Como posso responder isso? Eu não queria ter que me meter da vida do Benjamin dessa forma, se ele não gosta de falar desse assunto para a filha, por que eu vou contar? Não queria ter que fazer a filha de Benj pensar em coisas que a deixariam mais tristes.
Por um momento penso em minha pequena. Quando ela fizer essa pergunta para o homem que a pegou, será que vai querer me procurar? Será que vai me amar quando me encontrar? Será que vamos ser amigas?- É claro que você tem uma mamã, meu amor. – Digo e ela me abraça com seus bracinhos.- Onde ela tá? – Pergunta com sua voz doce e eu fecho meus olhos.- Eu não sei, pequena, mas ela te ama muito. – Beijei seu ombrinho e me levantei. - Vamos? Se não a senhorita chega atrasada na escola.Emma apenas sorriu e segurou minha mão. A escola não era longe da casa de Benjamin, então íamos a pé mesmo. Peguei a chave de casa no balcão e fechei a porta. Enquanto caminhamos, Emma ia pulando os quadradinhoMe afasto surpresa. Benjamin percebeu que eu fiquei sem jeito, então coçou sua nuca e desviou o olhar para a filha.- Eu preciso colocar ela pra dormir.Sanchez se levantou e subiu ás escadas me deixando ali sozinha. O que diabos aconteceu?...- VOCÊS DOIS O QUÊ? – Vic pergunta no dia seguinte, assim que conto sobre o beijo que eu e Benjamin tivemos.- Cala boca, Vic, quer que todo mundo do café ouça? – Retruquei brava.- Me desculpe, mas... meu casal favorito está dando certo. – Vic bate palminhas feito uma criancinha. – Imagine no cardápio de casamento “Marya Leonez e Benjamin Sanchez“. – Vic falava com a maior cara de boba.- Deixa de ser idiota, garota.Começo a rir e bato no seu braço com cardápio.- Isso doeu. – Ela fez beiço de emburrada massageando o braço.- Eu ouvi meu nome nessa conversa aí?Benjamin aparece ao lado de Vic colocando seu braço em cima do ombro dela.
- Obrigada, Benjamin. – sorri sem jeito.Eu estava vestida com um vestido que chegava até a altura do joelho, preto com a parte de trás meio aberta, e a saia do vestido era com uma renda bem de leve. Usava salto alto preto, três pulseiras prata e um colar escrito “dream”. Meu cabelo estava solto com umas leves ondulações.- Quer beber algo? – Benjamin pergunta.- Uma cerveja, apenas. – Sorri sem jeito.Benjamin foi até o bar do lugar e eu fiquei na porta, pois estava muito cheio e eu não estava a fim de enfrentar fila.- Aí está você, Mary. – Vic aparece na minha frente me abraçando.- Você está linda. – Respondo.- Mary, aqui está sua cerveja.Benjamin se aproxima dando minha cerveja e logo nota que Vic estava ali.- E aí, pirralha.- E aí, peste.- Cadê o seu boy magia? – Benjamin pergunta e eu sorri.- Vic, até que enfim eu te achei. – um rapaz se aproxima.- Falan
Subi as escadas correndo trancando a porta de meu quarto. Ouvi Benjamin me chamar, mas ignorei. Tudo que eu queria agora era ficar sozinha, novamente, em minha mochila, pego o bichinho de pelúcia de minha filha deitando na cama, pois só assim algo me fazia ficar perto dela e eu me acalmava. Eu precisava tanto dela naquele momento. Só queria saber onde estava Luna.BENJAMIN:Como o mundo é pequeno. Da onde que eu ia pensar que aquela menina que eu conheci no trabalho é irmã de uns dos meus melhores amigos. Suspirei cansado depois da conversa que tive com Marya, confesso que algo me deixou curioso. Por que ela não falava nada do seu passado? Por que ela não me conta esse segredo importante? Resolvi ir até minha mãe, para esfriar a cabeça e ver minha bebê, pois estou morrendo de saudades. Batendo na porta da minha antiga casa, logo sou recebido por um abraço de minha irmã. Pois é, eu tenho uma caçula que tem 15 anos.- E aí, pirralha. – Digo bagunçando os cab
Assim que Theodore foi embora de minha casa, fiz Marya sentar na cama.- Vou buscar Emma. – Falei meio rígido até demais.Quando peguei minha pequena no colo, ela me abraçou muito forte, mais do que o comum.- Está tudo bem agora, filha, papai está aqui com você.- Tia Marya.Levei Emma até o quarto e sentei ao lado de Mary que tinha as pernas cruzadas em cima da cama e com os braços em volta, escondendo o rosto, chorando. Emma se aproximou devagar colocando uma mãozinha na perna de Marya que a fez a olhar a pequena.- Tia Marya, não fica tisti. – Minha pequena fala começando a chorar.Marya apenas pega Emma no colo a abraçando, enquanto Emma a abraça, percebo que as duas tentam se acalmar ali, respiro fundo e também abraço Marya e Emma.- Eu estou aqui pra tudo ouviu bem, Mary? Eu e Emma somos sua família, não vamos deixar que nada de mal te aconteça.- Obrigada, Benjamin, por tudo, tudo mesmo, você é
