de sua cama, e ele se mexeu, agora se sentando também.— Claro que eu não poderia ter dado à luz um filho tão velho quanto você. Eu sou sua madrasta.Eu não sabia por que continuava com aquilo, mas estava sendo divertido. Acho que queria aproveitar essa opo
Ergui as sobrancelhas quando a expressão carrancuda no rosto dela se transformou subitamente em uma expressão suave assim que se virou para Mark. Suas sobrancelhas franziram em preocupação, e seus olhos brilharam com lágrimas. Ela se aproximou da cama e sentou-se na beirada, longe de mim.— Mark. — Sua voz tremia enquanto ela falava. — O que está acontecendo? Você não me reconhece? — Ela colocou a palma da mão no rosto de Mark, mas ele a afastou, parecendo irritado.— Você é minha mãe de verdade? — Ele perguntou de forma um pouco ríspida.Rose assentiu. — Sim, filho, eu sou sua mãe. Sua mãe biológica. Eu carreguei você no meu ventre por meses, você não se lembra?Mark franziu o cenho para ela. — Como eu deveria me lembrar de ter estado no seu ventre?Um som estranho escapou dos meus lábios enquanto eu tentava segurar o riso.Antes que Rose pudesse disparar algum insulto, Mark, alheio ao impacto de suas palavras, perguntou. — Então, quem é ela? — Ele voltou seu olhar intrigado para mim
**CENA EXPLÍCITA ADIANTE***A chegada de Rose, finalmente reivindicando o papel de membro da família de Mark, significava que eu não tinha mais motivos para permanecer ali. Passei pelos corpos paralisados de curiosidade, com seus trajes chamativos e perfumes excessivamente fortes que me fizeram franzir o nariz de desgosto, até chegar ao final do corredor.Por algum motivo, olhei para trás, em direção à porta do quarto particular de Mark, soltando uma risada sarcástica. Era só olhar para aquelas pessoas agindo como os típicos bajuladores que eram, enquanto, dias atrás, não se viam em lugar algum.Nunca sabemos quem são nossos verdadeiros amigos até que tudo vá espetacularmente por água abaixo.Suspirando, me joguei no banco do carona do meu carro e fechei a porta atrás de mim, jogando minha bolsa no assento ao lado.Olhei pelo para-brisa para o fluxo constante de pessoas entrando e saindo do hospital. E a única coisa que não saía da minha cabeça, enquanto estava sentada ali, era a cena
Ele então me deitou na cama, prendendo-me contra o colchão.— Meu Deus, você não faz ideia de quanto tempo esperei por isso. Tempo demais. — Lucas sussurrou, pressionando-se ainda mais contra mim enquanto começava a beijar meu pescoço.— Eu também. — Respondi com entusiasmo.Era tudo o que eu também desejava desesperadamente, e esperava que isso não acabasse tão cedo. Passei por tantas coisas e merecia esse momento de felicidade após tudo. Essa espécie de queda livre delirante que afastava todos e tudo da minha mente por um tempo.Ah, Lucas era uma visão encantadora visto debaixo.Seus traços marcantes e aqueles olhos intensos pelos quais me apaixonei, junto com as longas mechas de cabelo que caíam sobre sua testa, implorando para serem acariciadas pelos meus dedos.Senti uma nova onda de desejo ao observar como a camisa dele esticava sobre seus músculos e a parte do peito exposta, onde alguns botões estavam desabotoados.Havia um pingente prateado pendurado no colar ao redor do pescoç