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Em um fim de tarde de outono, deixei um vaso de flores no túmulo de Marino. O cimento estava tocado pelo orvalho e as folhas secas cobriam quase todo o chão. Fiz uma oração para que sua alma fosse bem acolhida pelos Seres Celestiais, suplicando de todo o meu coração para que ele fosse absolvido de seus pecados.

A morte de Marino abatia sobre meus ombros um peso forte. Sentia que era impossível aceitar aquela derrota. Marino foi um amigo fiel, de valiosos conselhos e, por vezes, animador. Sua morte foi incontrolável, mas ainda pior por saber que foram as mãos do homem que amo — mãos tão hábeis em me conceder prazer — que haviam inferido a morte em meu amigo.

Marino não tinha esposa e nem filhos, gostava de se deitar com uma garota da Sociedade, de beber vinho e de cozinhar seu próprio almoço, sempre esquivando-se de restaurantes. Ele foi um dos poucos hom

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