Eu me virei rapidamente e olhei para ele. Ele começou a se aproximar, mas eu não hesitei em empurrá-lo com força para longe de mim. Ele ficou parado no lugar. Eu o encarei e falei friamente. — Chega! Eu não quero mais jogar esse jogo de gato e rato com você!Eu dei um passo à frente e empurrei o peito dele novamente. — Que diabos você quer? — O empurrei de novo. — O que é? Me diz! Esse corpo? — Apontei para mim mesma.Furiosa e cegamente, com as mãos tremendo, eu desabotoei a camisa que estava usando, mostrando sem vergonha o sutiã de renda que eu estava usando. — Isso é o que você quer?! Tudo bem! Vamos nos esconder como ratos! — Eu me pressionei contra ele.— Por que você não tem outra mulher na manhã do seu casamento? Vai lá! — Peguei a mão dele e a coloquei na minha bunda. — Faça o que precisa fazer e me tire dessa porra do seu sistema. — Eu fechei os olhos enquanto cuspi no rosto dele. — Tudo o que peço é que tenha a misericórdia de me deixar ir depois de fazer o que quiser com es
Por um momento, houve um silêncio enquanto a realidade do que acabara de acontecer começava a se instalar, então eu saí do meu estado de paralisia e corri até o local do acidente, com o coração na boca.Já havia várias pessoas ao redor do acidente. Algumas estavam ligando para o 911, enquanto outras, inutilmente, tiravam fotos e filmavam a cena.Deixei minha bolsa cair e me agachei ao lado dos destroços que um dia foram o carro de Mark. Lá dentro, Mark, o motorista e o assistente dele estavam presos, de cabeça para baixo. Sangue escorria da têmpora de Mark.— Mark! — Não importa quantas vezes eu gritei o nome dele, ele não abriu os olhos. — Mark! Aguenta firme… — Olhei ao redor e pedi ajuda às pessoas que estavam por ali. Elas pelo menos poderiam tornar sua presença útil.— Alguém, ajude! — Gritei e voltei minha atenção para Mark. — Eu preciso de ajuda! — Continuei gritando enquanto tentava puxá-lo para fora do carro.— Socorro! — Olhei novamente e, de repente, olhei de volta para Mark
— Eu espero que ele fique bem. — Grace disse, com um tom sombrio.— Eu também. — Murmurei de volta.Grace suspirou e houve uma pausa. — Acho que ninguém aqui soube ainda. Os preparativos ainda estão a todo vapor. Devo avisá-los?— Não sei, Grace. Faça o que achar certo. — Falei com desânimo, sem muito interesse.Ela suspirou novamente. — Não sei se devo ficar triste pelo nosso grande patrocinador ou se devo me alegrar pela desgraça da Sandra, que perdeu o noivo.— Vamos apenas rezar pelo nosso grande patrocinador, afinal, o dinheiro dele é muito importante para nós. — Mas para mim, não era apenas o dinheiro dele. Se fosse só isso, meu coração não estaria doendo tanto.Grace respondeu solenemente. — Sim, eu cuidarei dos assuntos da empresa, fique com ele se precisar. Se acontecer alguma coisa, é só me ligar.Eu acenei com a cabeça. — Obrigada.Eu estava prestes a desligar quando ela chamou meu nome. — Sydney?— Sim? — Respondi com a voz baixa.— Seja forte por ele. — Ela disse. Uma lágr
UMA SEMANA DEPOISAfastei meus olhos cansados da tela quando meu telefone começou a vibrar sem parar. Eu sabia que não podia ser o Lucas, pois eu tinha um toque personalizado para as ligações dele, e o celular definitivamente tocaria. Também não podia ser a Grace; ela já teria subido aqui furiosa se tivesse ligado mais de duas vezes e eu não tivesse atendido.Agora, era a quinta vez que esse número estava tentando ligar. Tenho que admitir, a persistência desse desconhecido era admirável.Bocejei e esfreguei meus olhos cansados, depois me recostei na cadeira e peguei o telefone da mesa. O número que aparecia na tela não estava salvo no meu celular e nem sequer era familiar.— Alô... — Murmurei ao atender a ligação.— Boa tarde, senhora. Estou falando com a senhorita Sydney? Foi a senhora que trouxe o senhor Mark Torres ao hospital depois de um acidente, certo?Franzi o cenho e me sentei mais ereta.— Boa tarde. Sim, sou eu mesma, Sydney.— Sou cuidadora e fui designada para cuidar do se
