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Capítulo 5 - Contratá-la?
Dias se passaram e, apesar de não pensar em outra coisa, Kyle Wright negaria, a qualquer um, que examinara incessantemente as informações sobre Gabrielle Taylor. Embora não declarasse seu interesse na moça, acabou marcando uma visita à Universidade de Braeton, no mesmo horário em que a moça tinha aulas, pela manhã.

Kyle era engenheiro de computação, com graduação e mestrado feitos na mesma instituição. Em respeito a um professor que admirava, o rapaz concordou em dar uma palestra sobre carreira, num dos auditórios daquele campus. Seria bom, porque também atrairia estudantes universitários que seriam possíveis candidatos competentes para a Corporação Wright Diamond. Desde que Kyle trilhou caminhos pela área de computação, seu pai, Ethan Wright investiu pesado no desenvolvimento de negócios orientados ao ramo escolhido pelo filho.

A palestra sobre carreira terminou após apenas uma hora. Pouco tempo depois, Kyle e seu assistente saíram, com a intenção de retornar à empresa em breve. Pelo menos, era o que Mark acreditava que fariam. Ao saírem do auditório, o funcionário se perguntou por que motivo não deixaram o carro em frente ao prédio em que a palestra ocorrera. Seu patrão, como convidado da instituição e CEO da maior corporação da cidade, com certeza teria permissão para estacionar onde quisesse.

Os dois, entretanto, fariam uma longa caminhada pelos corredores da universidade, com muitos olhares sedutores direcionados a Kyle. No entanto, apesar da atenção que recebia, o homem não esboçava reação, como se não enxergasse ninguém. Nesse ínterim, Mark percebeu que iam direção errada. O assistente franziu a testa e perguntou, apontando outra direção:

— Senhor Wright? Acho que o caminho para o portão é por ali. —

Mark permaneceu apontando para a saída do campus, parado numa área aberta. Quando se virou para encarar seu chefe, percebeu-se sozinho, porque Kyle apenas acelerou o passo e sumiu da vista de seu pretenso escudeiro. O homem franziu a testa, percebendo que o patrão o abandonara. Avistando-o ao longe, correu em sua direção.

— Senhor Wright! Para onde vamos, senhor Wright? — Mark chamava, incessantemente, o que irritaria a qualquer um.

— Pare de fazer perguntas! Apenas conheço um atalho, da época em que estudava aqui e precisava passar por essas áreas todos os dias. Adiante-se. — Kyle respondeu, sem se virar para seu assistente.

O CEO simplesmente caminhava rapidamente, contra todos os olhos atentos dos alunos e alguns professores, que o cercavam. Em algum momento, Mark chegou a acreditar em seu chefe, e na história do atalho, mas logo viu que eles estavam entrando em outra seção do prédio, ainda mais distante da saída. Ansioso, Mark limpou a garganta e perguntou:

— Senhor Wright, acabamos de entrar no prédio de cursos de arte? —

Após sua sondagem, Kyle Wright imediatamente parou seus passos. O homem se virou para seu assistente, com uma ponta de aborrecimento e disse:

— Você estudou aqui, Mark? Devo lembrá-lo de como passei seis anos nesta maldita universidade? Já lhe expliquei que estamos pegando um atalho! — Os olhos de Kyle se estreitaram ainda mais, antes de continuar: — Sei exatamente para onde estou indo, entendeu? Não te obriguei a me seguir! —

O patrão se virou, novamente, marchando pelo caminho. Justamente quando Mark desistiu de perguntar para onde iam, Kyle parou. Observando-o, o funcionário notou que seu chefe, a dois passos de distância, parecia se esconder atrás de uma coluna, para inspecionar uma aluna que lia um livro, sentada em um banquinho de corredor. Admirado, o assistente finalmente entendeu o que faziam ali. Aquela era a jovem Gabrielle Taylor, absorta na leitura de um livro, chupando um grande pirulito vermelho, depois de uma passagem, logo à frente.

Kyle notou que a garota não usava maquiagem naquele momento, mas apesar de sua simplicidade, precisou admitir que aquele rosto adorável facilmente lhe magnetizava. Gabrielle tinha seu longo e sedoso cabelo cor de caramelo solto sobre os ombros, passeando os dedos pelas madeixas, entre uma folheada de página e outra.

A garota era belíssima, exatamente como Kyle se lembrava de vê-la, quando a jovem lhe roubou um beijo, dias atrás. Seus instintos pareciam tornar seus sentidos mais sensíveis para a visão daquela jovem, especialmente para admirar seus deliciosos lábios vermelhos. O CEO semicerrou os olhos, apenas observando como seus lábios se deleitavam com a guloseima. O rapaz desejou estar no lugar daquele pirulito, lembrando-se da maravilha que foi o beijo que a garota lhe dera.

O drama era tanto que a cena parecia acontecer em câmera lenta. Sentindo a garganta seca, o rapaz engolia ar. Seu coração disparava, assim como no momento do beijo, então não conseguia ouvir nada além das batidas, como se o órgão quisesse pular de seu peito. Inquieto, massageou a caixa torácica, percebendo, em seguida que apenas o vislumbre de Gabrielle Taylor o deixou cheio de tesão outra vez.

Infelizmente, porém, antes que pudesse saborear mais daquela sensação estimulante, Gabrielle se levantava para sair. Consultando o relógio, a moça organizou seus pertences e se levantou, muito apressada, virando-se para a primeira escadaria à sua frente, em direção ao segundo andar do prédio.

Desorientado, Kyle, a assistiu partir, cobrindo o inchaço agonizante sob as calças. O homem se percebeu vivenciando aquela experiência patética, como se estivesse numa puberdade atrasada. Praguejou, primeiro olhando para a região da virilha, depois se virando para a parede, evitando os olhares da multidão de discentes que enchia o corredor, por conta da troca de horários.

Completamente desconcertado, o rapaz se abaixou e, em seguida, virou o rosto para cima e deu de cara com seu assistente, Mark, observando-o, atentamente, sabendo exatamente o que o funcionário pensava: ‘Então esse era o atalho?’. Percebendo que não tinha mais como negar, Kyle preferiu ignorar a expressão jocosa de seu assistente e ordenou:

— Contrate-a! —

— O quê, senhor Wright? — Mark perguntou com uma expressão confusa.

— Eu estou mandando contratar a garota! — Kyle apontou um dedo para o assistente e o lembrou: — Não foi você quem sugeriu que a contratássemos para administrar minha cobertura? — Ele colocou as duas mãos na cintura e continuou: — Você está com amnésia agora, Mark? Antes de tudo, foi você quem colocou o arquivo dela na minha mesa, sugerindo que a contratasse! Estou dizendo para fazer isso! Foi para isso que viemos aqui, não foi? Faça isso antes que a semana termine! —

— Sim, senhor! Tratarei logo disso! — Mark respondeu, desorientado.

***

No dia seguinte, Gabrielle recebeu um aviso de despejo de seu apartamento e estava desesperada. A garota ligava freneticamente para todas as suas amigas, na esperança de conseguir que a emprestassem qualquer valor, para conseguir pagar o aluguel, pelo menos, daquele mês. De repente, ouviu a campainha tocar e foi atender. Deu de cara com sua vizinha, uma senhorinha de quem se tornara amiga ao longo dos últimos anos, por conta da convivência de corredor.

— Sei que você está procurando emprego, menina, e por acaso vi isso daqui hoje. Pode valer a pena tentar! Não é adequado para você, mas na necessidade... —

Gabrielle pegou o papelote, deu uma olhada no conteúdo e leu, em voz alta:

— Procura-se: governanta para cobertura de luxo. O candidato deve ser do sexo feminino, solteiro, ter vinte e quatro anos, ser inteligente e ter pelo menos três anos e meio de faculdade. — Refletiu por um segundo. — Que estranho, parece ser exatamente a minha descrição. Nunca imaginei que procurariam por uma governanta tão jovem e sem experiência. —

A velhinha simplesmente riu e reconheceu:

— Verdade, não é mesmo?! —
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