- Não precisava ter feito isso, Benjamin. – Disse enquanto ele dirigia para a sua casa.
A pequena Emma dormia no banco de trás enquanto no carro tocava uma música calma.- Claro que precisava, eu não iria deixar uma amiga na mão.- Mas se arriscar desse jeito, você não sabe como aquele cara é e... – Benj me interrompe, colocando a mão dele sobre a minha.Tremo com seu ato, pousando meu olhar sobre nossas mãos, a minha tremia de nervoso, Benj entrelaçou nossos dedos fazendo um carinho bom. Suspirei fechando os olhos.- Você não tem que se preocupar com nada, tudo bem? – Sanchez diz depois de uns bons minutos em silêncio.- É claro que tenho, mesmo com sua tentativa, ele não aceitou e... eu não quero abusar, mas eu posso muito bem procurar outro apartamento com o dinheiro da faculdade e...- E nada! – Benjamin falou sério. – Eu já disse que aquele dinheiro vai ser só pra sua faculdade e que eu posso muito bem te ajudar a c- O jantar já vai esfriar.POV Benjamin:Acordo no meio da madrugada com um chorinho já conhecido por mim. Me levanto morrendo de sono tropeçando no chão do quarto, caminho até o quarto de minha bebê.- O que foi, meu amor? – Me aproximo da cama dela acendendo apenas a luz do abajur em cima do criado mudo.- Eu estou com medo, papai. – Ela diz manhosa com os olhos cheios de lágrimas.- Por que está com medo? – Seguro ela no colo, a abraçando para se tranquilizar.- Eu tive um pesadelo.- Oh, meu anjinho, não precisa ter medo. O papai está aqui com você, não está? – Emma concorda com a cabeça. – Quer contar o pesadelo pro papai?Me deitei na cama dela e coloquei Emma ao meu lado, a abraço de conchinha nos cobrindo e dou um beijo no seu pescoço, fazendo cócegas com o nariz e ela ri.- Papai, para. – Sorri junto com ela e dei um beijo em sua bochecha.- Quer contar para o papai como foi o pesadelo
Acordo na cama no dia seguinte de manhã com um serzinho invadindo minha cama antes do despertador tocar.- Bom dia, papá. – Emma me chama colocando a mãozinha no meu rosto.- Bom dia, pequena. – Pego sua mãozinha e dou um beijo, vendo-a sorrir e em seguida me abraçar.Coloco um cobertor por cima da gente e ligo a TV que tinha no quarto em um canal de desenho, já que de manhã, antes do café, Emma sempre fazia isso, vinha na minha cama querendo assistir comigo algum desenho.- Que desenho a princesa quer assistir hoje?- Bob Esponja. – Ela fala batendo as palminhas e eu sorri com isso.- Você assiste enquanto o papai vai tomar banho?- Sim. – Ela falou com voz muito fofa que deu vontade de amassar.Tomo meu banho rapidinho, colocando uma calça jeans e uma blusa de manga curta preta, logo em seguida meu moletom.- Acho que está na hora da princesa tomar banho, não? – Pergunto a Emma que faz bico.
Como posso responder isso? Eu não queria ter que me meter da vida do Benjamin dessa forma, se ele não gosta de falar desse assunto para a filha, por que eu vou contar? Não queria ter que fazer a filha de Benj pensar em coisas que a deixariam mais tristes.Por um momento penso em minha pequena. Quando ela fizer essa pergunta para o homem que a pegou, será que vai querer me procurar? Será que vai me amar quando me encontrar? Será que vamos ser amigas?- É claro que você tem uma mamã, meu amor. – Digo e ela me abraça com seus bracinhos.- Onde ela tá? – Pergunta com sua voz doce e eu fecho meus olhos.- Eu não sei, pequena, mas ela te ama muito. – Beijei seu ombrinho e me levantei. - Vamos? Se não a senhorita chega atrasada na escola.Emma apenas sorriu e segurou minha mão. A escola não era longe da casa de Benjamin, então íamos a pé mesmo. Peguei a chave de casa no balcão e fechei a porta. Enquanto caminhamos, Emma ia pulando os quadradinho
Me afasto surpresa. Benjamin percebeu que eu fiquei sem jeito, então coçou sua nuca e desviou o olhar para a filha.- Eu preciso colocar ela pra dormir.Sanchez se levantou e subiu ás escadas me deixando ali sozinha. O que diabos aconteceu?...- VOCÊS DOIS O QUÊ? – Vic pergunta no dia seguinte, assim que conto sobre o beijo que eu e Benjamin tivemos.- Cala boca, Vic, quer que todo mundo do café ouça? – Retruquei brava.- Me desculpe, mas... meu casal favorito está dando certo. – Vic bate palminhas feito uma criancinha. – Imagine no cardápio de casamento “Marya Leonez e Benjamin Sanchez“. – Vic falava com a maior cara de boba.- Deixa de ser idiota, garota.Começo a rir e bato no seu braço com cardápio.- Isso doeu. – Ela fez beiço de emburrada massageando o braço.- Eu ouvi meu nome nessa conversa aí?Benjamin aparece ao lado de Vic colocando seu braço em cima do ombro dela.