Eu suspirei:— Peço desculpas sinceras por isso. Não é típico da família Torres. Tenho certeza de que algo deve estar prendendo eles. Vou tentar...— E o meu pagamento? Receio que talvez tenha que parar de prestar meus serviços se eu não...— Era exatamente isso que eu ia mencionar, senhora. Por favor, envie o número da sua conta e o valor da sua taxa para este número. Eu farei o pagamento imediatamente. Então, continue cuidando dele.— Tudo bem. Obrigada.— Eu também tentarei...Pisquei quando ouvi o clique que indicava que a ligação havia terminado. Levantei a sobrancelha e dei de ombros enquanto colocava o telefone de volta na mesa. Não a culpei; eu ficaria ainda mais irritada se estivesse no lugar dela. Ela tinha uma voz tão tranquila que não esperava que fosse desligar na minha cara.Balancei a cabeça enquanto reclinava na cadeira. Isso era realmente lamentável. Mark estava em coma desde que a cirurgia foi concluída. Sim, ele estava inconsciente desde a operação. Não pude continua
— Primeiro, por que você está tentando falar com ela? — Essa foi a primeira pergunta que Grace soltou.Expliquei a ela por que precisava entrar em contato com Rose ou Sandra, e sua boca formou um "O". Em seguida, ela fez um biquinho.— Eu realmente sinto muito por ele.— Eu também. — Murmurei de volta. Meus olhos seguiram Grace enquanto ela voltava ao trabalho; parecia estar juntando alguns tecidos com uma agulha bem pequena.— Agora que Rose não está atendendo, acho que vou ter que ligar para Sandra. — Dei de ombros, e com os lábios torcidos de desgosto, disquei o número de Sandra. Enquanto o fazia, me perguntei como é que eu ainda tinha esse número. Ela atendeu quase imediatamente, como se estivesse esperando minha ligação.— Alô?— Sandra, é a Sydney.Houve uma breve pausa e então:— Sydney? — Ela parecia surpresa. — O que você quer?Cruzei as pernas.— Acabei de receber uma ligação da cuidadora do Mark. — Ouvi um gemido baixo do outro lado, mas ignorei e continuei. — Ela me contou
Ponto de Vista de BellaMinha expressão se contorceu em desgosto enquanto eu olhava para o identificador de chamada.O que ela quer? Por que está me ligando? — Pensei, irritada. E, mais importante, como ainda tenho o número dela salvo no meu telefone?Fiquei olhando para frente, com o olhar fixo nos rostos sorridentes das pessoas que saíam pelo portão. Quando ela não parava de me ligar, decidi atender aquela maldita chamada.— O que você quer? — Perguntei friamente.— Oi, amiga. Quanto tempo, não acha?Eu ri com desdém. Aquela idiota estava falando como se ainda fôssemos amigas. Será que ela foi minha amiga algum dia? Sempre dizia que odiava Sydney por minha causa, mas, o tempo todo, estava apenas cobiçando o homem que eu queria.— O que você quer, Sandra? — Perguntei com os dentes cerrados, minhas mãos apertando o objeto que segurava no bolso do meu macacão jeans largo. Só de ouvir a voz dela, já estava tão agitada que, se estivesse na minha frente, não hesitaria em usá-lo contra ela
Hoje finalmente era o dia marcado para eu vê-lo. Olhei-me no espelho, sorrindo largamente para o meu reflexo, enquanto verificava se minha roupa e tudo mais estavam de acordo com as regras.Chamei um táxi e disse ao motorista o meu destino. Ele me analisou de cima a baixo, mas não disse nada.Quando cheguei, fui direcionada à sala de espera e pediram que aguardasse ali. Havia outras pessoas que também tinham vindo visitar algum dos detentos. Durante cerca de vinte minutos, observei enquanto esperava, sentindo-me gradualmente cansada, até que um policial apareceu e chamou o sobrenome de quem seria o próximo a ser atendido.Levantei-me num pulo quando ouvi o mesmo policial gritar o sobrenome de Isaac.Forcei um sorriso no rosto enquanto me aproximava da sala de visitas. No centro do cômodo, havia uma mesa pequena e duas cadeiras colocadas uma de cada lado.— Vinte minutos. — Murmurou o policial antes de se afastar alguns passos.Nos primeiros minutos, Isaac e eu apenas nos encaramos. Eu