Durante o voo, Emma não falou comigo, e tenho certeza que ela ainda está chateada, mas ela tem que entender que é para o bem dela e bem para o animal. Não seria bom ficar mudando de casa direito para essa profissão que estou seguindo com um animal, ia ser desgastante para ambos. Minha filha estava olhando para a janela quando a trago para mais perto de mim em um abraço, dou um beijo em seu rosto.- Ainda está brava com o pai? – Pergunto.- Estou. – Ela falou emburrada cruzando o braço fazendo bico e eu sorri.Fiquei tocando o dedo indicador na boca dela até ela desfazer o bico e sorrir, então começo a fazer cócegas, Emma se vira pra mim me dando um abraço apertado.- Te amo, papai.- Te amo mais, meu amor.Chegando à Vancouver, fui para a casa de meu melhor amigo, Jacob, que por sinal, era padrinho de Emma.- Papá – Emma não perdeu essa mania, mas sempre achei fofo ela me chamar de Papá em vez de papai. – Essa casa é de
Me aconchego na cama trazendo Emma mais pertinho de mim e coloco minha cabeça sobre a sua fechando os olhos. Essa semana será uma semana longa e cansativa. Estou prevendo isso.- Papá, acorda.Sinto Emma me balançar na cama, abro os olhos devagar, acordando com dor de cabeça, bendita ressaca. Pisco várias vezes até minha visão voltar ao normal e poder ver Emma nitidamente em minha frente sorrindo, o que me fez sorrir também.- Bom dia, meu furacãozinho. – Abraço Emma fazendo-a cair em meu colo rindo.- Bom dia, papá.- Porque acordou tão cedo? É domingo! – resmunguei coçando os olhos.- Quero ir passear no parque, vamos, pu favo. – Ela faz carinha de cachorro de quando caiu na mudança.- Tudo bem, você venceu.Emma comemora saindo correndo pelo quarto e eu a sigo, acordar com meu furacãozinho me chamando era a melhor coisa do mundo. Corro atrás dela e a pego pela cintura erguendo no chão, beijando a barriguinha
- Ficou linda essa foto, Sanchez.- Obrigado por tirar. – digo enquanto ela se aproxima de mim.- Não há de que. – Mary sorriu sem jeito. – Depois eu lhe envio a foto.- Sem problemas. – pisco pra ela e olho na direção de minha filha. – Gostou da tartaruga, meu amor?- Eu amei, papai, ela é linda. – Emma falava com os olhinhos brilhando.Voltamos a caminhar, dessa vez com Emma em meu colo e Mary ao meu lado, e eu a encaro enquanto a mesma olhava os animais ao seu lado, o que tinha acontecido com a Marya que eu conheci? Ela realmente mudou, parece mais feliz.POV MARYA:Quem diria que eu iria reencontrar com Benjamin justo aqui em Vancouver? Eu me mudei pra cá em busca de uma vida melhor depois da briga que tivemos. Benjamin me fez abrir os olhos e encarar a realidade, eu era um monstro, um monstro que não gostou de ser abandonada pela família, mas que abandonou sua própria filha.- Papai, papai. – Emma diz sorri
POV BENJAMIN:Já fazia um mês que eu estava em Vancouver e simplesmente estava amando a cidade, Emma também fez bastante amiguinhos na escola nova dela, Marya cuidava de Emma e as duas estão mais ligadas do que nunca. Minha amizade com Marya está indo bem, mas às vezes encontro Riley quando vou ver Marya na faculdade, e ela nos olha com um olhar de quem vai aprontar algo, estou sentindo que isso não vai demorar a acontecer.- Papá, vamos ver a tia Mary? – Emma diz interrompendo meus pensamentos.- Claro, meu amor.Seguro a mãozinha de Emma e fomos andando até a faculdade de Marya, que não era muito longe do meu apartamento, no caminho, encontro Riley andando com uma de suas amigas, assim que ela me vê, vem até mim sorrindo.- Oi, Benjamin.- Oi. – respondo seco.Emma me abraça com força na minha perna e eu pego ela no meu colo, então ela coloca as mãozinhas em volta do meu pescoço falando baixinho apenas para eu ouvir: