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Capítulo 7 - O bartender é um CEO?
— Sim, claro. Têm razão. Enfim, acima de tudo, se seu patrão precisar de alguma coisa, você atende. Você atuará como assistente pessoal dele, para além de governanta, enquanto estiver sob aquele teto. — Explicou Mark.

Percebendo Gabrielle morder os lábios, provavelmente em preocupação, o profissional a assegurou.

— Não se preocupe, querida, você estará em boas mãos. A pessoa para quem você trabalhará é o senhor Kyle Wright, o CEO da Corporação Wright Diamond. Naturalmente, trata-se de um homem muito respeitável e honrado. —

Gabrielle franziu os lábios por um segundo, antes de perguntar:

— E eu vou ter que ficar na casa sozinha com ele? —

— Sim, mas não entenda mal! Você terá seu próprio espaço privado, além de que a cobertura é imensa. Talvez pouco o veja. — Mark a assegurou.

A garota se sentiu, naturalmente, relutante. No passado, quando ainda namorava com Warren, o rapaz sugeriu, mais de uma vez, que morassem juntos, mas ela nunca concordou. A garota sempre teve medo do quanto aquilo forçaria a barra para que o relacionamento se firmasse com base em sexo. Em verdade, Gabrielle tinha uma série de receios em relação a isso. Refletindo por um instante, desdenhou, em seus pensamentos, daquela ideia. Avaliando o todo, concluiu: ‘Por que diabos o presidente da Corporação Wright Diamond se interessaria por mim? Sonha menos, Gabrielle Taylor!’.

Considerando a sua atual situação, aquela realmente era sua melhor opção, no fim das contas. A garota, definitivamente, não se encontrava em posição de ser exigente sobre a vaga, que era verdadeiramente boa. O que a jovem mais gostou na oferta, inclusive, foi a inexistência de choques entre os horários em que sua presença seria necessária na cobertura e que precisaria estar em aula, na faculdade! Definitivamente, aquele era o trabalho perfeito para uma jovem de sua idade, porque, milagrosamente, tudo se encaixava perfeitamente na sua condição.

— Então, deixe-me ver se entendi — a jovem recapitulou, enquanto encarava o contrato. — Recebo comida de graça, acomodação de graça, o horário parece se encaixar bem com meus estudos, o que também é excelente, além de receber esse tanto de salários mínimos por mês? —

— Exatamente. Além disso, um motorista irá acompanhá-la ao campus da universidade, diariamente, apenas para que você não se atrase, algo que o senhor Wright não costuma admitir. — Acrescentou Mark, com um sorriso.

A boca de Gabrielle se abriu, porque ela não podia acreditar no que ouvia.

‘Um motorista? Não é possível! Essa doideira é realmente um trabalho?’

Quando seus sentidos retornaram, a jovem anunciou:

— Estou dentro! Onde assino?! — Parou, por um instante. — Quero dizer, se eu for contratada, é claro. — Corrigiu-se.

Mark riu brevemente, antes de assentir, então declarou:

— Parabéns, senhorita Taylor, você foi contratada para o trabalho. Começará a exercer suas funções nesta sexta-feira! De acordo? —

‘Isso foi fácil até demais!’

Sem mais demora, Mark folheou apressado para a última página do contrato e apontou, no papel:

— Você pode assinar aqui? —

Assim que a empolgada Gabrielle assinou os documentos, o assistente os pegou, deixando para ela uma das cópias. Em seguida, o homem a alertou:

— Só para lembrá-la: de acordo com a cláusula 4.3, você não tem permissão para rescindir o contrato. Se o fizer, há uma multa, que você pode verificar no inciso seguinte. Acredito que não será seu caso, certo? —

A jovem se apressou para verificar essa parte e ficou pálida ao conferir o valor. Certamente demoraria muito para pagar uma dívida daquelas. Imediatamente, a garota declarou, para evitar quaisquer dúvidas:

— Eu estarei completamente comprometida a trabalhar para o senhor Wright pelo período de vigência do contrato! Jamais quebraria o acordo! —

— Ótimo! — Concluiu Mark, animado. — Agora, você está pronta para conhecer o seu empregador, o senhor Wright? —

— Mas já? — Gabrielle perguntou.

— Sim! Agora mesmo. O meu chefe está muito ansioso para conhecê-la. — Mark respondeu, mas depois de ver a expressão perplexa de Gabrielle, tentou deixar a declaração menos suspeita. — De maneira profissional, é claro! Não temos uma pessoa de confiança para cuidar de sua cobertura já faz algum tempo. O seu patrão espera que o ajude a manter as coisas em ordem, em sua residência. — Remendou. — Naturalmente, o homem precisa ter algum contato com você, antes que você se mude para lá, nesta sexta-feira. — Finalizou.