- Obrigada, Benjamin. – sorri sem jeito.Eu estava vestida com um vestido que chegava até a altura do joelho, preto com a parte de trás meio aberta, e a saia do vestido era com uma renda bem de leve. Usava salto alto preto, três pulseiras prata e um colar escrito “dream”. Meu cabelo estava solto com umas leves ondulações.- Quer beber algo? – Benjamin pergunta.- Uma cerveja, apenas. – Sorri sem jeito.Benjamin foi até o bar do lugar e eu fiquei na porta, pois estava muito cheio e eu não estava a fim de enfrentar fila.- Aí está você, Mary. – Vic aparece na minha frente me abraçando.- Você está linda. – Respondo.- Mary, aqui está sua cerveja.Benjamin se aproxima dando minha cerveja e logo nota que Vic estava ali.- E aí, pirralha.- E aí, peste.- Cadê o seu boy magia? – Benjamin pergunta e eu sorri.- Vic, até que enfim eu te achei. – um rapaz se aproxima.- Falan
Subi as escadas correndo trancando a porta de meu quarto. Ouvi Benjamin me chamar, mas ignorei. Tudo que eu queria agora era ficar sozinha, novamente, em minha mochila, pego o bichinho de pelúcia de minha filha deitando na cama, pois só assim algo me fazia ficar perto dela e eu me acalmava. Eu precisava tanto dela naquele momento. Só queria saber onde estava Luna.BENJAMIN:Como o mundo é pequeno. Da onde que eu ia pensar que aquela menina que eu conheci no trabalho é irmã de uns dos meus melhores amigos. Suspirei cansado depois da conversa que tive com Marya, confesso que algo me deixou curioso. Por que ela não falava nada do seu passado? Por que ela não me conta esse segredo importante? Resolvi ir até minha mãe, para esfriar a cabeça e ver minha bebê, pois estou morrendo de saudades. Batendo na porta da minha antiga casa, logo sou recebido por um abraço de minha irmã. Pois é, eu tenho uma caçula que tem 15 anos.- E aí, pirralha. – Digo bagunçando os cab
Assim que Theodore foi embora de minha casa, fiz Marya sentar na cama.- Vou buscar Emma. – Falei meio rígido até demais.Quando peguei minha pequena no colo, ela me abraçou muito forte, mais do que o comum.- Está tudo bem agora, filha, papai está aqui com você.- Tia Marya.Levei Emma até o quarto e sentei ao lado de Mary que tinha as pernas cruzadas em cima da cama e com os braços em volta, escondendo o rosto, chorando. Emma se aproximou devagar colocando uma mãozinha na perna de Marya que a fez a olhar a pequena.- Tia Marya, não fica tisti. – Minha pequena fala começando a chorar.Marya apenas pega Emma no colo a abraçando, enquanto Emma a abraça, percebo que as duas tentam se acalmar ali, respiro fundo e também abraço Marya e Emma.- Eu estou aqui pra tudo ouviu bem, Mary? Eu e Emma somos sua família, não vamos deixar que nada de mal te aconteça.- Obrigada, Benjamin, por tudo, tudo mesmo, você é
Durante o voo, Emma não falou comigo, e tenho certeza que ela ainda está chateada, mas ela tem que entender que é para o bem dela e bem para o animal. Não seria bom ficar mudando de casa direito para essa profissão que estou seguindo com um animal, ia ser desgastante para ambos. Minha filha estava olhando para a janela quando a trago para mais perto de mim em um abraço, dou um beijo em seu rosto.- Ainda está brava com o pai? – Pergunto.- Estou. – Ela falou emburrada cruzando o braço fazendo bico e eu sorri.Fiquei tocando o dedo indicador na boca dela até ela desfazer o bico e sorrir, então começo a fazer cócegas, Emma se vira pra mim me dando um abraço apertado.- Te amo, papai.- Te amo mais, meu amor.Chegando à Vancouver, fui para a casa de meu melhor amigo, Jacob, que por sinal, era padrinho de Emma.- Papá – Emma não perdeu essa mania, mas sempre achei fofo ela me chamar de Papá em vez de papai. – Essa casa é de