Gabrielle concordou, imaginando que o protocolo fazia todo sentido. Ao caminhar até o escritório do presidente da empresa, notou como todos os funcionários a encaravam. Abaixou a cabeça, desviando todos aqueles olhares investigativos, e tentou apenas seguir os passos de Mark Esperanza. Após uma batida na porta, o assistente entrou no escritório de seu chefe e anunciou:

— Senhor Wright, apresento-lhe a senhorita Gabrielle Taylor, que aceitou o trabalho de administrar sua cobertura. —

— Deixe-a entrar. — Do lado da porta, Gabrielle ouviu a voz de um homem.

Assim, a garota caminhou para entrar no luxuoso e bem cuidado escritório do senhor Kyle Wright. No segundo em que pisou no lugar, seu queixo caiu. Já tinha impressão, de fora, que o lugar fosse bonito, no entanto, lá dentro, praticamente, podia ver seu reflexo nas grandes peças de piso que preenchiam chão. Aquela sala, definitivamente, era luxuosa além da conta, toda ornamentada por um design muito moderno. À sua esquerda, a jovem viu que a vista das amplas janelas era espetacular.

‘Uau’, a garota pensou, mas não ousou dizer.

— Por favor, sente-se, senhorita Taylor! — Pediu Mark, apontando para a cadeira em frente à mesa do CEO.

Kyle Wright estava com a cadeira virada para o outro lado, então a jovem não podia vê-lo, já que o encosto alto o escondia. Quando Mark saiu, Gaby ainda esperou pacientemente por alguns segundos, para ver o rosto do homem que comandava a maior empresa da cidade. Já ouvira falar sobre aquele CEO, mas nunca se aprofundara no assunto. Dizia-se que o homem era bem-sucedido e bonito, apenas. Algumas de suas colegas, além de alguns homens, no seu trabalho na empresa de mídia, diziam que o jovem presidente tinha um rosto de morrer.

‘Bem, agora vou tirar a prova’, concluiu. Como o homem raramente aparecia na mídia, essa seria a primeira vez que Gabrielle veria o rosto por trás daquela imensa corporação. Depois de algum tempo em silêncio, a cadeira se virou a jovem, finalmente, conheceu Kyle Wright.

Por um instante, a moça se pegou sorrindo, pensando: ‘Gente, o homem é mesmo um colírio! Mas por que ele me parece tão familiar?’. Por um segundo, Gaby encarou aqueles intensos olhos castanhos, emoldurado pela mandíbula quadrada e o par de sobrancelhas bem-marcadas e delineadas. Depois de reconhecer que o homem diante dele era uma das melhores criações de Deus, a dramática jovem imediatamente se levantou e estendeu sua mão para cumprimentá-lo.

— Senhor Wright, é um imenso prazer conhecê-lo! Agradeço muito por sua excelente oportunidade de trabalho. —

Kyle aceitou a mão dela e a apertou.

— Senhorita Taylor, tenho alta expectativa no seu zelo por minha residência. Contanto que você tenha um bom olho para comandar os outros empregados, tenho certeza de que fará um bom trabalho. Como imagino que possa ver pelo meu escritório, prezo, absurdamente, por asseio. — Kyle respondeu, mostrando nada além de profissionalismo enquanto se recostava em seu assento.

O homem continuou a expor suas expectativas e, enquanto o fazia, Gabrielle continuava encarando seu lindo rosto, tentando descobrir de onde o conhecia.

‘Talvez da televisão, ou lá da empresa de mídia? De alguma revista? Gente, de onde conheço esse homem? Por que seu rosto me parece tão familiar?’

Por mais de um minuto, Gabrielle continuou vasculhando, caminhando por sua mente, atrás de uma única resposta. Num estalo, a jovem percebeu do que se tratava a sua desconfiança. Inclinando a cabeça para a esquerda, semicerrou os olhos e concluiu, somando dois mais dois.

— Mas isso não é possível. — A garota engoliu em seco, lembrando-se do belo rosto daquele homem alto, de pé, no bar do saguão do hotel Second Diamond.

Enquanto Kyle ainda falava, o queixo de Gabrielle caiu. A jovem, perplexa, imediatamente cobriu a boca, percebendo quem era aquele homem! ‘Porra! Esse foi o barman que beijei no hotel! Definitivamente, estou fodida!’. Em seguida, a garota encarou horrorizada para o vestido, o mesmo que usou no dia, e disse para si mesma: ‘Merda! Eu estou usando o mesmo vestido! Puta que pariu, Gabrielle! Você roubou um beijo do CEO!’
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